quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Parceria Brasil-Cuba em educação esbarra em problemas tecnológicos
O Governo federal está intermediando um acordo entre Cuba e estados nordestinos para implementar nas escolas estaduais brasileiras o método de ensino praticado e desenvolvido pelos cubanos.
Os professores brasileiros ainda não conseguiram aprender a técnica da ilha por alguns problemas, entre eles, a indisponibilidade de Cuba gravar as aulas em DVD, apenas em fitas VHS. "Os cubanos não tinham aulas gravadas em DVD, só em vídeo", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Segundo Haddad, a metodologia é controversa e "completamente" diferente do que é praticado no Brasil. "Todos os métodos são polêmicos e esse é bem complexo. Ensina os alunos através de um método associativo de letras e números", afirmou.
Além das vídeo-aulas, o governo brasileiro espera fazer um esforço de capacitação de professores que dão aulas em escolas nordestinas. "A idéia é trazer professores a Cuba e levar professores cubanos ao Brasil para realizar os treinamentos", disse o ministro enquanto estava em Havana durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ilha.
Segundo o ministro da Educação, um dos governadores interessados no método é Jackson Lago (PDT) do Maranhão, que pediu pela mediação do Governo federal.
Em Cuba não há estatísticas atualizadas da taxa de alfabetização, mas a ilha comunista diz ter erradicado o analfabetismo em 1961. O governo de Fidel Castro impulsionou uma campanha "Alfabetizemos" para levar estudantes ao interior do país para ensinar camponeses a ler e escrever.
Fonte: G1
MEC coloca dados educacionais de cidades na web
O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizaram na Internet (http://portal.mec.gov.br) o perfil da população e da rede de ensino dos municípios brasileiros.
O sistema Indicadores Demográficos e Educacionais foi elaborado pelo Inep e disponibiliza doze tabelas sobre o número de habitantes e de escolas do município, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Índice de Desenvolvimento da Infância (IDI) e a taxa de analfabetismo de cada local pesquisado, entre outras categorias.
O interessado seleciona o Estado e o município, encontrando indicadores educacionais e populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do MEC, reunidos e sistematizados.
Segundo o MEC, o município de Capela (AL), por exemplo, tem uma população de 16.255 habitantes, 31 escolas de educação básica, todas públicas, e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da rede municipal é 2,8.
O sistema também informa o número de matrículas em cada nível de ensino da educação básica oferecida no município, a quantidade de instituições de ensino superior, caso existam, e dados específicos sobre a rede municipal, como as taxas de escolarização nos ensinos fundamental e médio, os resultados da Prova Brasil e do Ideb.
Também estão disponíveis indicadores sobre taxas de aprovação, reprovação e abandono por série, distorção idade-série e distorção idade-conclusão, além do número de matrículas em programas de correção de fluxo, média de alunos por turma, média diária de horas/aula e a relação matrícula/função docente.
Fonte: Portal Terra
Direito: ensino privado terá que reduzir 7 mil vagas
As instituições de ensino superior particulares terão de reduzir o número de vagas para os cursos de Direito, informou nesta quarta o Ministério da Educação (MEC). A estimativa do ministério é de redução aproximada de 7 mil vagas, nos próximos 12 meses.
A determinação deverá ser cumprida, inicialmente, por 29 instituições de ensino superior, espalhadas por todas as regiões do País, que assinaram termos de compromisso com o MEC para a melhoria dos cursos de Direito. A informação foi antecipada hoje pelo secretário de Ensino Superior, Ronaldo Mota. Na quinta, o ministério divulgará a relação das faculdades que reduzirão o número de vagas.
Segundo Mota, os protocolos assinados contêm medidas específicas para cada instituição. Os cursos que vão passar por adequações apresentaram conceito abaixo de 3 (em uma escala que vai até 5) no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e baixo desempenho no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
No total, 80 instituições se enquadram nesta situação. A intenção do MEC é anunciar, até meados de abril, medidas para todo o conjunto de cursos carentes de aperfeiçoamento, após concluídas visitas feitas por um grupo de especialistas.
