segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ines realiza concurso para contratar professores

O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), com sede no Rio de Janeiro, realiza em 13 de setembro concurso público para preencher 66 vagas, das quais 22 são para professores da educação básica. As inscrições devem ser feitas de 27 de julho a 14 de agosto, pela internet.

Para os cargos de nível superior – professor, fonoaudiólogo, psicólogo, técnico em assuntos educacionais – é exigido curso superior na área de trabalho e para as funções administrativas e de assistência de estudantes, certificado de nível médio. O edital foi publicado ontem (23), no Diário Oficial da União na seção 3, páginas 33 a 38 e reserva 5% das vagas para pessoas com deficiência.

O concurso será no Rio de Janeiro e todas as vagas são para atividades no Instituto Nacional de Educação de Surdos. A taxa de inscrição custa R$ 36,00 para nível superior e R$ 28,00 para nível médio. Os salários variam de R$ 1.264,99 a R$ 2.307,85.

O edital n.º 5, prazos, conteúdos exigidos nas provas e ficha de inscrição estão na página eletrônica da Assessoria em Organização de Concursos Públicos Ltda (Aocp), instituição responsável pela seleção (http://www.aocp.com.br/concurso.jsp?id=180).

Fonte: Nota 10

domingo, 26 de julho de 2009

PROFESSORES ENTRAM EM GREVE NO INTERIOR

Os professores de Salgado e Simão Dias iniciam a próxima semana em greve. Em Salgado a partir de segunda, dia 27, não haverá aulas nas escolas da rede municipal. Já em Simão Dias o movimento grevista se inicia na quarta, dia 29. O motivo da greve nas cidades é a não implantação do piso salarial.

Os professores da Rede Municipal de Simão Dias decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira, dia 29. A decisão foi tomada pela categoria em assembleia realizada na última quinta-feira, dia 23. Na quarta, os professores pretendem realizar um ato público na cidade para informar a população os motivos da greve.

A decisão de parar as atividades foi tomada depois de avaliarem o processo de negociação e a consequente morosidade da administração municipal em garantir de forma correta a implantação dos 2/3 do piso.

Uma reunião ocorrida dia 23 entre a administração e os professores só os deixou mais indignados. De acordo com a delegada sindical do SINTESE no município, Maria Lúcia Morais, na reunião tanto o prefeito, quanto o Secretário de Educação, Marcelo Domingos, apresentaram uma postura autoritária não dando voz aos professores e enfatizando que para a implantação do Piso seriam feitas demissões, inclusive de docentes efetivos em estágio probatório.

Outro ponto que gerou indignação na categoria foi que os gestores desrespeitaram o direito de manifestação dos educadores, classificando os atos públicos realizados por essa classe como irresponsáveis. Para a diretoria do sindicato, os atuais gestores foram infelizes em seus comentários, principalmente pela história pregressa que eles têm nos movimentos sociais.

Desde o início das negociações, a prefeitura não apresentou nenhuma proposta para implantação do piso para todos os professores. Ocorreram diversas audiências, mas nada de novo era apresentado. O prefeito Dênisson Déda afirma que a Lei de Responsabilidade Fiscal o impede de aplicar o piso, mas se nega apresentar as folhas de pagamento de todas as pastas de pessoal para que se pudesse constatar que de fato não há mais o que ser enxugado em folha de pagamento.

E ainda, apesar de afirmar ser contrário, efetivou o pagamento dos 2/3, já no mês de julho apenas para os professores com nível médio. Essa decisão vai de encontro a lei 11.738 que tem como princípio a valorização do magistério.

Os professores sentem-se tranqüilos por que acreditam que percorreram o caminho mais prudente: estiveram abertos ao diálogo, fizeram concessões, aguardaram os prazos pedidos e, o tempo todo, confiaram que a administração tinha como objetivo garantir o direito dos docentes, o que não aconteceu de fato até agora, disse a professora Cláudia Patrícia, da coordenação da Sub-Sede Centro-Sul do Sintese.

Salgado - Já em Salgado o descumprimento do acordo feito entre o sindicato e a prefeitura Janete Barbosa é o motivo principal para a greve que se inicia segunda. Os professores pretendem realizar atos públicos em frente a secretaria municipal de Educação e também na prefeitura.

Após muita luta, os professores conseguiram negociar com a administração pública municipal a implantação dos 2/3 do piso conforme diz a lei. O projeto chegou a estar na pauta da Câmara de Vereadores. A prefeita, então alegando que o projeto necessitava de ajustes, retirou-o da Câmara de Vereadores e não deu retorno sobre quando ele voltaria a tramitar.

No acordo feito entre administração municipal e o sindicato os 2/3 do piso seriam pagos no mês de julho, mas sem a aprovação do projeto não dá data.

Fonte: Faxaju

Municípios sem senha no Simec devem se recadastrar

Os municípios que não tiverem senha ativa no Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (Simec) e quiserem participar do monitoramento do Plano de Ações Articuladas (PAR) que foi iniciado ontem (23), precisam se recadastrar no sistema.

Segundo a diretora de assistência a programas especiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Renilda Peres de Lima, responsável pelo monitoramento, até o momento algumas prefeituras ainda não fizeram o novo cadastro.

Para a secretaria municipal de educação solicitar uma nova senha de acesso ao Simec, é necessário entrar no sistema, pelo endereço do Ministério da Educação na internet (www.mec.gov.br), precedido da palavra simec, e, conforme o caso, clicar em “solicitar cadastro” ou em “esqueceu sua senha?”. A diretora Renilda avisa: “Sem o cadastro, não há como ter acesso ao Simec e, portanto, fazer o monitoramento”.

Fonte: Nota 10

sábado, 25 de julho de 2009

Melhores teses de doutorado do país recebem premiação

A tese Fusão de Dados em Redes de Sensores sem Fios foi uma das três vencedoras do Grande Prêmio Capes de Teses. O trabalho foi selecionado como o melhor da área de ciências exatas e da terra. A cerimônia de premiação ocorreu na noite de quarta-feira (22), na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília.

“Estudei como medir qualquer tipo de grandeza, como temperatura, umidade ou velocidade do vento”, explicou o autor, Eduardo Freire Nakamura. “Com os dados, é possível, por exemplo, monitorar níveis perigosos de gases na atmosfera, a quantidade de poluentes num rio ou detectar incêndios em florestas”, exemplificou.

Além do trabalho de Nakamura, que defendeu a tese no programa de pós-graduação de ciência da computação da Universidade Federal de Minas Gerais, outros dois foram premiados. Na área de ciências humanas, ciências sociais aplicadas e linguística, letras e artes, o vencedor foi Sérgio Adas, da Universidade de São Paulo, com O campo do Geógrafo: Colonização e Agricultura na Obra de Orlando Valverde (1917-1964); na de ciências da saúde e agrárias, Rogério de Castilho Jacinto, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), campus de Piracicaba, com Relação da Sintomatologia com a Presença de Microorganismos e Endotoxinas em Canais Radiculares com Necrose e Suscetibilidade Antimicrobiana de Bactérias Anaeróbicas Estritas.

Na cerimônia, também receberam prêmios 38 teses de destaque em cada área do conhecimento.

Fonte: Nota 10

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Educação para o consumo já atingiu cerca de dois mil alunos

Com o término nesta sexta-feira, 17, das aulas na rede municipal de ensino, o Procon Porto Alegre conclui o primeiro semestre de atividades do projeto Educação para o Consumo, contabilizando em 2009, 30 palestras realizadas para cerca de dois mil alunos das escolas do município. O Educação para o Consumo consiste em um conjunto de apresentações desenvolvidas junto à rede pública de ensino da Capital com o objetivo de orientar os estudantes sobre os direitos dos consumidores no momento da aquisição de produtos ou da contratação de serviços. Direcionado inicialmente a crianças já alfabetizadas e a adolescentes, o Educação para o Consumo também está qualificando o aprendizado dos alunos que integram o programa Educação de Jovens Adultos (EJA), ensino fundamental noturno para estudantes na faixa etária até 60 anos.

O coordenador do Procon Porto Alegre explica que o projeto Educação para o Consumo é desenvolvido pelo órgão municipal com a mesma relevância atribuída ao setor de atendimento ao público ou ao departamento de fiscalização a fornecedores. “O Procon não foi criado apenas para acolher reclamações e denúncias, mas para promover a conscientização da população para seus direitos como consumidores de produtos e serviços”, destaca o coordenador do Procon municipal, Omar Ferri Júnior.

Em linguagem de fácil entendimento as palestras expõem o conteúdo do Código de Defesa do Consumidor (CDC) apresentando as definições sobre produtos, serviços, contratos, nota fiscal, defeitos, garantia, prazos de validade, rótulos e embalagem. A importância das palestras encontra justificativa. A área de produtos é a grande campeã de reclamações no Procon Porto Alegre, registrando mais de seis mil queixas que correspondem a 33% do total de atendimentos do órgão. “Por isto enfatizamos nas explanações os cuidados que os alunos devem ter no momento da compra”, destaca Ferri Júnior. Os estudantes aprendem ainda dicas sobre como realizar uma compra segura: não comprar latas amassadas e atentar para produtos em oferta, pois eles geralmente estão com os prazos de validade no limite do vencimento. Os jovens são instruídos ainda a não adquirir remédios sem verificar a licença do Ministério da Saúde, e brinquedos que não tenham o selo do Inmetro.

Após as palestras, o debate poderá continuar em sala de aula, por meio de discussões entre alunos e professores, que receberam os manuais sobre relações de consumo publicados pelo Procon Porto Alegre e distribuídos nas apresentações. A cartilha “Pequenos Consumidores” é uma adaptação do CDC para crianças de seis a 12 anos e o Manual do Consumidor Consciente resume o conteúdo do CDC de maneira ilustrada e de fácil leitura para adolescentes e adultos.

Fonte: Pauta Social

Prazo é encerrado com mais de 4,5 milhões de candidatos de inscritos

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009 recebeu 4.576.126 de inscrições, número registrado até as 23h59 de domingo, dia 19, quando o prazo foi encerrado. Ao longo dos 35 dias em que o sistema esteve disponível na internet, foram registrados 6.761.646 de acessos.

Candidatos de 99 países também tiveram acesso ao sistema, que continua aberto para o acompanhamento das inscrições. Até quarta-feira, dia 22, o candidato poderá imprimir o boleto e efetuar, na rede bancária, o pagamento da taxa de inscrição, de R$ 35. Estão isentos os estudantes de escolas públicas matriculados no último ano do ensino médio.

Os candidatos que pediram isenção da taxa devem confirmar se tiveram a reivindicação atendida. Caso contrário, precisam fazer o pagamento no prazo determinado.

Fonte: MEC

Projeto 'Escola Cidadã' é retomado no Maranhão

São Luíz – O Ministério Público do Maranhão, por intermédio do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caop-IJ), em parceria com o UNICEF, realizará, na manhã desta sexta-feira, dia 17, no município de Timbiras, uma reunião com o Promotor de Justiça Edilson Santana, a coordenadora do escritório do UNICEF no Maranhão, Eliana Almeida, e integrantes do poder público e da sociedade civil daquela comarca.

O evento marca a retomada do projeto “Escola Cidadã”, articulação que pretende envolver organizações da sociedade civil organizada, conselhos de direitos e tutelares, professores e profissionais da educação, para promover ações de combate aos baixos indicadores sociais na área educacional do município.

