sábado, 7 de abril de 2007
Programa implantará 430 bibliotecas rurais em abril
O estímulo a leitura é uma das prioridades do Programa Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que promete entregar este mês 430 bibliotecas rurais. Cerca de 42 mil famílias devem ser beneficiadas. Elas terão acesso a livros de literatura infantil, de jovens e adultos, além de publicações sobre meio ambiente, agricultura e didáticas.
De acordo com a assessoria do ministério, as bibliotecas serão instaladas em Projetos de Assentamento, comunidades quilombolas, de agricultores familiares e do crédito fundiário. Até o final do ano, devem ser entregues 2 mil novas arcas em todo País. A coordenação do programa calcula que de 2003 até março deste ano foram entregues de 3.009 bibliotecas rurais e distribuídos 670 mil livros em 821 municípios, atendendo mais de 300 mil famílias.
O Programa Arca das Letras foi criado para incentivar a leitura e facilitar o acesso aos livros em assentamentos, comunidades de agricultura familiar e de remanescentes de quilombos. Cada biblioteca é composta por cerca de 200 livros.
As comunidades escolhem os assuntos que formam os acervos, o local onde a biblioteca é instalada e indicam os moradores a serem capacitados como agentes de leitura pelo MDA. Os livros são adquiridos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) e também por meio de doações.
O programa é desenvolvido pela Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA/MDA), em parceria com as Delegacias Federais do MDA nos estados e os Ministérios da Educação (MEC), da Justiça (MJ), de Minas e Energia (MME), por meio do programa Luz para Todos, e da Cultura (Minc). Há participação também do Banco do Brasil por meio do Projeto BB Fome Zero.
Agência Brasil
sexta-feira, 6 de abril de 2007
Resgate da fantasia infantil deve ser estimulado
Com cinco anos, seu filho já pede celular e computador de presente, questiona a invasão americana no Iraque durante o jantar e debate as eleições na sala de aula. Dá para falar com ele sobre coelho da Páscoa? É certo a escola insistir na fantasia toda vez que o "feriado achocolatado" se aproxima?
Sim, diz Carla Menezes, coordenadora da Unidade de Educação Infantil do Colégio Augusto Laranja, em São Paulo. "Hoje em dia, a criança é trazida à realidade muito cedo. Ela vê o jornal na tevê, participa das conversas dos pais. Por isso, resgatar a questão da fantasia é fundamental."
A escola já está inteira enfeitada para receber a Páscoa, com desenhos de coelhos e ovos por todos os cantos. Tudo para criar o suspense. Na quarta-feira, dia 12, aparecerá o tão esperado coelhão. "É preciso acreditar nele nessa fase da vida. É importante para o desenvolvimento infantil", afirma Carla.
A mesma opinião é compartilhada por Marta Bitetti, coordenadora pedagógica da Escola de Educação Infantil Ápice, também na capital paulista. "Assim como o Natal, a Páscoa é uma data propícia para o desenvolvimento da criatividade da criança. Além disso, auxilia os pequenos a lidar com a noção de tempo, já que eles associam a Páscoa à comemoração que chega depois do carnaval, antes da Festa Junina." Marta conta que a Ápice também já está toda decorada com motivos pascalinos.
"Espalhamos as marcas dos passos do coelho pela escola e escondemos bilhetinhos." Atividades relacionadas à data também são desenvolvidas - na Sexta-feira passada, por exemplo, as crianças pintaram cestas de Páscoa.
As duas coordenadoras fazem questão de ressaltar que a fantasia é deixada bem longe das questões religiosas. "Aproveitamos a data para introduzir nas crianças valores positivos, como a solidariedade. Mas nada ligado à religião", adianta Marta. Neste ano, as crianças da Ápice vão doar chocolates e mantimentos para uma instituição de caridade.
"Mostramos o ovo como um símbolo da vida, um incentivo para o recomeço, a retomada. O coelho é passado como a fartura, a fertilidade, a renovação. Tudo isso sem nenhum cunho religioso", emenda Carla. "Temos crianças de várias religiões na escola e cabe aos pais passar a elas os seus valores."
Também é tarefa dos pais manter ou acabar com a fantasia do coelho, diz a coordenadora. "Não acho que seja papel da escola contar se o coelho existe ou não." No entanto, Carla admite: "Na maioria das vezes, a criança descobre sozinha". Hoje, mais do que nunca.