A comissão, designada por portaria e composta por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Associação Brasileira de Ensino de Direito (Abed), trabalhou na definição do termo de compromisso.
A diminuição global do número de vagas ofertadas é definida pelo secretário como necessária para adequar a capacidade acadêmica da instituição a um número apropriado de estudantes recebidos a cada ano.
"Isso não deve ser interpretado somente como punição. Recebendo um número mais adequado de alunos, a contribuição das instituições na formação poderá ser melhor", argumentou Mota.
Outras exigências do ministério são uma mudança no perfil do corpo docente, com a contratação de mais mestres, doutores e professores em tempo integral; melhorias no núcleo de prática jurídica; reorganização das turmas; revisão do projeto pedagógico e melhoria do acervo bibliográfico, com aquisição de novos títulos.
Ao serem reavaliados após 12 meses, os cursos que não cumprirem os compromissos firmados estarão sujeitos a um processo administrativo, que pode resultar no fechamento. As instituições que se negarem a assinar o termo de ajuste até abril, podem sofrer a mesma punição.
Fonte: Agência Brasil
Governo quer validar diploma de Medicina de Cuba
O governo federal informou nesta segunda-feira que pretende validar os diplomas dos brasileiros que cursaram Medicina em Cuba com o objetivo de suprir cerca de mil vagas de médicos em comunidades indígenas, quilombolas e no interior do Brasil.
A medida foi anunciada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar, junto ao governo do país caribenho, o Termo de Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Cultural e Educacional Brasil-Cuba, durante visita naquele país.
A medida ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para que, após isso, a validação seja feita por universidades públicas do País, atendendo a uma antiga reivindicação dos cerca de 160 brasileiros formados na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), de Havana. Segundo o governo, até 2010, outros mil brasileiros devem concluir o curso de Medicina na instituição cubana.
Para um diploma ser validado, deverá haver compatibilidade curricular com os cursos de Medicina brasileiros. Quando não houver compatibilidade, o candidato terá antes que fazer uma complementação dos estudos, no Brasil, e depois se submeter ao Exame Nacional, organizado pelos ministérios da Saúde e Educação em parceria com universidades públicas brasileiras, entidades representativas e especialistas.
Inicialmente, serão validados apenas os diplomas expedidos em Cuba, mas o governo federal já estuda como estabelecer normas em âmbito nacional para reconhecer os cursos feitos por brasileiros em outros países.
Fonte: Portal Terra
domingo, 13 de janeiro de 2008
Superdotado de 14 anos passa no vestibular da UFPR
O estudante paranaense Charles Reis Ribeiro, de 14 anos, foi aprovado na primeira chamada do vestibular 2008 da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O adolescente, que foi identificado como superdotado ainda criança, também foi aprovado no vestibular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Charles foi aprovado no curso de Ciência da Computação, com entrada no primeiro semestre de 2008. A matrícula para esse curso será feita no dia 28 de janeiro.
Se quiser se matricular, no entanto, Charles terá de entrar com uma ação na Justiça, pois terminou o 1º ano do ensino médio em 2007. A UFPR exige que o aluno aprovado apresente o certificado de conclusão do ensino médio no ato da matrícula.
Em entrevista anterior ao G1, concedida na ocasião em que Charles foi aprovado no vestibular da PUC-PR, a mãe do menino disse que ele prestou vestibular sabendo que a universidade exigia o certificado de conclusão do ensino médio.
"Ele se inscreveu ciente deste problema, ele sabia que estava correndo esse risco. Se ele passar no vestibular, vamos tomar as providências necessárias", disse à época Fátima Mendes Rissato, 44 anos, mãe de Charles.