A proposta é estimular experiências que impulsionem o desenvolvimento da cidadania, a partir do conceito de escola cidadã, garantindo a participação social, a gestão democrática, o controle social e o desenvolvimento sustentável.

Pacto pela Infância – Em 2007, o MPMA propôs às prefeituras da região dos cocais a assinatura do “Pacto pela infância e adolescência”. No documento, os municípios signatários comprometeram-se a empreender um plano de ação para garantir a melhoria dos indicadores sociais de crianças e adolescentes. As cidades foram agrupadas com base nos indicadores sociais, especialmente o Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI), e o pacto foi uma decisão política para reverter os baixos indicadores.

Para executar o compromisso firmado, cada município deveria criar sua Rede Interinstitucional pela Educação Básica (RIEB), com representantes das secretarias de educação, assistência social, saúde, Conselho do Fundeb, Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança, agentes comunitários de saúde, associação de moradores, alunos, professores e Ministério Público. O objetivo do MPMA é que a RIEB municipal se constitua em um espaço de articulação entre organismos da sociedade civil e do poder público, coordenando ações de melhoria da educação pública municipal.

Entenda o conceito de Escola Cidadã
Conceito criado pelo educador e pensador brasileiro Paulo Freire, autor do livro Pedagogia do Oprimido (1968), para designar a escola que prepara a criança para tomar decisões. A ideia da escola cidadã entrou em evidência nos anos 90, como expressão de um movimento de inovação educacional no Brasil que inclui os temas: autonomia da escola, integração da educação com a cultura e o trabalho, oferta e demanda, escola e comunidade, visão interdisciplinar e a formação permanente dos professores.

Segundo o Instituto Paulo Freire (IPF), a Escola Cidadã defende a educação permanente e tem uma formatação própria para cada realidade local, de modo a respeitar as características histórico-culturais, os ritmos e as conjunturas específicas de cada comunidade, sem perder de vista a dimensão global do mundo. A Escola Cidadã tem se caracterizado como um movimento que inclui o uso eficiente dos mais recentes avanços tecnológicos, colaborando na reconstrução do conhecimento.

Fonte: Unicef

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sintese faz assembléia no dia 14

O SINTESE realiza dia 14, às 15h no Instituto Histórico e Geográfico, assembléia para os professores da rede estadual. Na pauta encaminhamentos de luta para a implantação do piso salarial e paralisação nacional.


Os professores vão discutir estratégias de luta pela implementação do piso. A categoria aguarda com expectativa a realização da segunda audiência de conciliação no Tribunal de Justiça, onde o Estado deve apresentar uma proposta.

Queima do Judas

O SINTESE participa no sábado, dia 11, às 10h, em frente à Caixa Econômica Federal, do ato da Central Única dos Trabalhadores. Aproveitando a data religiosa do Sábado de Aleluia a CUT faz queima do Judas. Os professores vão fazer queima do Judas da Educação. “A falta de transparência, de política pública para a Educação, as 15 folhas de pagamento, o não pagamento do Piso Salarial, tem muita coisa para queimar.”, ironizou Roberto Silva Santos, diretor de Comunicação do SINTESE.

Paralisação

Em reunião realizada no dia 03 de abril em Brasília, as entidades filiadas a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE definiram que dia 24 de abri, será um dia nacional de paralisação. O objetivo do movimento é fazer com que a lei 11.738/2008 que institui o Piso Salarial Nacional seja cumprida pelos Estados e municípios.

Fonte: Sintese

Reitores das federais apóiam novo modelo de vestibular

Os reitores das 55 universidades federais brasileiras manifestaram apoio à iniciativa do Ministério da Educação (MEC) de substituir o atual vestibular por uma nova versão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O exame passaria a ter 200 questões de múltipla escolha, uma prova de redação e o aluno poderia se candidatar a cursos em até cinco universidades.

Em longa reunião com o ministro da Educação, Fernando Haddad, na segunda-feira (6), na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, os reitores debateram a proposta e tiraram dúvidas quanto aos aspectos técnicos da seleção.

Na reunião, ficou acertado que um comitê gestor formado por reitores e secretários estaduais de educação de cada região do país irá acompanhar a elaboração da nova prova e o impacto no ensino médio público. “Como a ideia é reestruturar o currículo do ensino médio, se valendo do processo seletivo, o comitê será criado para que o modelo da primeira prova possa ser aperfeiçoado com o tempo”, explicou Haddad.

Outros temas abordados no encontro foram a mobilidade dos estudantes e seu impacto no desenvolvimento regional – já que farão um único teste para concorrer a qualquer curso de qualquer instituição que aderir ao modelo – e a questão das peculiaridades de cada seleção em relação às cotas ou avaliações seriadas. Segundo o ministro, não há impedimento para que as universidades que apliquem políticas afirmativas ou a avaliação seriada mantenham os modelos.

Alguns reitores perguntaram sobre os processos seletivos que hoje são feitos em duas fases, principalmente, para os cursos mais concorridos. Haddad explicou que, se a universidade se valer apenas do Enem como processo seletivo, a mudança no vestibular poderá ocorrer ainda este ano. Para os que querem implementar a segunda fase – a ser elaborada pela própria instituição –, provavelmente só no ano que vem.

O ministro informou que o MEC vai redigir um termo de referência operacional, documento técnico para explicitar detalhes da seleção, e entregar aos reitores a fim de que eles debatam e façam suas escolhas.

Fonte: Agência Brasil

Mães de alunos protestam no Robalo

Mães de alunos da Escola Estadual Paulino Nascimento, localizada no povoado Robalo, em Aracaju, realizaram uma manifestação na tarde de quarta, 8, em protesto à demora nas reformas do prédio da unidade escolar. Os estudantes estão sem aula.

O diretor da escola, José Gama, estava no local e disse que não poderia fazer nada, apesar de compreender o sentimento das mães. O centro de ensino está interditado desde fevereiro e a reforma apenas foi viabilizada após pressão do Ministério Público estadual (MPE). O próprio órgão sugeriu que uma chácara fosse alugada para dar continuidade às aulas, o que não ocorreu.

Fonte: Portal Infonet

EDUCAÇÃO DISTORCE A VERDADE SOBRE R$ 7 MILHÕES

A Secretaria de Estado da Educação - SEED ao tentar explicar a diferença de mais de 7 milhões de reais na folha de pagamento do mês de fevereiro de 2009 distorce a verdade, ignora documentos oficiais e deixa a direção do SINTESE ainda mais preocupada.

A SEED manipula os dados ao afirmar que a diferença de R$7.226.237,67 na Folha de Pagamento corresponde aos encargos sociais (Previdência 20% e Ipesaúde 4%) pagos pelo Estado, por isso, a suposta diferença estaria explicada. Entretanto, nos dados apresentados ao Conselho Estadual do FUNDEB, não foram calculados os encargos sociais, apenas a folha de pagamento bruta.

A diferença continua - A Secretaria de Estado da Administração - SEAD, que administra a folha de pagamento geral do Estado, informou que a folha bruta dos profissionais do magistério, da fonte FUNDEB, sem os encargos sociais, no mês de fevereiro de 2009, foi de R$17.740.246,41; já a Secretaria de Educação, que elabora a folha de pagamento da educação, informou através do Demonstrativo Gerencial do FUNDEB, referente a fevereiro/2009, que a folha bruta dos Profissionais do Magistério, da fonte FUNDEB, sem os encargos sociais, foi de R$21.104.125,04, computando uma diferença de R$3.363.878,63.

O relatório da SEAD, referente a fevereiro de 2009, da folha bruta dos servidores técnicos administrativos, da fonte FUNDEB, apresenta o valor de R$ 526.067,91; enquanto isso o Demonstrativo Gerencial do FUNDEB, publicado pela Secretaria da Educação, também de fevereiro/2009, informa que a folha bruta dos técnicos administrativos, sem encargos sociais, foi de R$4.388.426,95, implicando assim numa diferença de R$3.862.359,04.

A soma da diferença dos profissionais do magistério que foi de R$ 3.363.878,63 mais a diferença de R$ 3.862.359,04, constatada também em relação a folha dos servidores administrativos, resultou em valores não explicados contabilmente de R$7.226.237,67.

A SEAD em nenhum momento informou o montante de recursos utilizados com obrigações sociais; sendo que essas informações constam apenas do Demonstrativo Gerencial do FUNDEB, referente a fevereiro de 2009, publicado pela SEED, que consta os seguintes valores: Profissionais do Magistério – encargos sociais + salário família - R$4.063.144,36; Servidores Técnicos Administrativos – encargos sociais + salário família – R$847.304,10. Assim sendo, tecnicamente o sindicato desconsiderou o montante das obrigações sociais para calcular a diferença encontrada nos dois relatórios oficiais sobre a folha de pagamento.

Tentativa de distorcer - Outro dado que comprova a tentativa da SEED em distorcer os fatos é a declaração que não foram fornecidas ao sindicato informações sobre as folhas de pagamentos dos servidores administrativos.

Os porta-vozes da SEED desconhecem os dados que estão contidos no Demonstrativo Gerencial do FUNDEB e no relatório sintético da folha de pagamento da SEAD, referente a fevereiro de 2009, uma vez que ambos detalham valores das folhas de pagamento da educação dos profissionais do magistério e dos técnicos administrativos. A quem interessa manipular a verdade?

“Lamentamos, mais uma vez, a tentativa da SEED em querer desqualificar as denúncias apresentadas pelo sindicato. O SINTESE tem sido muito cuidadoso em apresentar as denúncias, utilizando documentos que comprovam as incompatibilidades dos dados apresentados pelas secretarias de Educação e da Administração. Estamos exercendo o papel constitucional de controle social sobre os gastos do dinheiro público, especialmente da educação que tanto precisa de investimento”, disse o presidente do SINTESE, Joel Almeida.

Buscar a correção - A SEED deveria fazer a opção pela correção dos erros administrativos, no entanto, para justificar práticas não condizentes com os princípios constitucionais que devem reger a administração pública, busca simplesmente desqualificar o trabalho do SINTESE, buscando assim empurrar o lixo para debaixo do tapete.

Os representantes do magistério enviaram ofício para o Conselho do Fundeb, Tribunal de Contas e Procuradoria do Ministério Público Estadual para que sejam adotadas as medidas cabíveis para apurar as denúncias, corrigir as irregularidades, bem como os responsáveis por atos ilícitos sejam punidos na forma da lei.

Fonte: Portal Faxaju

CNTE quer que Supremo agilize julgamento do piso nacional

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) encaminhou no dia 6 pedido de audiência ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para acelerar a nova fase do julgamento do piso nacional da educação. A informação é do presidente da entidade, Roberto Leão. “Queremos reforçar nossas argumentações sobre a importância do cumprimento do piso para a educação brasileira, pedindo que façam o julgamento, o quanto antes, de acordo com a lei aprovada”, destacou Leão.

Segundo a Agência Brasil, outro ponto reivindicado pela confederação é a publicação do acórdão da decisão do STF que, como não foi divulgado, gerou interpretações diferentes da lei entre os estados.

Na semana passada, houve diversas atividades de mobilização da categoria em Brasília. Na sexta-feira (3), representantes de sindicatos de todos os estados definiram a uma paralisação de 24 horas, no dia 24 de abril, para que o piso seja implementado em todos os estados do país. Na última quinta-feira (2), houve manifestação de professores em frente ao STF.

O Supremo julgou em dezembro, parcialmente, a ação direta de inconstitucionalidade (Adin), apresentada por governadores de alguns estados contra o piso. Ficou estabelecido que o piso salarial de R$ 950 seria introduzido a partir de janeiro, deste ano.