Bullying
Ela se apresentou: "Meu nome é Cleo Fante..." E com um gesto passou-me seu livro que acabara de ser publicado: Fenômeno Bullying . Estranha a presença de uma palavra inglesa no título. É que não se encontrou uma palavra nossa que diga o que "bullying" quer dizer. "Bully" é o valentão. Um tipo que, valendo-se do seu tamanho, agride e intimida seus colegas, crianças ou adolescentes mais fracos e que não sabem se defender. Por vezes, o "bullying" não se expressa por meio de murros e tapas. Comumente ele se vale de zombaria e do ridículo: um grupinho concorda em transformar uma pessoa em motivo de chacota, por meio de apelidos e, com isso, humilha-a e a exclui do meio social. Uma vítima do "bullying" jamais é convidada para participar das festinhas...
O "bullying" é diferente das brigas que freqüentemente acontecem entre iguais, provocadas por motivos eventuais. Essas brigas acontecem e acabam. O "bullying" ao contrário, é contínuo, é metódico, persistente, não precisa de razões para acontecer. A vítima, ao se preparar para ir à escola, sabe o que a aguarda. O seu desejo é fugir, mas não pode. E não há nada que possa ser feito para que o "bullying" não aconteça. Informar os professores, só pode agravar a sua situação. Misturado ao medo, cresce o ódio, o desejo de vingança e as fantasias de destruir os agressores. Essas fantasias um dia, poderão se transformar em realidade.
"Sadismo é uma monstruosa deformação espiritual. O sádico é uma pessoa que sente prazer ao produzir ou contemplar o sofrimento de um outro, prazer que pode, eventualmente chegar ao ponto do orgasmo."
"Freud nunca entendeu as razões do sadismo. É como se o sádico fosse possuído por um demônio...Invocou o "instinto de morte". Mas isso nada explica. Apenas indica os abismos sinistros da alma humana."
O "bullying" é um fenômeno universal. Diariamente milhares de crianças e adolescentes o experimentam, sendo marcados na sua auto-imagem e na aprendizagem. Uma criança apavorada não pode aprender.
Não conheço nenhuma teoria pedagógica que leve em consideração esse fato como parte do espaço escolar. O que não quer dizer que não exista.
No entanto, os seus efeitos são mais importantes do que tudo que possa ser ensinado.
Sofri pensando no sofrimento das crianças e adolescentes. É preciso que as escolas tomem consciência do "bullying" e incluam nos seus objetivos educacionais, a criação de um espaço de paz.
Aprender a paz é mais importante que preparar para o vestibular.
Um bom começo seria conversar com professores e alunos sobre esse demônio.
Fonte: http://aprendiz.uol.com.br
Os sonhos segundo Sigmund Freud
A teoria dos sonhos, assim como a própria técnica da psicanálise, progrediu lentamente, porém, logo que Freud completou a sua concepção, passou a considerá-la como um dos pontos principais da teoria psicanalítica. Não é de admirar que Freud tomasse essa atitude, pois, assim como o conceito de recalque realça a atividade do inconsciente, a teoria dos sonhos indica os caminhos indiretos que este toma para se expressar. Nos sonhos, as forças reprimidas são vistas burlando as resistências por caminhos tortuosos e a todo custo obtendo satisfações proibidas.
De acordo com Freud, o sonho é essencialmente uma satisfação disfarçada dos desejos que foram recalcados durante o estado de vigília. Os sonhos são muito mais significativos e muito mais complexos do que parecem. Cada sonho possui um conteúdo manifesto e outro latente. O conteúdo manifesto é a descrição que se faz ao relembrar o sonho - o sonho em sua aparência; porém, o conteúdo latente possui o seu significado verdadeiro. O conteúdo manifesto pode ser fornecido pelos acontecimentos do estado de vigília de cada um - de fato, e é comumente extraído das experiências das vinte e quatro horas anteriores; mas, apesar de tudo isso, o sonho não é um simples e casual jogo de associações triviais.
O conteúdo manifesto é simples material empregado pelas forças psíquicas reprimidas. Os desejos que foram lançados no inconsciente durante o dia têm oportunidade de se exprimir à noite, quando o sono enfraquece a vigilância do "censor", figura de retórica usada por Freud para denominar as inibições que o ego impõe ao inconsciente. Mas, mesmo quando o ego dorme e a censura é diminuída, os desejos afastados não ousam se expressar abertamente. Se fossem francamente sexuais, a pessoa que dorme acordaria chocada; realmente, quando o significado de um sonho se torna muito evidente, a pessoa desperta. Portanto, os desejos proibidos utilizam disfarces e se esgueiram pelo censor até a consciência, sem serem reconhecidos.
