quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Museu do Ipiranga com programação especial


O Museu Paulista (do Ipiranga) da USP contará, nos dias 17, 18, 22 e 24 de janeiro de 2008, com o Programa Ludomuseu de Visitas Orientadas para Público nas Férias.

No dia 17, as visitas são destinadas para as crianças. Às 10 horas, em Imagens que contam histórias, as crianças serão convidadas a conhecer a principal tela do Museu Paulista “Independência ou Morte” depois de realizarem exercícios de leitura de diversas imagens de seu cotidiano. O passeio dura uma hora e terá 10 participantes entre cinco e sete anos de idade. Às 14h30, é a vez do Caça-detalhes, em que as crianças visitarão algumas salas que tratam da cidade de São Paulo da época do fim do século XIX e início do XX. Durante o percurso, de uma hora e meia, cada grupo terá o desafio de encontrar alguns objetos por meio apenas da foto de seu detalhe. Há 20 vagas e a idade requerida é de 7 a 12 anos.

As visitas para jovens e adultos ocorrem no dia 18. Às 10 horas, Museu com Imaginação será uma visita orientada abrangendo a decoração interna do Museu (tema da Independência) e outras salas selecionadas sobre o cotidiano da cidade de São Paulo do fim do século XIX e início do XX. Ao final, os visitantes participam de uma dinâmica de criação de um museu fictício. Há entre 20 e 25 vagas para a atividade de uma hora e meia de duração. Às 14h30, Um olhar sobre a pintura histórica, visita orientada na exposição “Imagens recriam a História” que abordará a questão das pinturas históricas. Serão abertas 20 vagas e o percurso dura uma hora e meia.

No dia 23, a Visita com criação de história é destinada a famílias (adultos e crianças partir de seis anos) e inicia-se com uma dinâmica de criação coletiva de uma história fictícia a partir de imagens de objetos do museu, cujo objetivo é preparar o olhar dos visitantes para a visita às salas onde conhecerão os objetos com os quais montaram a história. A atividade ocorrerá às 10 da manhã, durará uma hora e meia e terá 20 vagas disponíveis.

No último dia (24), haverá atividades para crianças e adultos. Às 10 da manhã, Objeto biográfico orientará o público pelas exposições referentes ao cotidiano da cidade de São Paulo. Ao final, os visitantes poderão manipular objetos da coleção didática do serviço educativo e discutir sobre os objetos que nos identificam. São de 20 a 25 vagas, com uma hora e meia de visita. Às 14h30, O Jogo da Encomenda trabalha com a Exposição “Imagens recriam a História”, abordando a questão da encomenda de pinturas pelo Museu Paulista no início do século XX. Depois de entenderem como as pinturas eram encomendadas e produzidas, as crianças, de 7 a 12 anos, participarão de um jogo de encomendas de pinturas. Serão permitidos 20 participantes, em uma hora e meia de atividade.


Fonte: Agência USP

Chile: Prefeita autoriza professora lésbica a dar aulas de religião


A prefeita de San Bernardo, Orfelina Bustos, autorizou nesta quinta-feira (20) que a professora lésbica Sandra Pavez volte a dar aulas de religião no Colégio Municipal Cardeal Antônio Samoré, apesar da férrea oposição da Igreja Católica. A decisão foi adotada depois do pedido do Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh).

Na reunião com a prefeita, estiveram presentes ativistas do Movilh, a professora afetada e mães de alunos que assumirão a partir do próximo ano o Centro de Pais e Empoderados no Colégio Samoré. Após o encontro, a professora Pavez mostrou-se "feliz e emocionada por essa decisão. Está se fazendo justiça e minha alegria é difícil de descrever".

Na ocasião, determinou-se que a partir de agora será implementada uma modificação na grade curricular no Colégio Samoré, de modo que as aulas de religião não sejam exclusivas da Igreja Católica, e sim mais pluralistas e de caráter mais histórico. Segundo a prefeita, já existem experiências pilotos em outros colégios.

De acordo com Rolando Jiménez, presidente do Movilh, a decisão da prefeita "marcará um antes e um depois na forma de conceber e praticar as aulas de religião, tendo como princípios a igualdade e a não discriminação para todos os seres humanos. Isso é histórico e revolucionário no regime educativo".
Desde agosto deste ano, a professora Pavez encontra-se desenvolvendo atividades administrativas no Colégio Samoré, pois a Igreja lhe revogou seu certificado de idoneidade após inteirar-se no começo deste ano de sua orientação sexual. O certificado de idoneidade que a Igreja entrega é baseado no Decreto Lei 924 que Regulamenta as Aulas de Religião em Estabelecimentos Educacionais e Regulamenta a Docência.
Estabelecida em 12 de setembro de 1983, a norma, desconhecida do público até este ano, define em seu artigo 9 que o professor de religião pode exercer a profissão se está "em posse de um certificado de idoneidade outorgado pela autoridade religiosa que corresponda". O Movilh recorda que em nenhum caso o Decreto estabelece que as minorias sexuais não podem dar aulas.


Fonte: Adital

Biblioteca Móvel será apresentada no Estação Verão 2008


Objetivo é levar a comunidades de periferias bibliotecas itinerantes

Dentro do projeto Estação Verão, o Serviço Social do Comércio (Sesc) apresentará à comunidade gaúcha o projeto BiblioSesc. A iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, que iniciou por Pernambuco e está sendo expandida por diversos estados brasileiros, visa levar a comunidades de periferias bibliotecas itinerantes.