O julgamento foi suspenso e não houve decisão sobre a criação de um terço de hora atividade, prevista também na lei que estabelece o piso nacional. Este período seria exclusivo para os professores desenvolverem atividades externas como planejar aulas, corrigir provas, receber a comunidade e realizar cursos de aperfeiçoamento.

De acordo com Leão, a reação ao piso começou imediatamente após a sanção da Lei 11.738, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em julho do ano passado. “Os estados de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais se articularam para fazer uma campanha nacional contra o piso”, afirmou.

Fonte: Portal Nota 10

CONSELHO FUNDEB APROVA CONTAS DA EDUCAÇÃO

O Conselho Estadual de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Ceacs/Fundeb) aprovou na manhã desta quarta-feira, 8, as contas do exercício do ano de 2008 da Secretaria de Estado da Educação.

As contas foram aprovadas por nove votos a favor e três abstenções na reunião realizada na sede do conselho, situada no Complexo Administrativo da Seed, depois de vários debates que vêm acontecendo desde o mês de janeiro passado, período no qual a Secretaria da Educação disponibilizou documentos para que os conselheiros fizessem análises e tirassem suas dúvidas.

Participaram da apreciação e votação das contas representantes da Secretaria de Estado da Educação, da Secretaria de Estado da Fazenda, da Procuradoria Geral do Estado, da União Sergipana dos Estudantes Secundaristas (USES), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese), dos pais de alunos, dos alunos, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Poder Executivo Municipal.

Fonte: Portal Faxaju

sábado, 4 de abril de 2009

Alunos da escola estadual Castelo Branco continuam sem aulas

Uma nova audiência foi realizada na manhã desta quinta-feira, 2, para tratar da situação da escola estadual Castelo Branco, localizada no Bairro Industrial. As aulas foram suspensas devido às condições precárias da estrutura da unidade de ensino. Na ocasião o promotor de justiça, Fausto Valois, solicitou que a Secretaria de Estado da Educação (Seed) providenciasse, até o dia 20 de abril, um local provisório e adequado para que as aulas sejam retomadas.



Alunos, funcionários e professores estão revoltados com a atual situação da escola e dizem que não há mínima condição de segurança e higiene no local. Durante audiência professores e alunos se pronunciaram e exigiram uma reforma urgente no local. “É humilhante ter que se submeter às condições da escola”, declarou o professor de história José Saul.

A preocupação do promotor é de que o ano letivo não seja prejudicado por conta da demora para conseguir um local adequado. Ele chegou a sugerir que as aulas fossem retomadas no prédio da própria escola. Mas professores e alunos não concordaram.



A secretária adjunta da Seed informou que já está sendo estudado o aluguel de um espaço para abrigar os estudantes. Ela disse ainda, que já foi definido que os alunos do turno noturno do Castelo Branco terão suas atividades de ensino desenvolvidas na Escola Estadual 17 de Março, que também fica localizado no Bairro Industrial.

Fonte: Portal Infonet

Estudantes de Socorro participam do projeto ‘Amigos da Escola’

Quarenta alunos da 7ª série, da Escola Municipal José do Prado Franco Sobrinho, localizada em Nossa Senhora do Socorro, participaram do primeiro dia temático do projeto Amigos da Escola edição 2009. Com o tema “Meio Ambiente”, os estudantes visitaram o Oceanário, na Orla de Atalaia, na manhã desta sexta-feira, 03.

Segundo o representante do Núcleo do Amigos da Escola e gerente de Recursos Humanos da TV Sergipe, Roselito Figueiredo, o projeto que este ano tem como tema o meio ambiente, já aconteceu em instituições de ensino da rede pública do Estado. Socorro é o primeiro município sergipano a integrar o projeto.

“Como o assunto em pauta é o meio ambiente, buscamos trazer os alunos para visitar o Oceanário de Sergipe por meio de uma parceria entre a Rede Globo, através da afiliada TV Sergipe, projeto TAMAR, Petrobras e a Secretaria Municipal de Educação de Socorro. Através dessa visita, além de conhecer um ponto turístico sergipano, os estudantes têm a oportunidade de visualizar o que aprendem em sala de aula, o que torna o aprendizado mais interessante”, explicou Roselito Figueiredo.

A diretora da Escola de Socorro, Djanira Nascimento, relatou que a iniciativa contribui para o conhecimento dos discentes. Ela acrescentou que o projeto é uma forma diferente de ensinar os alunos, a ver na prática, o que os livros apontam. “Além disso, o Amigos da Escola trata-se da criação de um projeto, onde os alunos terão que fazer pesquisas e, desse modo vão adquirir mais informações. E como a reciclagem é um tema muito discutido no mundo, será abordado pela nossa escola”, afirmou.

O coordenador de Educação de Jovens e Adultos de Socorro, José Conrado Torres, contou que projeto como o Amigos da Escola, cria oportunidade para que a comunidade escolar possa visitar um espaço, como o Oceanário. “Os alunos podem ter uma ampla visão da fauna e da flora fluvial e marítima de Sergipe”, concluiu.

Conhecimento - No decorrer da visita, os estudantes guiados por um instrutor do Oceanário, puderam observar 18 aquários e aprenderam sobre 70 espécies marítimas, que podem ser encontradas no Rio São Francisco e no litoral sergipano. Entre as espécies: peixes, tartarugas, cavalos marinhos, ouriços, entre outros.

Para a aluna Milena Mendes Fontes, de 12 anos, a parceria foi bastante proveitosa. “Gostei muito de vir até o Oceanário porque é diferente ver o assunto em sala de aula e na prática. Aprendi sobre diversos tipos de peixes que nem sabia que existiam”, relatou.

Fonte: Portal Faxaju

SEED lança XXVI Jogos da Primavera

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) promove na próxima terça-feira, às 8h30, no auditório do Banese, o lançamento da XXVI edição dos Jogos da Primavera. A competição envolve os alunos das redes estadual, municipais e particular de Sergipe. A expectativa é que 18 mil estudantes participem este ano. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no hotsite dos Jogos da Primavera.

A etapa estadual dos jogos será disputada em duas fases. Na primeira, que ocorre de 5 de maio a 6 de junho, acontecerá a etapa seletiva das modalidades coletivas. A segunda fase será a Final Estadual e as disputas acontecerão em Aracaju, no período de 11 a 21 de agosto.

As seletivas das escolas da capital ocorrerão dentro dos Jogos Escolares da TV Sergipe. Já as regionais serão realizadas nos municípios de Itabaiana, Lagarto, Capela, Dores e Nossa Senhora da Glória.

Modalidades

Nesta edição dos Jogos da Primavera haverá competições de Atletismo, Atletismo Adaptado, Basquetebol, Capoeira, Capoeira Adaptada, Futsal, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Handebol, Judô, Karatê, Natação, Natação Adaptada, Tênis de Mesa, Voleibol e Xadrez, nas categorias ‘A’, de 12 a 14 anos, ‘B’, de 15 a 17 anos, e ‘C’, de 18 a 20 anos.

Não haverá processo seletivo nas modalidades coletivas para a categoria ‘C’. Todas as equipes inscritas na segunda etapa participarão dos Jogos da Primavera. Nesta categoria não serão realizadas as competições de Karatê, Ginástica Rítmica, Ginástica Artística e Tênis de Mesa.

Olimpíadas Escolares

Os campeões dos XXVI Jogos da Primavera irão representar o estado de Sergipe na etapa nacional das Olimpíadas Escolares, que acontecerá nas cidades de Poços de Caldas (MG), em setembro, na categoria ‘A’, e Londrina e Maringá (PR), em novembro, na categoria ‘B’. O evento é realizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Fonte: SEED

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Aracaju ganha espaço dedicado à ciência e tecnologia

Viajar pelo universo, sentir a ausência da gravidade, compreender, na prática, como se aplica o teorema de Pitágoras ou os princípios de mecânica, óptica, estática e eletrônica, que são considerados um emaranhado de fórmulas e cálculos por vezes incompreensíveis na sala de aula. Tudo isso será possível na Casa de Ciência e Tecnologia de Aracaju (CCTECA), que pretende promover o desenvolvimento, a democratização e a difusão da ciência e tecnologia.

A CCTECA focará, no primeiro momento, o trabalho com estudantes, diz a professora Zélia Macedo, do Departamento de Física da UFS, que prestou assessoria científica à entidade. Posteriormente pretende-se propor projetos que englobem alunos de licenciatura em Física para que eles tenham a vivência com os experimentos antes de partirem para sala de aula. Assim, já estarão mais preparados para o mercado de trabalho, completa.

O complexo divide-se em três espaços, além do planetário, que abriga mais de 80 experimentos nas áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. A experiência mais esperada, sem dúvida, é a visita ao planetário. O local tem capacidade para 31 pessoas e projetará, na cúpula, imagens de astros e planetas proporcionando aos espectadores uma verdadeira viagem espacial.

Podemos montar vários trajetos: desde uma viagem dentro do nosso sistema solar, conhecendo planetas e seus satélites, até uma visita a outras galáxias, partindo da nossa, avisa Augusto Cesar Almeida, diretor da CCTECA e presidente da Sociedade de Estudos Astronômicos de Sergipe (Sease).

Ano da Astronomia

Por 2009 ser considerado o Ano Internacional da Astronomia, a casa foi inserida no calendário de comemorações do 400º aniversário das descobertas e observações de Galileu Galilei. O espaço abriga também uma exposição permanente sobre a ciência.

Existe um ciclo vicioso que envolve o MEC [Ministério da Educação], as escolas, as universidades e o vestibular, onde o aluno é treinado apenas para os processos seletivos e não para a vida. É necessário entender como todos os princípios funcionam e saber como eles se aplicam à realidade, diz Augusto Cesar.

Ainda segundo o diretor, o trabalho da CCTECA será propagado também através de palestras e de projetos de extensão. Na medida do possível, com o tempo, a nossa intenção é instalar mais equipamentos e ampliar o espaço.

Inaugurado no último dia 22 e aberto ao público desde segunda, 30, o espaço, localizado no Parque da Sementeira, Zona Sul de Aracaju, é resultado de uma parceria entre a Universidade Federal de Sergipe, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Prefeitura de Aracaju, por meio do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia, e a Fundação Phoenix.

Agência UFS de Divulgação Científica

Aracaju ganha espaço dedicado à ciência e tecnologia

Viajar pelo universo, sentir a ausência da gravidade, compreender, na prática, como se aplica o teorema de Pitágoras ou os princípios de mecânica, óptica, estática e eletrônica, que são considerados um emaranhado de fórmulas e cálculos por vezes incompreensíveis na sala de aula. Tudo isso será possível na Casa de Ciência e Tecnologia de Aracaju (CCTECA), que pretende promover o desenvolvimento, a democratização e a difusão da ciência e tecnologia.

A CCTECA focará, no primeiro momento, o trabalho com estudantes, diz a professora Zélia Macedo, do Departamento de Física da UFS, que prestou assessoria científica à entidade. Posteriormente pretende-se propor projetos que englobem alunos de licenciatura em Física para que eles tenham a vivência com os experimentos antes de partirem para sala de aula. Assim, já estarão mais preparados para o mercado de trabalho, completa.

O complexo divide-se em três espaços, além do planetário, que abriga mais de 80 experimentos nas áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. A experiência mais esperada, sem dúvida, é a visita ao planetário. O local tem capacidade para 31 pessoas e projetará, na cúpula, imagens de astros e planetas proporcionando aos espectadores uma verdadeira viagem espacial.