Os disfarces são vários e engenhosos ao extremo. Um deles é o simbolismo. As pessoas, objetos e fatos que aparecem no conteúdo manifesto do sonho realmente significam alguma outra coisa. A festa pública da qual uma paciente participou em seu sonho representava o enterro de seu marido. A fuga aterrorizada de um inimigo comumente representa a busca há muito desejada de um amante. Alguns símbolos extraem o seu significado de experiências pessoais íntimas de quem sonha; outros são comuns a toda a humanidade e têm sempre o mesmo significado. Jardins, sacadas e portas significam o corpo feminino, e as flechas de campanários, velas e serpentes, os órgãos sexuais masculinos.
Entretanto, o simbolismo não realiza sozinho o trabalho do sonho; há outras maneiras de encobrir o verdadeiro significado do sonho. Parece não haver limites para a engenhosidade do inconsciente em seus artifícios para iludir o censor. Um item importante pode ser disfarçado a fim de parecer uma parte trivial do todo e, contudo, ser realmente o principal motivo para o sonho. Ou a emoção importante pode ser associada a um objeto de aparência neutra. E, mesmo depois que o sonho foi completamente disfarçado, o trabalho do mesmo não está completo. Quando quem sonha desperta, não deve saber o quê, de fato, esteve fazendo. Então, se dá uma segunda elaboração. Ao recordar e relatar o seu sonho, a pessoa que sonha inconscientemente coloca-o em forma lógica e coerente, de maneira a possuir alguma semelhança com uma história ou fato real. Porém, no próprio sonho, a lógica e a coerência não estão presentes nem se sente a sua falta, pois sonhar é a expressão de uma forma profunda e primitiva de pensar, na qual maneiras lógicas e críticas do pensamento não foram ainda implantadas. Assim, os sonhos revelam não só a linha tortuosa do inconsciente, mas também o caráter alógico de suas funções.
Foi também durante o período formativo da psicanálise que a teoria da sexualidade infantil se desenvolveu. A prática de Freud o havia convencido completamente da base sexual das neuroses; e, embora a manifestação franca de sua crença lhe trouxesse a maior impopularidade e algo muito parecido com o ostracismo profissional - circunstância que o deixava muito magoado - ele apegou-se a esta teoria e sentiu-se mesmo na obrigação de levá-la adiante. Aos poucos, mas cada vez com mais firmeza, tornou-se convencido de que os impulsos sexuais atuam fortemente antes da idade da maturidade sexual; às vezes, concluía que atuam até mesmo na infância.
Aumenta número de matrículas em cursos a distância
Entre os anos de 2005 e 2006 o número de alunos matriculados em cursos a distância em instituições autorizadas pelo sistema de ensino cresceu 54%. Em 2005, 504.204 alunos estavam matriculados, número que passou para 778.458 em 2006.
Os dados foram divulgados na versão 2007 do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (Abraed). A publicação é da Associação Brasileira de Educação Aberta e a Distância (Abed) e foi lançada no 5.º Seminário Nacional de Educação a Distância, que terminou na terça-feira, em Recife.
O número de instituições credenciadas ou com cursos credenciados também teve aumento entre 2004 e 2006. Em 2004, eram 166 instituições. No ano passado chegou a 225, com aumento de 36%.
Fornecer livros para educação básica é política de Estado, diz ministro
A distribuição de livros didáticos para os estudantes da educação básica - educação infantil e ensinos fundamental e médio - e de acervos de literatura para as escolas das redes públicas municipais e estaduais agora é política do governo federal com metas e cronograma. A decisão foi anunciada ontem, 3, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante o lançamento do Programa Nacional Biblioteca na Escola do Ensino Médio (Pnbem), que vai distribuir acervos de literatura para mais de 17 mil escolas públicas onde estudam 7,7 milhões de alunos.
O ministro Haddad disse que os programas do livro didático e de ampliação dos acervos das bibliotecas escolares da educação básica "são estáveis, estão consolidados e não haverá retrocesso". A escola, disse, é o local apropriado para o letramento, daí a definição de um cronograma anual de distribuição de acervos. Na sua dinâmica, o programa de qualificação literária das bibliotecas escolares prevê o envio de coleções novas em anos alternados: em um ano, obras para a educação infantil e ensino fundamental e no outro para o ensino médio.
