quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Compra de material escolar exige pesquisa

A crise financeira tem levado muitos pais a terem atenção redobrada na hora de comprar o material escolar para os filhos. Com medo da alta dos preços, muitos preferiram antecipar as compras em busca de economia. “Nestes dias, houve um aumento considerável de procura por material escolar. Há papelarias que já ampliaram o horário do expediente”, comenta o presidente do Sindicado do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria e São Paulo (SIMPA) Antonio Nogueira.

De acordo com o presidente da entidade, os pais podem economizar entre 5% e 10% se adiantarem as compras. “Geralmente, as papelarias começam a preparar seus estoques para esta época do ano em outubro. Naquele período, os preços ainda estavam mais baixos”, explica.

Já as papelarias que deixaram para fazer as compras no final do ano ou no início de janeiro encontraram os preços mais altos. “O comércio varejista repassará esses reajustes ao consumidor”, completa Nogueira.

Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, realizada no final de 2008, com a crise financeira o custo do material escolar deve subir entre 10% a 15% em 2009. Com a alta do dólar, aumenta o preço das matérias-primas.

“Há muita especulação de preço. Aqui mantemos o preço do ano passado, com exceção de materiais de personagens e bichinhos”, revela a gerente de uma papelaria do bairro de Pinheiros, em São Paulo, Maria Farias. Na mesma região, outra papelaria reajustou os preços. Um lápis, por exemplo, pode custar quase o dobro de um estabelecimento para o outro. O artigo da mesma marca custa R$ 0,50 em uma loja, na outra, custa R$ 0,90.

Para economizar

Com ou sem crise, a variação de preços do material escolar é constante nesta época do ano. “Por isso, eu sempre pesquiso bem antes da compra. Já estou fazendo cotações”, diz Claudia Melhem, mãe de Eduardo, que está no 4° ano do Ensino Fundamental I. “O que também diminui bastante os gastos é o reaproveitamento do material do ano anterior”, complementa.

Outra dica para economizar é não comprar produtos licenciados. “Os artigos com personagens da moda são sempre mais caros, pois a indústria precisa pagar para utilizar determinada imagem nos cadernos, fichários e outros artigos”, explica o presidente do SIMPA.

Pesquisa em uma papelaria de Pinheiros mostra que a diferença entre um produto licenciado para um produto comum pode ser mais que o dobro. Um caderno universitário de capa dura de 120 folhas custa em média R$ 10, mas se tiver na capa uma imagem licenciada, o valor fica em torno de R$ 30.

Nogueira ainda lembra que priorizar a qualidade dos produtos na hora da compra é importante para não ter gastos futuros. “Não adianta comprar lápis que o grafite quebra toda hora”, reforça Claudia.

A mãe também consegue cortar os gastos ao optar por fazer compras com outros pais. “Alguns itens, compensa comprar no atacado e dividir o material e as despesas com as outras mães”, conta.

Fonte: Aprendiz

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