Podemos montar vários trajetos: desde uma viagem dentro do nosso sistema solar, conhecendo planetas e seus satélites, até uma visita a outras galáxias, partindo da nossa, avisa Augusto Cesar Almeida, diretor da CCTECA e presidente da Sociedade de Estudos Astronômicos de Sergipe (Sease).

Ano da Astronomia

Por 2009 ser considerado o Ano Internacional da Astronomia, a casa foi inserida no calendário de comemorações do 400º aniversário das descobertas e observações de Galileu Galilei. O espaço abriga também uma exposição permanente sobre a ciência.

Existe um ciclo vicioso que envolve o MEC [Ministério da Educação], as escolas, as universidades e o vestibular, onde o aluno é treinado apenas para os processos seletivos e não para a vida. É necessário entender como todos os princípios funcionam e saber como eles se aplicam à realidade, diz Augusto Cesar.

Ainda segundo o diretor, o trabalho da CCTECA será propagado também através de palestras e de projetos de extensão. Na medida do possível, com o tempo, a nossa intenção é instalar mais equipamentos e ampliar o espaço.

Inaugurado no último dia 22 e aberto ao público desde segunda, 30, o espaço, localizado no Parque da Sementeira, Zona Sul de Aracaju, é resultado de uma parceria entre a Universidade Federal de Sergipe, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Prefeitura de Aracaju, por meio do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia, e a Fundação Phoenix.

Fonte: Agência UFS de Divulgação Científica

PROFESSORES DECIDEM NESTA SEXTA-FEIRA DATA DA GREVE NACIONAL PELO PISO DO MAGISTÉRIO

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) decide nesta sexta-feira (3) quando terá início a greve nacional dos professores pela aplicação da lei do piso do magistério.

Ontem, representantes de sindicatos da categoria de todo o país se reuniram para uma manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A corte interrompeu, em dezembro, o julgamento de uma ação proposta por governadores de cinco estados que questiona a constitucionalidade da lei. Até agora, o tribunal negou um pedido de liminar que solicitava a suspensão da lei, mas ainda não avaliou o mérito da questão.

A lei do piso tramitou por 13 meses no Congresso Nacional e foi sancionada em julho de 2008. Ela determina que, a partir de 2010, nenhum professor da rede pública receba menos de R$ 950 por uma carga-horária de 40 horas semanais.

“Nós queremos sensibilizar os ministros para que eles apreciem o mérito da ação. Em dezembro eles mudaram dois artigos importantes para nós que é o que estabelece o conceito de piso e o que trata da jornada de trabalho. A lei como foi aprovada no Congresso Nacional por unanimidade é um consenso, eles não podem ser contra isso”, argumenta o presidente da CNTE, Roberto Leão.

A lei aprovada pelo Congresso Nacional estabelece que os salários devem ser reajustados progressivamente até 2010. Em dezembro, o STF entendeu que as secretarias estaduais de Educação podem incluir nesse valor as gratificações que já são pagas aos professores até que o mérito da ação seja julgado.

“Isso é ruim e vai na contramão do debate de valorização da educação pública. Se um professor se aposenta nesse período ganhando um piso composto por gratificação, ele não leva essa parte para a aposentadoria”, diz Leão.

Segundo o presidente da CNTE, por causa da demora de uma decisão do STF, alguns estados estão pagando menos do que o estabelecido pela lei. “Sergipe, Rio Grande do Sul e Goiás não pagam, são três grandes estados. Eles pagam do jeito que eles entendem que é o piso. O julgamento é importante para uniformizar, porque nessa situação muito prefeito e governador oportunista quer fazer economia em cima da educação pública”, diz.

A secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Mariza Abreu, disse hoje que a posição contrária à lei aprovada no Congresso não é apenas do governo gaúcho, mas uma unanimidade entre os secretários da educação.

“A ação não é contra um piso nacional, nós somos absolutamente defensores de um piso nacional do magistério. O problema foram as modificações feitas pelo Congresso Nacional ao projeto original encaminhado pelo Executivo. Essa nova lei transforma piso em vencimento inicial, o que são coisas completamente diferentes”, argumenta.

A secretária acredita que, como está, a lei federal é confusa e interfere na autonomia dos estados. “Se o piso for vencimento inicial das carreiras significa que a cada vez que esse valor for reajustado em âmbito federal, todas as folhas de pagamento de todos os professores do país seriam reajustas no mês seguinte. Isso seria um desrespeito à autonomia dos estados federados”, afirma Mariza.

Fonte: Portal Faxaju

quarta-feira, 25 de março de 2009

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Programa Papo de Escola

Alunos da escola pública não aprendem conteúdo adequado

Dados divulgados pelo Movimento Todos pela Educação revelam que apenas 16,5% dos alunos da 4ª série do Ensino Fundamental da rede pública de ensino aprenderam os conteúdos adequados à série na disciplina de Português. A meta estipulada era de 20,07%. Em matemática, os estudantes ultrapassaram a meta de 8,28%. Na 8ª série os dados também são abaixo do esperado. As informações referem-se ao ano letivo de 2007.

Segundo a pesquisa, os alunos da 8ª série foram melhores em Português – ultrapassaram a meta de 10,21% - mas caíram no aprendizado de Matemática, ficando com 5,41% dos estudantes com aprendizado satisfatório em relação ao conteúdo apresentado naquela série.

Falta de leitura

Um dos parâmetros trabalhados pela Provinha Brasil, que define os dados divulgados pela pesquisa, é a capacidade de interpretação dos alunos. Ou seja, a prova avalia se o aluno tem domínio da leitura e consegue entender o que lhe é transmitido pelo texto. Sendo assim, a professora de português Maria Josefa Almeida entende que os resultados mostram que os alunos das escolas públicas têm trabalhado pouco a leitura.

“Além dos problemas que já são do conhecimento de todos, como a lotação das salas e a falta de recursos, existe também o pouco estímulo à leitura”, explica a professora. Para ela, a escola precisa assumir a responsabilidade de dotar os estudantes de melhor capacidade de interpretação, através do ensino da leitura.

“Desestímulos”

Para a professora de matemática Izabella Matos, estes resultados refletem um conjunto de “desestímulos” existentes na rede pública. “Os pais não participam da vida escolar dos filhos, desestimulando-os e isso provoca desinteresse nos professores”, explica. Além disso, a professora considera que os baixos salários e a falta de condições de trabalho levam os profissionais da Educação a desenvolverem aulas incipientes.

Comparando com a realidade das escolas privadas, Izabella destaca que a organização é fator preponderante de diferenciação com a situação das escolas públicas. Segundo ela, “nas escolas particulares, o aprendizado do aluno é estimulado através da participação dos pais e os professores desenvolvem uma série de atividades em conjunto com a direção da escola, que proporcionam um ensino de qualidade”.

Projetos

A diretora de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Niraildes Machado, reconhece que os dados divulgados são baixos, mas informa que vários projetos estão sendo executados para mudar essa realidade. “A campanha ‘Pelo Direito de Aprender’ vem sendo executada nas escolas da rede desde o ano passado e visa oferecer ao aluno um maior embasamento dos conteúdos”, explica Niraildes. Segundo ela, através do projeto, os alunos estão recebendo aulas de reforço escolar durante o recesso das aulas para que se adéqüem as suas respectivas séries.

Além disso, “os pais dos alunos tem sido conscientizados da importância de participarem do processo de aprendizado de seus filhos, através do projeto ‘Boletim Escolar’”, informa a diretora de ensino. Ela ainda destaca que todos os integrantes da Semed participarão de uma reunião de planejamento nos próximos dias 26 e 27, para debater esses e outros dados e propor ações para melhorar o ensino.

Por Valter Lima (Portal Infonet)

SINDIPEMA VAI FALAR SOBRE O PISO SALARIAL

Em defesa do piso salarial do magistério, a presidente do Sindipema, professora Maria Elba da Silva, estará ocupando na próxima segunda-feira, dia 02 de março, a tribuna livre da Câmara dos Vereadores de Aracaju. O objetivo é ampliar o debate sobre a Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e o posicionamento dos trabalhadores em Educação entre parlamentares, executivo municipal e sociedade.

O espaço para os professores da rede de ensino em Aracaju na Casa do Povo é uma forma de multiplicar agentes em defesa da melhoria da qualidade de ensino. Essa luta, através de mobilizações e mesas de negociação já vem se estendendo há algum tempo. É preciso algum avanço, destaca Elba acreditando ser essencial o apoio dos parlamentares e frisando que a questão é suprapartidária.

A representante do Sindicato dos Profissionais de Ensino de Aracaju (Sindipema), Elba da Silva, completa que o debate com a sociedade e com os legisladores só vai unir esforços para essa luta que valoriza e qualifica o professorado. Essa lei [PSPN] é um direito de todos os trabalhadores em Educação, mas que repercute em toda a sociedade já que não se consegue dar cidadania a uma pessoa que não tenha uma boa educação, defende.

O espaço do Sindipema na tribuna livre é resultado de uma reunião ocorrida no último dia 16, na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Aracaju com o presidente da Casa, vereador Emanuel Nascimento. Entre os presentes estavam também os vereadores dr. Emerson, Simone Góis e Nitinho, além dos líderes do executivo na Câmara, vereadores Elber Batalha Filho e Rosângela Santana.

MEC prorroga até 4 de março prazo para candidatos da segunda chamada do ProUni

Brasília - Candidatos pré-selecionados, em segunda chamada, no Programa Universidade para Todos (ProUni) têm até quarta-feira próxima semana (4) para comprovar os dados cadastrais informados na inscrição. A prorrogação do prazo foi anunciada quarta-feira (25), pelo Ministério da Educação (MEC).

De acordo com o MEC, os 57 mil pré-selecionados devem comparecer à instituição na qual pretendem estudar, para comprovar os dados cadastrais. O ProUni oferece bolsas integrais ou parciais de 50% da mensalidade. A lista dos documentos necessários está disponível na página do programa.

O resultado da terceira chamada do ProUni também foi prorrogado e será divulgado no dia 11 de março. Para consultar o resultado, o candidato deve acessar o site do MEC e informar o número de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou o CPF. As informações também podem ser obtidas pelo telefone 0800 616161, gratuito.



Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Desvalorização dos professores é uma das causas da baixa qualidade do ensino, aponta especialista

Brasília - O baixo desempenho de alunos da rede pública em português e matemática, apontado em estudo do movimento Todos pela Educação, pode ser explicado em parte pela desvalorização que o professor enfrenta hoje. A avaliação é do próprio presidente da ONG, Mozart Neves Ramos.

“O problema é multifacetado, mas certamente para que a gente mude a questão da aprendizagem temos que valorizar o professor. Primeiro, eles não estão capacitados dentro desafio atual da escola pública. Depois, o professor hoje ganha pouco, corre risco de vida, principalmente para quem trabalha nas periferias das grandes cidades com o problema da violência”, destaca Mozart, que também é membro do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Além das condições de trabalho oferecidas aos professores, Mozart aponta a formação desses docentes como um problema central para qualidade do ensino público. “A formação continuada que é oferecida a esses professores é dada em geral por universidades que estão desacopladas da realidade da escola pública. Não há diretrizes claras entre o que está sendo formado durante a capacitação e aquilo que deve ser ensinado na sala de aula, há um completo hiato entre a formação e a preparação real”, destaca.