Além de lançar o Pnbem, o ministro da Educação e o presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Daniel Balaban, assinaram duas resoluções que disciplinam a distribuição do livro didático do ensino médio e de coleções literárias para as escolas públicas com educação infantil e ensino fundamental. No caso do ensino médio, o Ministério da Educação vai incluir as disciplinas de história e química no ano letivo de 2008. Com isso, todos os estudantes do ensino médio passam a receber livros de português, matemática, biologia (incluído em 2007), química e história. Em 2009, física e geografia entram no programa, completando as sete disciplinas. Daniel Balaban explicou que o FNDE tem planejamento da distribuição de livros didáticos e de acervos até 2012.
"Coquetel nas Escolas" transforma educação de 4 milhões de crianças
Lançado em 2001, com o apoio do MEC, o programa contabiliza a participação de 18 mil escolas públicas e particulares.
A Ediouro, através das Revistas Coquetel, vem contribuindo para a tranformar a educação de alunos através da doação de revistas de Palavras Cruzadas, Crosswords (cruzadas em inglês) e Sudoku, dentro do Programa "Coquetel nas Escolas". Lançado em 2001, na Bienal do Livro, com apoio do MEC, o programa já chegou a mais de dezoito mil escolas públicas e particulares. Cerca de quatro milhões de crianças da 1ª a 8ª séries foram beneficiadas até hoje, muitas no interior do país, onde é mais difícil o acesso à Informação.
Muitos educadores já se conscientizaram da necessidade de incluir o lúdico e a criatividade no currículo escolar das crianças e jovens,como forma de estimular o aprendizado e contribuir na melhoria da formação acadêmica. Tornando as aulas mais leves e descontraídas, os passatempos são uma das maneiras mais fáceis de distrair os alunos, ao mesmo tempo em que educam em diversas áreas: aumentando o vocabulário, através de novas palavras e expressões; desenvolvendo o raciocínio e a memória; e transmitindo cultura, pela descoberta de fatos e pessoas que entraram para a história do Brasil e do Mundo.
"Foi magnífico o resultado do projeto desenvolvido em parceria com a Coquetel com duas classes de 1ª série, com alunos mais produtivos e interessados pelo hábito de ler e escrever corretamente. Certamente, neste ano, estenderemos o projeto para todas as séries, da 1ª até a 4ª", conta a professora Rosana Vedor Gonçalves, da EMEF Bernardo José Maria de Lorena, de Cubatão (SP).
Um dos membros da equipe brasileira do Campeonato Mundial de Passatempos (patrocinado pela Ediouro) realizado na Bulgária no ano passado, o paranaense Guilherme Marques dos Santos, leva o Sudoku para os alunos preencherem. Ele acredita que o jogo melhora a capacidade de argumentação."Para colocar um número, o aluno precisa justificar seu palpite. Se chutar, eles logo percebem que mais pra frente não vão conseguir achar a solução", afirma.
E até mesmo os passatempos Coquetel baseados em temas da Bíblia são utilizados pelos educadores: "Nas aulas de Ensino Religioso, alunos da 8ª série já foram desafiados a resolver os passatempos. A experiência está sendo ótima. As atividades da revista Coquetel Bíblico despertam a curiosidade, estimulam a leitura e trazem informações. Nós, do Colégio Sinodal Ruy Barbosa, de Rio do Sul (SC), estamos felizes com a parceria", relata a professora Andrea Roussenq.
"Queremos contribuir com a formação de nossos jovens, oferecendo passatempos que, comprovadamente, trazem inúmeros benefícios, estimulando o raciocínio lógico e levando cultura em diversas áreas, através das Palavras Cruzadas. É um prazer verificar os resultados positivos desse programa, relatados por professores e diretores de escola ao longo destes seis anos. Esperamos atingir mais e mais alunos por esse Brasil afora", conclui Hegel Braga, diretor de operações das Revistas Coquetel/Ediouro.