A entidade apresentará a Unidade Móvel nas praias gaúchas neste verão. Após o veraneio, haverá o lançamento oficial da BiblioSesc junto às comunidades periféricas de Porto Alegre. “O projeto possibilitará o contato das comunidades com o mundo da leitura, aprimorando conhecimentos e fortalecendo a cultura no Estado”, ressalta o diretor regional do Sesc/RS, Everton Dalla Vecchia.

Cada unidade móvel conta com um acervo de três mil peças, entre livros e periódicos. Até 2008, 23 caminhões entrarão em circulação em 21 estados e no Distrito Federal. Além do Rio Grande do Sul. Outras informações através do site http://www.sesc.com.br.


Fonte: Envolverde

Exposição mescla literatura e artes plásticas


A literatura foi a fonte de inspiração de dezessete artistas plásticos do Rio de Janeiro e de Nova Friburgo que produziram obras a partir de um verso do poeta João Cabral de Melo Neto: O Homem dispõe o livro nas prateleiras, que aguardam.... Os trabalhos podem ser vistos na Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro, no Centro, até o dia 25 de janeiro.

Nos três espaços destinados à exposição estão sendo exibidas peças que têm por finalidade mostrar visualizações acerca do livro.

O número de visitantes na coletiva é grande e com idades variadas. Esse é o resultado da parceria da Secretaria de Cultura, com o Departamento Geral de Bibliotecas, através da Biblioteca Pública do Estado, orientado e coordenado pela a artista plástica Lia do Rio.

Os trabalhos em exposição são dos artistas Dimas Malachini, Dirce Montechiari, Edla Maria Silveira, Gilda Lima, Iara Hermenegildo, Isabela Frade, Jarbas Paoullus, Luzia de Lima, Magda Sheeny, Marcos André Salles, Marilú Santos, Marta Strauch, Patricia Machado, Paulo Azeredo, Rose Borges, Suely Fefer e Tânia Torres.

A diretora do Departamento Geral das Bibliotecas do Estado, Ana Lígia Medeiros, adiantou que, para 2008, há planos das bibliotecas oferecerem ao público, além da própria leitura, exposições, eventos, palestras, concertos, cinema e teatro, entre outras atividades. Também no ano que vem, será lançado o projeto Rede do Conhecimento, uma parceria com a Oi, Futuro e o Insituito Cidade Viva, que financiará a informatização de todas as bibliotecas públicas.

A entrada é gratuita. A Biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, das 09h às 18h, na Avenida Presidente Vargas, 1261 – Centro. Mais informações pelo telefone: (21) 2224-6184 ou no site: http://www.bperj.rj.gov.br


Fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro

Hai-Kai da educação


Basta envelhecer para perceber que o que é supérfluo muitas vezes pode tornar-se paralisante daquilo que é fundamental. Um estudante perguntou-me, há algumas semanas, sobre qual deveria ser a duração de um documentário que fazíamos juntos. Nunca tinha pensado sobre aquilo. Custei a entender que não há resposta certa: dez segundos – ou talvez dez horas.

Os Lusíadas são uma obra imensa, épica e essencial; já o centenário Hai-Kai traz um mundo em apenas três fundamentais versos. Em suma, o que importa mesmo é trabalhar a essência e se livrar de toda e qualquer burocracia – naquele caso, as firulas de um documentarista teriam a capacidade de esvaziar o sentido de um filme; tudo dependeria do material bruto filmado.

Na educação, me parece sempre um bom sinal quando voltamos às raízes. No campo das políticas públicas educacionais no Brasil de hoje há um movimento importante que anda para trás, num bom sentido, e valoriza aquilo que é essencial. O MEC - mais precisamente a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.(Secad) - tem reunido atores da sociedade civil que já experimentam e criam modelos de educação integral e comunitária, como o Aprendiz, para a construção de um documento-base sobre o tema.

Trata-se, na verdade, de recuperar o sentido mínimo da educação, e de desmontar a burocracia político-pedagógica que se montou sobre a escola nos últimos 70 anos. O movimento é de desnudar o modelo escolar, e reestruturá-lo em seus mandamentos essenciais; como os três versos do Hai-Kai. Não se pensa em turno ou contra-turno, mas em educar o tempo todo.

Para se ter uma idéia de como a educação se desvirtuou e inchou, o educador baiano Anísio Teixeira já sentia necessidade de buscar a essencialidade na década de 30 do século passado! A Escola Parque, sua proposta de educação integral, é um caso em que o moderno e revolucionário, de certa forma, é o prosaico: uma volta da simplicidade nas relações de tempo e espaço.

Pensando nos desafios que a educação encontra hoje, chego a acreditar que o mundo midiático em que vivemos não é tão complexo quanto parece; a escola é, sim, anacrônica para ele. O modelo escolar e curricular de hoje parece um lagarto preguiçoso que descansa ao sol, alheio ao que acontece fora de seus muros – inclusive à mídia.

Paulo Freire acreditava que a educação era por excelência um ato de comunicação. A mídia de massa nada mais é que a conseqüência, econômica e política, desse mesmo comunicar. Resta a escola e a comunidade estruturarem-se para interferir nesse sistema abrangente que, se entendido na sua essência, permite interferência, participação e democratização.

Para a atual geração de estudantes é simples produzir comunicação. As meninas e meninos blogueiros aprenderam a desenvolver seus blogs experimentando, fuçando e imprimindo sua marca. A educação pode se aproveitar disso para cumprir seu papel. Aliás, não há nada mais essencial e antigo do que ‘aprender fazendo’.


Fonte: Aprendiz