Para o presidente da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara, além da desvalorização da carreira do magistério, outros fatores estruturais contribuem para esse baixo desempenho. Entre eles, os baixos investimentos em educação e os mecanismos atuais de avaliação aplicados no Brasil.

“As avaliações precisam melhorar muito para que a gente consiga fazer com que elas alimentem o sistema no sentido de melhorá-lo”, defende.

Na avaliação de Cara, os mecanismo atuais como Provinha Brasil, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e outros são “incompletos” porque não conseguem fazer um diagnóstico das razões nem propor soluções para os problemas detectados.

Na opinião do especialista, os sistemas de avaliação de hoje são os que o “governo federal pode executar”. Entretanto, segundo ele, estados, municípios e escolas deveriam ser incentivados a incrementar o processo. “Eles precisam ter sistemas próprios de avaliação. A avaliação deve ser uma prática contínua nas escolas públicas e voltada para aprendizagem, mostrando o que precisa melhorar”, acredita Cara.

Fonte: Agência Brasil

Alunos cegos ainda enfrentam dificuldades nas escolas pela falta de material adaptado

Brasília - Apesar de considerar que o sistema braille já está universalizado no país, Regina Caldeira, da Comissão Brasileira do Braille e da Comissão Latino-Americana para Difusão do Braille, alerta que a aceitação obrigatória de crianças cegas nas escolas não é suficiente. Para ela, é preciso que o deficiente visual seja tratado dentro das mesmas condições que o aluno que enxerga – com livros transcritos, equipamentos adaptados e professores devidamente orientados.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Regina lembrou o bicentenário de aniversário de Louis Braille, criador do sistema. Quase 200 anos após o surgimento do braille, ela avaliou que o mercado brasileiro de publicações parece não estar preparado para atender a demanda de livros transcritos.

O caminho a ser percorrido pelas editoras, segundo Regina, é longo. Ela mesma considera a transcrição de livros para o braille uma tarefa difícil – além dos caracteres, é preciso trabalhar todas as vantagens disponíveis na leitura e na escrita visual, que incluem ilustrações, gráficos, mapas e simbologias.

“É um pouco mais demorado que a produção de livros comuns. Isso faz com que nem sempre a criança cega que está na escola tenha o livro a tempo como as crianças que enxergam. Se não houver tudo isso, de nada adianta ela estar na escola”, afirmou.


Questionada sobre as tecnologias à disposição do sistema braille, ela avaliou que o avanço tecnológivo existe, apesar de não chegar a todos. Atualmente, os livros são produzidos por meio de impressoras automatizadas capazes de reduzir o tempo gasto na produção da publicação.

Em relação a facilidades como a utilização de programas de computadores desenvolvidos para pessoas cegas, Regina destacou que os instrumentos servem apenas para auxiliar ou complementar a educação, mas que não devem substituir os livros transcritos – da mesma forma como não o fazem no caso de pessoas que enxergam.

“Ao utilizar o computador, a pessoa cega vai simplesmente ouvir e, portanto, o braille continua sendo indispensável. Ele permite esse contato com a escrita e com a leitura, que contribui para a formação intelectual de qualquer ser humano”, disse.


Regina, como deficiente visual, atesta que o aprendizado do braille não é difícil e que, até 1825, quando Louis Braille apresentou a primeira versão do sistema, várias outras tentativas já haviam sido feitas. Por meio do braille, a pessoa cega consegue reconhecer o caractere tocando-o apenas uma vez – baseada na combinação de seis pontos que permitem a composição de todas as letras do alfabeto, de números, de sinais de pontuação e de acentuação gráfica.“Passados mais de 180 anos, o braille continua atendendo plenamente as necessidades de escrita e leitura das pessoas cegas”, afirmou


Desde o dia 4 de janeiro deste ano – aniversário de nascimento de Louis Braille – esta sendo vendido nas agências dos Correios um selo comemorativo do bicentenário do criador do sistema. No Congresso Nacional, um projeto que tramita no Senado prevê a criação do Dia Nacional do Braille, a ser comemorado em 8 de abril. Há planos ainda para que seja realizada uma semana nacional em comemoração à data, marcada para o mês de agosto, com o objetivo de instruir professores, pais e alunos.

Fonte: Agência Brasil

Fim da DRU permitirá universalização na educação infantil

O aumento de recursos destinados à educação, possível a partir do fim da desvinculação das receitas da união (DRU) para essa área, permitirá universalizar o atendimento das crianças na educação infantil e assegurar uma reforma mais ampla do ensino médio.

Durante audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (18), o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu a destinação de cerca de R$ 9 bilhões anuais – que a pasta deixa de arrecadar por causa do mecanismo da DRU – para garantir a obrigatoriedade do ensino à população entre quatro e 17 anos de idade. Haddad propôs que a ampliação do atendimento até essa faixa ocorra gradualmente a partir deste ano até sua total implementação em 2014. Hoje o ensino é obrigatório para a faixa entre seis e 14 anos.

“É preciso aproveitar o fim da DRU para estender e garantir direitos”, disse o ministro. De acordo com Haddad, as mais baixas taxas de atendimento na educação infantil e no ensino médio estão concentradas entre os 20% mais pobres da população. “É evidente que isso não é falta de interesse das famílias mais pobres, e sim falta de direito assegurado”.

Entre os 20% mais pobres, 78% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos freqüentam o ensino médio, contra 94% dos jovens nessa mesma faixa etária entre os 20% mais ricos. Já na educação infantil, em relação aos 20% mais pobres da população, 62% das crianças estão matriculadas na pré-escola, enquanto 81% das crianças das famílias 20%mais ricas iniciam mais cedo sua trajetória escolar.

Segundo Haddad, é essencial garantir os recursos para incluir todas as crianças na escola já aos quatro anos. “A freqüência à pré-escola aumenta em 32% a chance de completar o ensino médio”, enfatizou. Assim, na avaliação do ministro, para evitar a evasão no ensino médio, a repetência e o fracasso escolar, é fundamental tratar a educação de maneira sistêmica. “Quem não conclui o fundamental é quem não teve acesso à pré-escola e não foi alfabetizado.”

O ministro ressaltou que, para combater a evasão dos estudantes entre 15 e 17 anos, é preciso investir no ensino das crianças de quatro a oito anos. “É preciso, também, repaginar o ensino médio, da perspectiva da capacidade do estudante de compreender o mundo e de sua inserção no mercado de trabalho”, afirmou.
A proposta de emenda constitucional 277/2008 prevê o fim gradual da DRU até sua extinção total em 2011. A matéria já foi aprovada no Senado e agora será votada na Câmara.

Embrapa resgata espécies vegetais em áreas sujeitas a impacto ambiental

Brasília - A coleta de espécies vegetais em áreas sob impacto ambiental é uma prioridade para a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 41 unidades de pesquisa da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, desde meados dos anos 1980. Atualmente, o foco dessas atividades está voltado principalmente para áreas onde serão construídas hidrelétricas. O Brasil é um país com enorme diversidade biológica e a rápida modificação de sua paisagem natural representa grandes desafios para os cientistas.

Por isso, a Embrapa Recursos Genéticos investe continuamente na realização de expedições de coleta em todas as regiões brasileiras, visando garantir a maior variabilidade genética das espécies de importância para a alimentação, para uso medicinal, ornamental, entre outras. Entre os anos de 1991 e 2008, foram realizadas atividades de resgate de espécies vegetais, em parceria com empresas públicas e privadas, em áreas destinadas à construção de hidrelétricas em várias regiões brasileiras, como sul (Barra Grande, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina), Norte (Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins); e centro-oeste (Goiás: Serra da Mesa; Corumbá 01; Corumbá 04; Queimado Cana Brava e São Salvador).

As ações desenvolvidas pela Unidade para tentar minimizar os impactos causados pela construção de usinas hidrelétricas à vegetação e à flora são fundamentais, especialmente levando em conta o grande número desses empreendimentos já em funcionamento no território nacional, o domínio tecnológico que o país apresenta sobre este tipo de geração de energia, sua capacidade hidrográfica privilegiada e o crescimento acelerado das zonas urbanas brasileiras, que demanda crescente fornecimento de energia elétrica, além do período de tempo relativamente longo que as usinas hidrelétricas levam para entrar em funcionamento.

Metodologia pioneira é recomendada pelo Ibama

As ações iniciadas pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia foram pioneiras, particularmente quanto aos métodos, planejamento e início de atividades com grande antecipação ao enchimento dos reservatórios. Essas experiências positivas e pioneiras deram sustentação à criação de uma metodologia inédita de trabalho em áreas sob impacto ambiental que tornaram a Unidade referência neste tipo de atividade, e pode-se até dizer, única no país.

O destaque nessas atividades fez com que o IBAMA, órgão licenciador desses empreendimentos, recomendasse a Unidade para que os empreendedores atendam às cláusulas das autorizações pleiteadas e isto tem repercutido em uma grande demanda de projetos que têm permitido a expansão da infra-estrutura, a constante capacitação da equipe, a possibilidade de atualização dos equipamentos de laboratório e campo.

Levantamento e definição de prioridades

Antes de iniciar o resgate das espécies, a equipe de pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia realiza um trabalho de identificação e caracterização da vegetação e da flora das áreas impactadas. A partir desses levantamentos, são definidas as prioridades para o resgate de espécies, geralmente de acordo com os seguintes critérios: ameaçadas de extinção; raras; endêmicas (restritas a uma determinada região); de uso potencial para a indústria, como por exemplo, de alimentos, fármacos ou de plantas ornamentais, entre outras; formações vegetais ameaçadas, como por exemplo, matas secas, matas de galeria; e populações mais ameaçadas pelo enchimento dos reservatórios (formações ribeirinhas).

Conservação das espécies vegetais resgatadas

As mudas e sementes coletadas nas expedições são levadas para a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, onde são tratadas e encaminhadas para conservação a longo prazo.

Essa conservação é feita de duas maneiras: in situ, no local de origem das espécies, e ex situ, fora do seu habitat em câmaras de conservação a baixas temperaturas.

As sementes denominadas ortodoxas, ou seja, que resistem bem a baixas temperaturas e umidades, são conservadas em câmaras frias, a 20ºC abaixo de zero, onde podem permanecer por até 100 anos.

As sementes recalcitrantes, que não possuem a mesma resistência, são conservadas de duas formas: por cultura de tecidos, ou in vitro, como também é conhecida essa forma de conservação; ou encaminhadas imediatamente para produção de mudas e replantios em áreas degradadas.

Kit para aplicação da Provinha Brasil já está disponível

O kit para a aplicação da primeira edição da Provinha Brasil de 2009 já está à disposição de todas as escolas públicas do país. Seu objetivo é avaliar os alunos matriculados no segundo ano de escolarização do ensino fundamental. A Provinha Brasil é um instrumento de avaliação que possibilita a realização de um diagnóstico do nível de alfabetização das crianças das redes públicas de ensino, após um ano de escolaridade.

Sua aplicação, no entanto, é voluntária, decorrente da adesão das redes estaduais e municipais de educação. Os gestores interessados podem acessar a página eletrônica da provinha para fazer a adesão da sua rede e o download dos kits dos testes.

A data sugerida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para a aplicação da primeira prova de 2009 é entre 9 e 20 de março. Nesta edição, os alunos responderão somente a questões objetivas de leitura. Não serão avaliados itens de escrita, como no ano passado. As provas serão aplicadas e corrigidas pelos próprios professores.