Rede Globo intensifica a veiculação da Campanha "Adote um Aluno"
No mês de abril, a Rede Globo deverá intensificar a veiculação da Campanha Adote um Aluno, da AlfaSol, durante uma semana. O filme publicitário, estrelado pela atriz solidária Regina Duarte, será exibido nos intervalos da programação, ao longo da programação em todas as regiões do Brasil. A campanha Adote Um Aluno teve o ritmo de adesões acelerado após a visita da primeira-dama dos Estados Unidos, Laura Bush, à sede da entidade, em 09 de março, numa demonstração de apoio ao trabalho realizado pela Alfabetização Solidária pela redução dos índices nacionais de analfabetismo e aumento das vagas de EJA - Educação de Jovens e Adultos.
A Rede Globo é parceira da Campanha desde o seu início, em 1999, e já desenvolveu várias ações em conjunto com a AlfaSol. "A TV Globo entende que deve colaborar com iniciativas sociais que trazem resultados positivos à sociedade, como é o caso da Campanha Adote um Aluno, que potencializa ações de alfabetização", diz o coordenador de Projetos Sociais da Central Globo de Comunicação, Flávio Oliveira. Ações como esta resultam no aumento de contribuições de cidadãos solidários, como aconteceu em junho de 2006, durante a Copa do Mundo, quando a Rede Globo também intensificou a exibição do filme da Campanha.
A Campanha Adote um Aluno foi criada pela Alfabetização Solidária em 1999 e permite que pessoas físicas colaborem para a redução dos altos índices de analfabetismo de jovens e adultos nos grandes centros urbanos. Durante oito meses, os "cidadãos solidários", como são chamados os colaboradores da Campanha, contribuem com R$ 21 mensais. Nesses cerca de oito anos de funcionamento, a campanha já permitiu o atendimento a mais de 44 mil jovens e adultos. A adesão à Campanha Adote Um Aluno pode ser feita telefone 0800-700017 ou pelo site http://www.alfabetizacao.org.br.
A Educação na era da Interação e da Comunicação
* Alessandra Alves
Nunca, como hoje, foi possível aprender com uma variedade tão alargada dos meios, nos quais se encontram as informações. As escolas têm usado os multimeios como ferramenta educacional e nesse contexto estão inseridas milhares de conhecimentos e informações que se encaixam no nosso dia a dia na forma conteúdos. Nesse novo perfil a escola não deve esquecer o componente pedagógico associado aos novos meios de informação, a internet: que se faz presente hoje na vida de todos os jovens inseridos dentro da sociedade, sendo ela uma fonte de grande risco na formação desses usuários. As novas tecnologias ajudam a lembrar e a pôr em prática os princípios fundadores da escola democrática: a igualdade de oportunidades, a formação crítica dos futuros cidadãos, a adaptação das crianças à sociedade e não apenas como fonte de entretenimento,mais como uma ferramenta pedagógica inserida no ambiente escolar. A questão mais importante é rever os conceitos já existentes dentro da educação, que sofre transformações perigosas que podem vir a ser reflexo do nosso futuro. A evolução tecnológica requer cuidados especiais dos pais e educadores para que os nossos jovens não sejam agredidos intelectualmente pelo conglomerado de informações trocadas e inexistentes na rede virtual. A internet é uma ferramenta rica em informações e seus conteúdos são diversificados, a educação pode muito bem usufruir dos seus conteúdos, mas os usuários devem saber direcionar e selecionar seus sites de pesquisa para não serem contaminados pela grande quantidade de lixo eletrônico que está disponível na net e pelas personalidades fictícias incorporada por alguns usuários. Nesse mundo virtual a linguagem se transforma em sinais e a escrita perde sua originalidade, dessa forma nós educadores e pais temos que reavaliar e não deixar que a comunicação e a interação que é oferecida em grande velocidade, possa ser tratada como ferramenta de risco para a formação do caráter dos jovens. Nesse momento a escola e a sociedade da era da informação devem colaborar para redirecionar os conceitos e os princípios da educação básica, utilizando a ferramenta do momento que são os sites, os softwares e principalmente a internet como instrumento complementar das atividades educacionais. Isso chamaríamos de reeducação virtual e globalização.
* Pedagoga- Especialista em Tecnologias Educacionais e Metodologia do Ensino Superior
* Pedagoga- Especialista em Tecnologias Educacionais e Metodologia do Ensino Superior
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Programa de TV
Papo de Escola - Ao vivo
Todas as quintas as 15h eu apresento o programa 'Papo de Escola' na TV Caju canal 47 http://www.tvcaju.com.br/ .