Ele já está matriculado na PUC-PR
Zânia Diório, gerente do Programa Bom Aluno (que mantém o estudante em escola particular e oferece todo o apoio pedagógico e psicológico), disse que Charles pretende cursar Engenharia da Computação na PUC-PR , e não o curso de ciência da computação na universidade federal. "O interesse dele é estudar engenharia. Ele prestou o vestibular da UFPR como treino", afirmou.
Segundo Zânia, o estudante está matriculado na PUC-PR, mas ainda precisa apresentar o certificado de conclusão do ensino médio, que a universidade também exige. "O Charles vai passar por uma série de avaliações, inclusive em outras escolas, para concluir o ensino médio", disse.
De acordo com Zânia, se Charles conseguir a documentação, o programa Bom Aluno vai arcar com todas as despesas necessárias para mantê-lo na universidade. "Vamos pagar a mensalidade, vamos comprar livros, arcar com o transporte, alimentação. A família não terá gasto nenhum, pois o objetivo do nosso programa é oferecer oportunidades para bons alunos", disse, acrescentando que talvez seja necessário entrar com uma ação judicial para prorrogar o prazo de entrega da documentação.
Zânia afirmou que apesar de ter apenas 14 anos, Charles tem maturidade suficiente para cursar o ensino superior. "O programa avalia não apenas a superdotação, mas também as condições psicológicas do aluno. O Charles está preparado pois sempre teve acompanhamento pedagógico e psicológico para isso".
O estudante também tem uma avaliação feita pelo Instituto para a Otimização da Aprendizagem (Inodap), órgão credenciado na Associação Brasileira de Superdotação e responsável pelas avaliações de superdotação de Charles.
"O Bom Aluno tem cerca de 1.000 alunos no país. E posso dizer que o Charles é um dos poucos no Brasil que está enfrentando uma situação dessas", afirmou Zânia.
Quando criança, quis um dicionário
A superdotação de Charles foi percebida por causa das atitudes diferenciadas na infância. Antes dos 4 anos de idade ele já sabia ler e escrever algumas palavras. Aos 5 anos, na pré-escola, dava opiniões durante as aulas e apresentava comportamento diferenciado dos colegas. Da 1ª à 4ª série do ensino fundamental, achava entediante as aulas e já sabia de cor a tabela periódica de química - disciplina que não fazia parte do currículo das aulas.
"Ele sempre quis comprar livros e mapas. Adorava decorar os nomes dos países e suas capitais. Não queria brinquedos como os outros garotos da idade dele, como bolas e carrinhos. Quando ele tinha 7 anos, ele pediu de presente um dicionário", contou a mãe de Charles, que é professora de pintura em tecido. Segundo Fátima, logo depois Charles quis um dicionário de inglês e outro de espanhol. Autodidata, aprendeu o vocabulário das línguas sozinho.
Quando cursava a 7ª série, ainda em um colégio público de Curitiba, Charles foi encaminhado para o projeto "Bom Aluno", que tem como objetivo incentivar alunos de baixa renda a estudar. Graças ao programa, Charles conseguiu uma bolsa de estudos integral no colégio Bom Jesus, onde ainda estuda.
"Desenvolvi o gosto pela leitura muito cedo e sempre quis me aprofundar nos estudos. Em vez de brincar, preferia ficar em casa estudando. No começo, achava as aulas entediantes porque eu sabia todo o conteúdo. Sofria muito por causa disso, os colegas me zoavam. Atualmente faço terapia e já sei lidar um pouco melhor com a superdotação", contou Charles ao G1.
De acordo com Zânia, se Charles conseguir a documentação, o programa Bom Aluno vai arcar com todas as despesas necessárias para mantê-lo na universidade. "Vamos pagar a mensalidade, vamos comprar livros, arcar com o transporte, alimentação. A família não terá gasto nenhum, pois o objetivo do nosso programa é oferecer oportunidades para bons alunos", disse, acrescentando que talvez seja necessário entrar com uma ação judicial para prorrogar o prazo de entrega da documentação.
Fonte: Portal G1
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