Criada em 2008, a Provinha Brasil, está prevista no Compromisso Todos pela Educação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação. Com esta avaliação, o MEC tem o intuito de oferecer aos gestores públicos e aos professores informações sobre o nível de alfabetização dos alunos logo no começo do processo de aprendizagem, permitindo assim intervenções com vistas à correção de possíveis insuficiências apresentadas nas áreas de leitura e escrita.

Anualmente, o Inep disponibiliza duas versões da Provinha Brasil. A primeira ocorre no início do ano e a segunda deve ser aplicada no término do ano letivo, caracterizando assim o ciclo da prova. Dessa forma, o professor e o gestor podem avaliar quanto o aluno progrediu ao longo do ano.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Seed abre 4.550 vagas para o Pré-Universitário 2009

O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Educação (SEED), abre inscrições para o processo seletivo do programa Pré-Universitário/SEED 2009. Serão ofertadas 4.550 vagas distribuídas em 30 Pólos. Poderão efetuar a inscrição alunos concludentes do Ensino Médio da rede pública de ensino, ou egressos, seguindo as normas do edital de convocação divulgado pela SEED.

A seleção dos candidatos será efetuada por meio de provas objetivas a serem realizadas no dia 1º de março, das 9h às 12h30. Os locais de realização das provas serão divulgados no período de 16 de fevereiro a 1º de março através do site da Secretaria de Estado da Educação.

As provas para o Processo Seletivo do Pré-Universitário/SEED/2009 vão abranger conteúdos dos programas referentes às 1ª e 2ª séries do Ensino Médio estabelecidos pela Universidade Federal de Sergipe e compreenderão as seguintes disciplinas: Português (Língua Portuguesa e Literatura Brasileira), Matemática, Geografia, Física, Biologia, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Química e História,

Inscrições

Os candidatos às vagas dos municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros (Pólo da Escola Estadual José Franklin), Nossa Senhora do Socorro (Colégio Estadual Juscelino Kubistcheck e Colégio Estadual João Batista Nascimento), bem como do Pólo do Colégio Estadual Glorita Portugal, localizado no Conjunto Eduardo Gomes, serão inscritos no Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (DASE), situado a rua Dom José Thomaz , 75.

Para os candidatos do interior as inscrições ocorrerão nos locais especificados no quadro abaixo:

Japaratuba
Pólo: Colégio Estadual José de Matos Teles
Vagas: 100 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Colégio Estadual José de Matos Teles
Endereço: Praça Dr. Moacir Sobral Barreto, S/N

Lagarto
Pólo: Colégio Estadual Abelardo Romero Dantas
Vagas: 350 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Colégio Estadual Abelardo Romero Dantas
Endereço: Rua Padre Álvares Pitangueira, S/N

Nossa Senhora das Dores
Pólo: Escola Municipal Arnaldo Rollemberg Garcez
Vagas: 110 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Diretoria Regional de Educação (DRE 5)
Endereço: Praça Joel Nascimento, S/N

Nossa Senhora da Glória
Pólo: Escola Estadual Evangelina Azevedo
Vagas: 140 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Diretoria Regional de Educação (DRE 9)
Endereço: Rua Manuel Bezerra Lemos, 147, bairro Divinéia

Capela
Pólo: Escola Estadual Monsenhor Eraldo Barbosa de Almeida
Vagas: 150 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Secretaria Municipal de Educação de Capela
Endereço: Rua Siqueira Menezes, 406, Centro

Estância
Pólo: Centro de Qualificação Gilberto Amado
Vagas: 330 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Centro de Qualificação Gilberto Amado
Endereço: Avenida Lourival Baptista S/N, bairro Centro

Frei Paulo
Pólo: Secretaria Municipal de Educação
Vagas: 100 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Secretaria Municipal de Educação
Endereço: Praça Tiradentes, S/N

Itabaiana
Pólo: Colégio Estadual Murilo Braga
Vagas: 100 (vespertino) / 400 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Colégio Estadual Murilo Braga
Endereço: Rua Quintino Bocaiúva, 654

Itaporanga d’Ajuda
Pólo: Escola Municipal Dulce Cruz
Vagas: 130 (noturno)
Local de inscrição/matrícula: Secretaria Municipal de Educação de Itaporanga d’Ajuda
Endereço: Avenida Emídio Marques, S/N

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Metalinguagem: por que a Rede Globo é culturalmente tão poderosa.


A Globo é, e parece sempre ter sido, a mais poderosa rede de televisão brasileira. A força da Globo não vem apenas de seu capital financeiro, mas de seu capital cultural. Conseguiu ao longo dos anos reunir um corpo de técnicos, escritores, apresentadores e atores de grande destaque - no caso dos atores, quando o virtuosismo não fala mais alto, é certo que a Globo consegue capitanear os mais belos.

Pelas competências que reúne, entre outras coisas, a Globo domina o mercado publicitário televisivo. É a mídia com maior alcance, e por isto mesmo a mais cara. A fonte de renda alimenta o talento e o talento alimenta a fonte de renda. É um círculo virtuoso, portanto. Este talento, é preciso que se diga, é um talento comercial. A Globo, embora seja uma empresa de entretenimento, não se presta a fazer objetos de “alta-cultura”. No entanto, faz muito bem aquilo a que se propõe: seduzir e dominar as mentes dos milhões de brasileiros que a assistem todos os dias.

Esta vocação de mercado que a Globo tem não a impediu, entretanto, de gestar obras-primas. “O Auto da Compadecida“, série que logo foi compilada em filme - e mesmo assim atraiu uma multidão aos cinemas brasileiros - nasceu na Globo. “Hoje é dia de Maria” também. Programas humorísticos ácidos como “TV Pirata” ou “Casseta e Planeta” - este último apenas nos anos iniciais - são outros achados - além do imortal Chico Anísio, claro. Atores como Lima Duarte e Tony Ramos pertencem ainda hoje a esta casa.

O carro chefe da programação, o produto de maior destaque, sempre foi, e é, a telenovela. O prestígio internacional que a Globo angariou deve-se muito a este tipo de produto, que do ponto de vista técnico supera em muito as rivais mexicanas - que são veiculadas ainda hoje em seu principal concorrente histórico: o SBT. A dramaturgia da Globo é responsável por criar personagens e novelas memoráveis. Sinhozinho Malta, Sassá Mutema, Tonho da Lua, Viúva Perpétua, Odorico Paraguaçu e, recentemente, a Nazaré de Renata Sorah, serão para sempre lembrados. A discussão do relacionamento amoroso na obra de Manoel Carlos nos dá ainda hoje diálogos inesquecíveis, atingidos apenas pela alta dramaturgia.

Embora fazer arte não seja o objetivo imediato da Globo, dar produtos artísticos de alto valor é o que ela faz por vezes. Nisso reside o primeiro ponto forte da emissora. O que significa dizer que seu poder ideológico é em muito derivado da qualidade dos produtos que ela gera.

É evidente que poderíamos discorrer sobre a manipulação ideológica que a emissora faz através de seus noticiários e novelas, mas seriam necessárias muitas outras linhas para abordar este aspecto, tendo necessariamente de falar sobre a atual ideologia que hoje ameaça a hegemônica Globo: a rede Record que, baseada num novo modelo de gestão, e financiada pelo capital vindo das instituições evangélicas, transformou o cenário de concorrência antes polarizado entre o SBT de Silvio Santos e a Globo de Roberto Marinho.

O outro pilar sobre o qual se baseia a Globo é uma estratégia muito poderosa de metalinguagem que alimenta e reforça o poder cultural que ela já tem. A Globo faz de sua programação um circuito auto-referente. Esta estratégia de metalinguagem não foi utilizada por nenhuma outra emissora - talvez apenas, mas em muito menor grau, pela MTV que usa certos programas para aludir ao próprio conteúdo. Reparemos como os programas da Globo falam sempre sobre ela mesma: o Vídeo-Show é um programa que fala sobre a Globo, O Vale a Pena Ver de Novo é a repetição das novelas, o Casseta e Planeta ocupa grande parte de seu tempo com a paródia das telenovelas, a Pizza do Faustão é um programa com atores globais, isso sem falar dos quadros Dança com Famosos e suas variações e o Arquivo Confidencial. Mas é preciso que se diga que a Globo só consegue fazer isso porque tem produtos. E porque tem produtos em um número suficiente, pode gerar outros produtos que falem sobre os produtos que já tem. Reside justamente aí a circularidade metalingüística. Ela aumenta seu capital cultural a partir do capital cultural que já possui. E por isso reforça a marca.

Por conta de problemas financeiros recentes, e tentando mobilizar a opinião pública sobre certos aspectos positivos da atuação da emissora, ela freqüentemente vem também veiculando anúncios institucionais sobre si mesma, dando a entender como a programação da globo tem um efeito positivo sobre a construção de valores no combate ao racismo, à violência contra a mulher e à inclusão de deficientes, temas freqüentes em suas novelas. Esta nova estratégia de auto-referência positiva, que inclui aí Amigos da Escola, Criança Esperança e correlatos, deve ter como objetivo comercial muito provavelmente sensibilizar a opinião popular para, quem sabe, abocanhar uma verba pública ou um incentivo do governo em casos de novas crises financeiras.

Aliada à estratégia de auto-referência, a Globo utiliza uma outra: o silêncio total sobre as concorrentes. Se apresenta um egocentrismo cultural de um lado, por outro é uma esquizofrênica: em sua programação é como se as concorrentes não existissem. O Silvio Santos, por exemplo, a despeito de ser um dos maiores empresários do país, só apareceu na Globo em duas ocasiões: seu seqüestro - sobre o qual o noticiário global não poderia se calar, com risco de tornar pública a estratégia de evitar a menção aos concorrentes - e o desfile das escolas de samba, quando Silvio Santos foi homenageado, ocasião em que era impossível evitar mostrar o apresentador, que desfilava num dos carros alegóricos. Imagino que a reunião de pauta jornalística nestas duas ocasiões deva ter sido um evento interno muito interessante, com diretores globais e jornalistas coçando a cabeça em discussões sobre o que fazer.

Enquanto a Globo se auto-valoriza e evita as concorrentes, a recíproca não acontece: emissoras concorrentes freqüentemente fazem o contrário: falam da grandona. Assim procedem programas como o TV Fama da Rede TV, os programas vespertinos apresentados por mulheres com quadros que discutem as telenovelas ou mesmo o provocante Pânico, famoso por perseguir celebridades das emissoras alheias. Assim o poder cultural da Globo é alimentado não apenas por uma dinâmica interna gerida por ela mesma, mas também por forças de fora, construindo assim um universo cultural que orbita em torno dela.

Curioso observar como esta estratégia de auto-referência e metalinguagem vem sendo descoberta e também utilizada pela Rede Record que começa a soltar programas nos quais os convidados são atores de suas próprias telenovelas e apresentadores da casa. Se for capaz de levar a cabo a estratégia que aprendeu com a líder de mercado, a Record se firmará ainda mais como uma interessante e poderosa ameaça na guerra de mercado das redes de televisão.

Por Flávio Tonnetti

Fonte: www.ensino.blog.br

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

16% da população mundial adulta é analfabeta

Uma em cada três crianças que vivem em países em desenvolvimento, totalizando 193 milhões de crianças, ingressa na escola primária com problemas de desenvolvimento cerebral causados pela subnutrição e com poucas perspectivas de adquirir uma boa educação. Esse e outros dados sobre a educação no mundo fazem parte do Informe de Seguimento da Educação no Mundo 2009, elaborado pela Unesco.