É um programa voltado para a educação. A disposição do programa é bem simples: conversas descontraídas com educadores, estudantes, pais e com o público. Há alguns quadros como o 'na casa do professor' em que eu vou até a casa de um professor para torná-lo uma celebridade, 'batepapeando' em que me divirto ouvindo a moçada e os seus dilemas.
Escolas terão 7.500 laboratórios de informática
A Secretaria de Educação à Distância confirmou a implantação de 7.500 laboratórios de informática nas escolas públicas de ensino médio até o final de 2007. A informação foi dada durante o encontro de coordenadores estaduais e municipais do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) e da TV Escola.Os coordenadores também discutiram a implementação este ano, em algumasescolas, do projeto-piloto do programa Um Computador por Aluno (UCA). Serão utilizados diferentes modelos de computadores populares portáteis, chamados laptops, como o XO e o Class Mate. A partir dessa experiência, serão definidas as diretrizes do programa UCA e também será escolhido o modelo de computador popular que o governo federal vai comprar em larga escala.
PESQUISA AVALIA MERENDA E PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLAS PÚBLICAS
O governo federal inicia nesta segunda-feira, em todos os estados e no Distrito Federal, a Pesquisa Nacional do Consumo Alimentar e Perfil Nutricional de Escolares, Modelos de Gestão e de Controle Social do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
É a primeira vez no país que um estudo como esse permitirá avaliar o programa em escala nacional.
O resultado será divulgado no segundo semestre e vai apontar alternativas, adequar o consumo da merenda, visando a reduzir riscos de várias doenças entre as crianças atendidas.
Ao todo, serão visitados, durante dois meses, 690 municípios e entrevistados 21.600 estudantes do ensino fundamental, além de merendeiras, professores e diretores de escolas federais, estaduais e municipais.
É a primeira vez no país que um estudo como esse permitirá avaliar o programa em escala nacional.
O resultado será divulgado no segundo semestre e vai apontar alternativas, adequar o consumo da merenda, visando a reduzir riscos de várias doenças entre as crianças atendidas.
Ao todo, serão visitados, durante dois meses, 690 municípios e entrevistados 21.600 estudantes do ensino fundamental, além de merendeiras, professores e diretores de escolas federais, estaduais e municipais.
ESCOLARIDADE DA MÃE INFLUENCIA NA NOTA DO FILHO
Uma das mais abrangentes pesquisas já feitas sobre a educação no Brasil trouxe uma conclusão surpreendente: o grau de instrução da mãe é o fator mais importante na influência das notas das crianças nas escolas.
Na sala de aula, Aline Sanches, de 13 anos, é quase uma exceção: só duas alunas têm mães com curso superior completo. Em casa, a menina conta com a ajuda e o incentivo da mãe. Ela pega todos os cadernos e olha. Se não estou entendendo, ela me explica, diz a aluna.
O ambiente familiar tem forte influência sobre o aprendizado no Brasil: responde por 70% do desempenho do aluno, de acordo com uma pesquisa que vasculhou as notas do Saeb, o Sistema de Avaliação do Ensino Básico. E é a escolaridade da mãe dos alunos a variável que mais influencia as notas deles.
A mãe de Aline, Sandra Sanches, é formada em Ciências Contábeis e faz questão de acompanhar o aprendizado da filha de perto. Insatisfeita com o desempenho da menina no ano passado, a mãe procurou uma nova escola. O aprendizado dela no ano passado foi insuficiente, principalmente na parte de matemática, que ela tinha dificuldade. Ficou a desejar, justifica.
O pesquisador Naércio Menezes Filho explica que as mães que têm maior escolaridade estão mesmo mais atentas. Elas cobram mais do professor da escola, do diretor. Elas cobram aprendizado, um ensino de melhor qualidade. Os alunos têm mais facilidade de absorver os conteúdos quando as mães, mais escolarizadas, os ajudam em casa, com o dever, afirma.
Segundo a pesquisa, filhos de mãe universitária têm notas quase 20% acima da média. E quanto mais se avança na escola, mais evidente fica o impacto da escolaridade da mãe: na quarta série do Ensino Básico, as notas são 7% melhores, na oitava série, superam a média em 15 %, e aumentam 32% no terceiro ano do Ensino Médio.
Ambiente escolar
A pesquisa também mostra que o desempenho dos alunos melhora quando eles fazem pré-escola em vez de entrar direto na primeira série do Ensino Fundamental, e quando passam mais horas em sala de aula.
O estudo derruba mitos: salas de aula menores e mais computadores não significam, necessariamente, alunos com notas mais altas.