Com o título "Superar a desigualdade: por que é importante a governança", o informe enfatiza necessidade de políticas nacionais de educação mais enérgicas e de maior interesse dos doadores na hora de traduzir duas promessas em atos. Segundo o documento, uma série de disparidades inaceitáveis em âmbito nacional e internacional está socavando os esforços para conseguir os objetivos internacionais em matéria de desenvolvimento.
O diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, afirmou que quando os sistemas financeiros estão em crises, os governos agem prontamente. No entanto, segundo ele, o contrário ocorre quando os sistemas de educação estão em crise. Dessa forma, Matsuura ressalta que os governos devem atuar com maior urgência nesse setor, porque a desigualdade de oportunidades na educação é um fator de aumento da pobreza, da fome e da mortalidade infantil.

O documento da Unesco revela que, no mundo, 75 milhões de crianças com idade de cursar o ensino primário estão sem freqüentar a escola. Essa estatística é apenas um indicador parcial da magnitude do problema, pois há milhões de crianças que ingressam na escola e a abandonam prematuramente sem terminar seus estudos primários. No Brasil, mais de 60% dos alunos da escola secundária obtiveram pontuações que os situaram no nível mais baixo da escala de classificação estabelecida em algumas avaliações internacionais do aproveitamento escolar.

Outro dado alarmante se refere ao número de adultos que não sabe ler nem escrever: 776 milhões, o que significa 16% da população mundial. Dois terços desses analfabetos são mulheres. A estimativa é de que, em 2015, o planeta continue contando com 700 milhões de adultos iletrados.

De acordo com o documento da UNESCO, os governos dos países da América Latina e do Caribe gastam cerca de 12 bilhões de dólares anuais com reprovações nas escolas. Além disso, o informe ressalta que a repetição de curso das crianças aumenta consideravelmente os gastos das famílias, em particular no caso das mais pobres, e aumenta os riscos de deserção escolar. Na América Latina e em outras regiões, as crianças pobres têm mais probabilidade de freqüentar escolas deficientemente equipadas que as demais crianças, o que agrava as desigualdades existentes.

Entre os exemplos positivos de políticas que objetivam melhorar a educação, o informe cita os programas de transferências de dinheiro destinadas às famílias mais pobres implementados em vários países da América Latina. A condição para receber o dinheiro é que as crianças freqüentam a escola e se submetam a exames médicos e sanitários regulares.

Fonte: Adital

Menino de 13 anos passa em 1º lugar no vestibular da federal do Paraná

Aos 13 anos, Guilherme Cardoso de Souza foi aprovado no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR). E a conquista foi com louvor: ele passou em primeiro lugar no curso de química.

Mas o jovem não estava completamente seguro na hora do exame: “Estava com medo por causa da prova de redação. De química, eu não estava com medo, porque senti que tinha ido bem. Mas na hora é uma surpresa sempre”, conta o menino.

Para a mãe, a emoção foi maior do que a surpresa: “Meu deu uma angústia. Não imaginava que iria me emocionar tanto”, revela Edina Lopes Cardoso.

Aos dois anos, Guilherme já fazia o que as crianças só aprendem aos seis ou sete anos. “Achei que ele era de outro mundo. Com essa idade ele começou a ler e a escrever”, relembra a mãe.

E pouco antes de começar o curso universitário, Guilherme se empenha em um novo projeto: a escrita de um livro didático de química para estudantes do ensino médio. “Espero que ele seja usado e que dê um melhor entendimento da química para outros estudantes”, diz.

Miniprofessor

O talento para ensinar Guilherme já demonstrou outras vezes. Quando estava no segundo ano do ensino médio, dava aulas de reforço para colegas bem mais velhos.

O jovem foi acompanhado por especialistas, terminou o ensino fundamental com dez anos e o ensino médio com 13. E o mais jovem universitário do Paraná, que deve se formar aos 17 anos, já escolheu a profissão. “A princípio, quero ser professor e dar aula de química em colégio”, afirma.

Fonte: www.globo.com

Compra de material escolar exige pesquisa

A crise financeira tem levado muitos pais a terem atenção redobrada na hora de comprar o material escolar para os filhos. Com medo da alta dos preços, muitos preferiram antecipar as compras em busca de economia. “Nestes dias, houve um aumento considerável de procura por material escolar. Há papelarias que já ampliaram o horário do expediente”, comenta o presidente do Sindicado do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria e São Paulo (SIMPA) Antonio Nogueira.

De acordo com o presidente da entidade, os pais podem economizar entre 5% e 10% se adiantarem as compras. “Geralmente, as papelarias começam a preparar seus estoques para esta época do ano em outubro. Naquele período, os preços ainda estavam mais baixos”, explica.

Já as papelarias que deixaram para fazer as compras no final do ano ou no início de janeiro encontraram os preços mais altos. “O comércio varejista repassará esses reajustes ao consumidor”, completa Nogueira.

Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, realizada no final de 2008, com a crise financeira o custo do material escolar deve subir entre 10% a 15% em 2009. Com a alta do dólar, aumenta o preço das matérias-primas.

“Há muita especulação de preço. Aqui mantemos o preço do ano passado, com exceção de materiais de personagens e bichinhos”, revela a gerente de uma papelaria do bairro de Pinheiros, em São Paulo, Maria Farias. Na mesma região, outra papelaria reajustou os preços. Um lápis, por exemplo, pode custar quase o dobro de um estabelecimento para o outro. O artigo da mesma marca custa R$ 0,50 em uma loja, na outra, custa R$ 0,90.

Para economizar

Com ou sem crise, a variação de preços do material escolar é constante nesta época do ano. “Por isso, eu sempre pesquiso bem antes da compra. Já estou fazendo cotações”, diz Claudia Melhem, mãe de Eduardo, que está no 4° ano do Ensino Fundamental I. “O que também diminui bastante os gastos é o reaproveitamento do material do ano anterior”, complementa.

Outra dica para economizar é não comprar produtos licenciados. “Os artigos com personagens da moda são sempre mais caros, pois a indústria precisa pagar para utilizar determinada imagem nos cadernos, fichários e outros artigos”, explica o presidente do SIMPA.

Pesquisa em uma papelaria de Pinheiros mostra que a diferença entre um produto licenciado para um produto comum pode ser mais que o dobro. Um caderno universitário de capa dura de 120 folhas custa em média R$ 10, mas se tiver na capa uma imagem licenciada, o valor fica em torno de R$ 30.

Nogueira ainda lembra que priorizar a qualidade dos produtos na hora da compra é importante para não ter gastos futuros. “Não adianta comprar lápis que o grafite quebra toda hora”, reforça Claudia.

A mãe também consegue cortar os gastos ao optar por fazer compras com outros pais. “Alguns itens, compensa comprar no atacado e dividir o material e as despesas com as outras mães”, conta.

Fonte: Aprendiz

CPI da Pedofilia já apresentou quatro projetos para fortalecer legislação que pune o crime

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia apresentou quatro projetos para atualizar a legislação e criar punições para os acusados de pedofilia. O primeiro, já transformado em norma jurídica, foi o PLS 250/08, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e aprimorar o combate à produção, venda e distribuição de pornografia infantil e criminalizou a aquisição e a posse de tal material (Lei 11.829/08).

Aguarda análise da Câmara dos Deputados o PLS 126/08 (sob o número de PL 3772/08 naquela Casa) que modifica o Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815/80) para determinar a prisão preventiva de extraditandos, desde que feita por autoridade competente, agente diplomático ou consular do Estado requerente, mas também a requerimento do Ministério Público da União ou por representação da Polícia Federal.

Além disso, a representação da autoridade policial brasileira perante o Supremo Tribunal Federal - para a prisão do suspeito - poderá ser instruída por meio de um documento da Interpol denominado difusão internacional (também conhecido como "difusão vermelha"), oriundo de um dos mais avançados sistemas de banco de dados do mundo e aceito como mandado de prisão internacional em diversos países, como a Argentina e os integrantes da União Européia.

Outro projeto originário da CPI da Pedofilia é o PLS 275/08, que criminaliza a conduta de quem se aproveita sexualmente de adolescentes expostos à prostituição, exploração sexual ou abandono. De acordo com a matéria, poderão ser presos os pais que induzirem seus filhos menores de 18 anos à prostituição e os proprietários ou gerentes de estabelecimentos comerciais onde ocorre essa prática.

A proposição estabelece ainda que as pessoas que facilitarem a exploração sexual infantil ou dificultarem a saída de menores de situações de abuso ou prostituição poderão ser condenadas a penas que variam de cinco a 12 anos de prisão. O projeto também prevê aumento de pena quando o crime é praticado sob violência ou ameaça e quando resulta em ganho financeiro para o adulto que agencia a exploração sexual do menor. A matéria está pronta para a Ordem do Dia do Plenário.

O PLS 494/08 pretende disciplinar a forma, os prazos e os meios de preservação e transferência de dados informáticos mantidos por fornecedores de serviço a autoridades públicas, para fins de investigação de crimes praticados contra crianças e adolescentes. A matéria está na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Fonte: Agência Senado

Pós-graduação poderá ser pré-requisito para diretor de presídio

O Projeto de Lei 4202/08, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário, estabelece novos requisitos que devem ser preenchidos pelos diretores de presídio e pelos agentes penitenciários.

No primeiro caso, passa a ser exigido o título de pós-graduação em administração penitenciária. Hoje, há a obrigatoriedade de que os diretores possuam diploma de nível superior de Direito, Psicologia, Ciências Sociais, Pedagogia ou Serviços Sociais.

Já em relação ao pessoal administrativo, o projeto inova ao determinar que o estudo de disciplina sobre direitos humanos seja incluído nos cursos específicos de formação que os agentes já são obrigados a frequentar para trabalhar nos presídios e ter progressão e ascensão funcional.

Conselhos da comunidade
No que se refere aos conselhos da comunidade - compostos no mínimo por um representante de associação comercial ou industrial, um advogado indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e um assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais -, o texto determina novas atribuições.

Além de visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca e apresentar relatórios mensais ao juiz de execução e ao Conselho Penitenciário, entre outras funções, os conselhos terão de inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais, e acompanhar as visitas mensais do juiz de execução, do
Ministério Público e do Conselho Penitenciário aos presídios, assim como apresentar representação à autoridade competente caso as visitas não ocorram ou sejam realizadas de forma precária ou deficiente.

Conselho nacional
O texto também aumenta o número de cadeiras do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que passa a ser integrado por 19 pessoas, seis a mais do que prevê a lei atual. Além disso, define como será sua composição.

Atualmente, os integrantes do conselho são designados por meio de ato do Ministério da Justiça, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, e representantes da comunidade e dos ministérios da área social.

Pelo projeto, serão dois juízes de execução; dois integrantes do Ministério Público; dois integrantes da Defensoria Pública; dois representantes da OAB; um representante do Ministério do Trabalho; um representante do Ministério da Previdência e Assistência Social; um representante do Ministério da Educação; um representante do Ministério da Saúde; um representante do Departamento Penitenciário Nacional; dois representantes de órgãos, entidades ou associações que tenham por finalidade a defesa dos direitos e interesses de presos; dois integrantes de órgãos, entidades ou associações que representem familiares de presos; e dois representantes da categoria dos agentes penitenciários.

O mandato dos integrantes do conselho é mantido em dois anos, com permissão apenas para uma recondução, e sem a necessidade de renovação de 1/3 dos componentes a cada ano, como determina a lei hoje.