O ambiente escolar responde por 30% do desempenho do aluno, mas é o caminho mais curto para melhorar o ensino no Brasil. Como é muito difícil você mexer na estrutura familiar a curto prazo, você tem que mexer na escola, especialmente na gestão escolar. Esse é um fator que explica bastante do desempenho do aluno, e que pode ser mudado no curto prazo, diz o pesquisador Menezes Filho.
Fonte: G-1
Na sala de aula, Aline Sanches, de 13 anos, é quase uma exceção: só duas alunas têm mães com curso superior completo. Em casa, a menina conta com a ajuda e o incentivo da mãe. Ela pega todos os cadernos e olha. Se não estou entendendo, ela me explica, diz a aluna.
O ambiente familiar tem forte influência sobre o aprendizado no Brasil: responde por 70% do desempenho do aluno, de acordo com uma pesquisa que vasculhou as notas do Saeb, o Sistema de Avaliação do Ensino Básico. E é a escolaridade da mãe dos alunos a variável que mais influencia as notas deles.
A mãe de Aline, Sandra Sanches, é formada em Ciências Contábeis e faz questão de acompanhar o aprendizado da filha de perto. Insatisfeita com o desempenho da menina no ano passado, a mãe procurou uma nova escola. O aprendizado dela no ano passado foi insuficiente, principalmente na parte de matemática, que ela tinha dificuldade. Ficou a desejar, justifica.
O pesquisador Naércio Menezes Filho explica que as mães que têm maior escolaridade estão mesmo mais atentas. Elas cobram mais do professor da escola, do diretor. Elas cobram aprendizado, um ensino de melhor qualidade. Os alunos têm mais facilidade de absorver os conteúdos quando as mães, mais escolarizadas, os ajudam em casa, com o dever, afirma.
Segundo a pesquisa, filhos de mãe universitária têm notas quase 20% acima da média. E quanto mais se avança na escola, mais evidente fica o impacto da escolaridade da mãe: na quarta série do Ensino Básico, as notas são 7% melhores, na oitava série, superam a média em 15 %, e aumentam 32% no terceiro ano do Ensino Médio.
Ambiente escolar
A pesquisa também mostra que o desempenho dos alunos melhora quando eles fazem pré-escola em vez de entrar direto na primeira série do Ensino Fundamental, e quando passam mais horas em sala de aula.
O estudo derruba mitos: salas de aula menores e mais computadores não significam, necessariamente, alunos com notas mais altas.
O ambiente escolar responde por 30% do desempenho do aluno, mas é o caminho mais curto para melhorar o ensino no Brasil. Como é muito difícil você mexer na estrutura familiar a curto prazo, você tem que mexer na escola, especialmente na gestão escolar. Esse é um fator que explica bastante do desempenho do aluno, e que pode ser mudado no curto prazo, diz o pesquisador Menezes Filho.
Fonte: G-1
APROVADA ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DOS CONSELHOS SUPERIORES
A UFS (Universidade Federal de Sergipe) aprovou mudanças na estrutura que compõe os Conselhos Superiores, formados pelo Conselho Universitário (Consu) e Conselho do Ensino e da Pesquisa (Conep). Agora, a representatividade das categorias nos conselhos será significativamente alterada.
“Trata-se de um verdadeiro marco histórico na universidade”, diz o reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho, acrescentanto que a “alteração dos conselhos constitui uma demanda antiga e que chega para contemplar, inclusive, uma maior democratização da participação da comunidade universitária nas decisões da instituição”.
Técnicos-administrativos
A partir de agora, a representação dos técnicos no Consu passa de uma para três vagas e no Conep, que nunca existiu, passa a ser duas vagas.
Os técnicos Joseilton Nery Rocha, presidente do Sindicato dos Servidores Técnicos da UFS (Sintufs), e Gerri Sherlock, da Coordenação de Programa, Projetos e Convênios (Copec), concordam que a mudança retrata uma conquista importante, tendo em vista que a luta para a inclusão de mais representantes no Consu, bem como a inserção de técnicos no Conep, já é requerida há muitos anos.
Estudantes
A representação no Consu passou de duas para cinco vagas e no Conep de quatro para sete assentos, sendo dois deles para alunos da pós-graduação. Ficou assegurado que todos os Centros teriam seus representantes, o que permite a participação dos acadêmicos dos campi de Itabaiana e Laranjeiras.