Fonte: Agência Câmara

SP terá maior troca de carteiras escolares do Brasil, beneficiando 1,2 milhão de estudantes

A Secretaria de Estado da Educação realiza até o meio de 2009 a maior troca de carteiras e cadeiras escolares do Brasil. Serão 514 mil novas unidades, beneficiando cerca de 1,2 milhão de estudantes. O investimento previsto é de cerca de R$ 35 milhões.

A previsão é que até o meio do ano todas as novas peças estejam entregues pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão ligado à Secretaria. As novas carteiras e cadeiras irão atender cerca de 2.000 escolas da Grande São Paulo (incluindo a capital) – cerca de 320 mil jogos. No interior e litoral serão cerca 1.000 novos escolas atendidas (194 mil jogos), totalizando cerca de 3.000 escolas por todo o Estado. Já no fim de 2008, no período de férias, teve início a troca deste mobiliário.

A Secretaria fez um levantamento e verificou a necessidade de troca de mobiliário nestas unidades. Além das carteiras e cadeiras de alunos, a pasta irá modificar cerca de 12 mil móveis utilizados por professores (mesa e cadeira para salas de aula) e de 6.000 conjuntos de refeitórios (mesas e cadeiras – para seis alunos).

“Além das mudanças pedagógicas em andamento, a Secretaria agora está alterando a parte física das escolas. Em 2008 realizamos cerca de 1.200 intervenções em escolas estaduais. Os estudantes precisam de uma infra-estrutura apropriada para que a aprendizagem tenha um salto de qualidade”, afirma a secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

Os moveis antigos serão doados ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.

Fonte: Secretaria da Educação do Estado de SP

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Arte e literatura para todos

Difundir a literatura latino-americana, encontrar novos autores e promover um trabalho social e artístico, além de ser ecologicamente correto. Essas são algumas das conquistas do coletivo brasileiro Dulcinéia Catadora. O grupo vende livros com textos de autores conhecidos e anônimos a R$ 5. As capas das publicações têm como matéria-prima papelão e são pintadas livremente por filhos de catadores de recicláveis, adultos com deficiência mental, artistas e outras pessoas da comunidade.

O coletivo Dulcinéia Catadora nasceu em 2006, derivado do grupo Eloísa Cartoneira, da Argentina. Sabendo da iniciativa por meio de um blog, a artista plástica brasileira Lúcia Rosa entrou em contato com os integrantes argentinos. “Eu já trabalhava com papelão e catadores. Participei de algumas oficinas com o Eloísa Cartoneira e assim nasceu o Dulcinéia”, lembra.

O nome do coletivo foi inspirado em uma catadora que integrava a Coopamare http://www.coopamare.org.br/, chamada Dulcinéia, e na amada do personagem Dom Quixote, de mesmo nome. Hoje, o coletivo brasileiro integra uma rede de ação cultural na América Latina. Além do Eloísa Cartoneira, compõem o grupo um núcleo no Peru, chamado de Sarita Cartonera, e o Yerba Mala, da Bolívia. Os coletivos mantêm contato e fazem traduções de obras em português para o espanhol e vice-versa.

As obras

Para produzir as obras, o coletivo brasileiro compra o papelão a R$ 1 o quilo dos catadores – preço R$ 0,70 acima do aplicado no mercado. As caixas são cortadas em formato A4. Sobre o material, os filhos dos catadores, pessoas com deficiência mental, artistas e integrantes da comunidade pintam livremente

Diante desse processo, nenhuma capa é igual a outra. Não existe uma aula que diz aos novos artistas como pintar. “Uma aula aproximaria o trabalho de um olhar estético tradicional e a criatividade só é liberada quando você tem abertura total para criar”, afirma Lúcia, que no máximo dá alguns toques. “Com o tempo eles vão aprimorando seus desenhos. Acho importante dizer qual é o ponto forte deles, mas não ensino técnicas, pois o processo e a troca são os fundamentos e não a forma final e a estética”, afirma a artista plástica.

Depois de pintado, o papelão é dobrado, formando uma lombada. Além das capas feitas com papelão, o miolo dos livros usa papel industrial reciclado.

Mesmo depois de finalizado o processo, as marcas da história do material se mantêm, como o logotipo da empresa e o nome do produto que um dia foi embalado. “O papelão é muito significativo, o objetivo do trabalho iria ser afetado se usássemos outro material. O papelão tem uma história”, completa Lúcia.

“A gente desenvolve um lado artístico que geralmente é ignorado pela sociedade”, conta a estudante de 17 anos Lucimar Araújo. “A gente aprende a lidar com a simplicidade dos materiais, pois o ponto de vista que se tem sobre o papelão muda”, completa.

Há um ano no projeto, a estudante que mora em Varginha, bairro periférico da zona sul de São Paulo, recebe R$ 5 a cada hora que fica no projeto. Com um pedaço de papelão cortado em forma de capa de livro e tinta guaxe ela solta a imaginação criando desenhos e formas. “A gente pinta as capas com o que tiver e desse jeito mudamos a nossa forma de ver a arte”, revela Lucimar

Textos e escritores

Qualquer pessoa pode ter seus textos publicados pelo projeto. Basta enviar poesias, contos ou pequenas crônicas para o e-mail dulcineia.catadora@gmail.com. Em conjunto com a equipe, Lúcia seleciona os textos que mais se identificam com o projeto.

Além de autores anônimos, o coletivo tem em seu portfólio textos escritos pelos próprios catadores e de autores conhecidos da literatura contemporânea brasileira, como Manoel de Barros, Glauco Matoso e Haroldo de Campos. “A publicação de autores conhecidos dá mais credibilidade junto ao público”, explica Lúcia.

Todos que cedem seus textos ao coletivo recebem como gratificação cinco livros. O valor arrecadado com a venda é divida entre a compra de materiais e uma ajuda de custo para as pessoas que pintam as capas de papelão. Um espaço localizado na Vila Madalena, em São Paulo (SP), foi cedido durante o ano ao coletivo pela Associação Cidade Escola Aprendiz. Antes, o coletivo ficava em um espaço na Mooca e sofria com a perda de materiais devido às seguidas inundações.

Fonte: Aprendiz

Fiocruz lança Atlas digital sobre a qualidade da água e do saneamento

Atlas digital lançado pela Fiocruz reúne dados sobre qualidade da água, saneamento e saúde nos municípios brasileiros.

O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, lançou o atlas digital Água Brasil, que reúne números a respeito da qualidade da água, saneamento e saúde nos municípios brasileiros.

Segundo os produtores, o sistema de visualização de indicadores ajuda a traçar um painel da água usada para consumo humano no país, estimulando o debate sobre a qualidade e cobertura dos serviços de saneamento básico. As informações estão disponíveis gratuitamente a técnicos de vigilância em saúde, gestores públicos, pesquisadores da área e demais interessados no tema.

Um dos objetivos do atlas é permitir o fornecimento de mapas temáticos e informações geográficas indispensáveis à análise do controle e monitoramento da qualidade da água consumida e dos riscos relacionados às condições gerais de saneamento, de modo a identificar as doenças de veiculação hídrica nos municípios brasileiros.

De acordo com o sistema, as principais enfermidades causadas pela água de baixa qualidade são cólera, leptospirose e hepatite A, além da mortalidade por diarréia em menores de 5 anos. A presença da dengue é também maior em locais em que moradores armazenam água de maneira imprópria.

A seleção dos indicadores e sua forma de apresentação em mapas e tabelas foram estabelecidas por um grupo de trabalho coordenado pelo Laboratório de Informações em Saúde do Icict/Fiocruz.

Participaram profissionais e pesquisadores da Universidade Federal da Bahia, Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério das Cidades e Agência Nacional das Águas, além das secretarias de Saúde estadual e municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Mais informações: http://www.aguabrasil.icict.fiocruz.br

Fonte: Agência Fapesp

Conferências levam contribuições para melhorar ensino de 178 mil indígenas

São Gabriel da Cachoeira (AM) – Aos 54 anos, o professor Higino Pimentel Tenório, da etnia Tuyuka, trabalha como assessor pedagógico da Escola Municipal Indígena Utapinopona, na comunidade de São Pedro do Alto Rio Tiquié (fronteira com a Colômbia). Atualmente sua escola conta com 110 alunos e nove professores de diferentes povos.

Liderança em sua comunidade, Higino participa da Conferência Regional de Educação Escolar Indígena do Rio Negro, que acontece em São Gabriel da Cachoeira (AM). Ele acredita que a educação indígena está passando por um período de ressignificação. Emocionado, relata as dificuldades que enfrentou para manter sua cultura e continuar com a educação bilíngüe (na língua materna e em português).

“Quando jovem fui escolhido pela Missão Salesiana para fazer o ginásio na cidade. Fiquei confinado dez anos no internato. Naquela época e ainda hoje muitos indígenas tinham medo e até vergonha de usar a língua materna, por pensar que ela era menor, que não tinha valor. Éramos obrigados a aprender e usar somente o português”, relata.

“Recentemente, depois que as culturas e várias línguas indígenas foram negadas e até apagadas, vejo com alegria esse retrocesso”, prossegue ele. “Na escola de hoje podemos resgatar nossos conhecimentos antigos, nossa língua e nossas verdadeiras raízes, fortalecendo assim a identidade de cada povo.”

Processo – Serão escolhidos nesta quinta-feira, 18, na maloca da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), 40 delegados que representarão todas as comunidades e instituições do Alto Rio Negro na Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena.

A proposta é ouvir e sistematizar as contribuições de 10 mil pessoas, entre pais, alunos, professores e lideranças de 1,5 mil comunidades (60% do total) para a melhoria da educação escolar oferecida aos mais de 178 mil estudantes indígenas brasileiros matriculados em 2.517 escolas (segundo o Educacenso 2007).

Para isso, o Ministério da Educação vai realizar, até agosto de 2009, mais 17 etapas regionais da conferência. A próxima será em Salvador, de 10 a 13 de março, com representantes dos povos indígenas dos estados da Bahia, Alagoas e Sergipe, além de representantes dos sistemas de ensino e outras entidades. Da etapa nacional, que será realizada em setembro de 2009, em Brasília, participarão 450 delegados indígenas e 150 das instituições governamentais e da sociedade civil.
O coordenador-geral da educação escolar indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Gersem Baniwa, afirma que um dos maiores desafios dessa gestão é repensar a educação indígena com a contribuição de todos os 220 povos, e construir uma política que atenda as necessidades de cada território.

Baniwa citou como exemplo a questão da educação básica para as crianças indígenas. “Cada região tem uma necessidade diferenciada. Nos estados do Nordeste e Centro-Oeste os pais precisam da escola para deixar as crianças e ir trabalhar. Já no caso das aldeias do Amazonas, as famílias querem iniciar a criança no aprendizado tradicional, e se elas forem para a sala de aula essa formação será atrasada e pode ser comprometida”, detalha.

Acordos - Durante esta etapa da conferência foi realizada uma reunião com representantes do Ministério da Educação, Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas, Secretaria Municipal de Educação de São Gabriel da Cachoeira, Universidade Federal do Amazonas e Escola Agrotécnica Federal, para pactuar os próximos passos do avanço da política educacional indígena na região. Está previsto para março de 2009 um novo encontro com todos os atores, para a assinatura de um Plano de Trabalho definindo as responsabilidades institucionais de cada um.

Fonte: MEC