Docentes
Com relação aos professores, também ficou garantida a participação de docentes dos campi de Itabaiana e Laranjeiras. Além disso, houve a extinção da representatividade por classes de professor (titular, adjunto, assistente e auxiliar), passando as vagas a serem destinadas aos ocupantes do magistério superior, indistintamente.
Estas modificações satisfazem o que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) quanto à composição dos Conselhos Superiores nas universidades, segundo a qual 70% das cadeiras devem ser ocupadas por docentes.
Ficaram, ainda, contemplados, tanto no Consu como no Conep, os diretores do Colégio de Aplicação (Codap) e do Centro de Ensino a Distância (Cesad), bem como foi destinada uma vaga de docente para o Codap. Ainda no Consu, foi destinada uma vaga para servidor aposentado da UFS.
Sobre os Conselhos
Os Consehos Superiores da UFS são órgãos normativos, deliberativos e consultivos encarregados de aprovar resoluções e normas de ensino, pesquisa e extensão e definir a política universitária, entre outras atribuições.
O Conselho Universitário (Consu) é o órgão máximo da universidade em matéria administrativa e de política universitária. Já o Conselho do Ensino e da Pesquisa (Conep) constitui-se no órgão superior da instituição de ensino responsável por questões de ensino, pesquisa e extensão.
Os dois conselhos respondem, por exemplo, pela modificação de estatutos e do regimento da UFS, criação de cursos de graduação e pós-graduação, análise de recursos de docentes, técnicos e estudantes, criação de campus, além de integrarem o colégio eleitoral que organiza a eleição de reitor e vice-reitor.
“Trata-se de um verdadeiro marco histórico na universidade”, diz o reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho, acrescentanto que a “alteração dos conselhos constitui uma demanda antiga e que chega para contemplar, inclusive, uma maior democratização da participação da comunidade universitária nas decisões da instituição”.
Técnicos-administrativos
A partir de agora, a representação dos técnicos no Consu passa de uma para três vagas e no Conep, que nunca existiu, passa a ser duas vagas.
Os técnicos Joseilton Nery Rocha, presidente do Sindicato dos Servidores Técnicos da UFS (Sintufs), e Gerri Sherlock, da Coordenação de Programa, Projetos e Convênios (Copec), concordam que a mudança retrata uma conquista importante, tendo em vista que a luta para a inclusão de mais representantes no Consu, bem como a inserção de técnicos no Conep, já é requerida há muitos anos.
Estudantes
A representação no Consu passou de duas para cinco vagas e no Conep de quatro para sete assentos, sendo dois deles para alunos da pós-graduação. Ficou assegurado que todos os Centros teriam seus representantes, o que permite a participação dos acadêmicos dos campi de Itabaiana e Laranjeiras.
Docentes
Com relação aos professores, também ficou garantida a participação de docentes dos campi de Itabaiana e Laranjeiras. Além disso, houve a extinção da representatividade por classes de professor (titular, adjunto, assistente e auxiliar), passando as vagas a serem destinadas aos ocupantes do magistério superior, indistintamente.
Estas modificações satisfazem o que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) quanto à composição dos Conselhos Superiores nas universidades, segundo a qual 70% das cadeiras devem ser ocupadas por docentes.
Ficaram, ainda, contemplados, tanto no Consu como no Conep, os diretores do Colégio de Aplicação (Codap) e do Centro de Ensino a Distância (Cesad), bem como foi destinada uma vaga de docente para o Codap. Ainda no Consu, foi destinada uma vaga para servidor aposentado da UFS.
Sobre os Conselhos
Os Consehos Superiores da UFS são órgãos normativos, deliberativos e consultivos encarregados de aprovar resoluções e normas de ensino, pesquisa e extensão e definir a política universitária, entre outras atribuições.
O Conselho Universitário (Consu) é o órgão máximo da universidade em matéria administrativa e de política universitária. Já o Conselho do Ensino e da Pesquisa (Conep) constitui-se no órgão superior da instituição de ensino responsável por questões de ensino, pesquisa e extensão.
Os dois conselhos respondem, por exemplo, pela modificação de estatutos e do regimento da UFS, criação de cursos de graduação e pós-graduação, análise de recursos de docentes, técnicos e estudantes, criação de campus, além de integrarem o colégio eleitoral que organiza a eleição de reitor e vice-reitor.
Camisinha na escola gera polêmica
O anúncio da intenção dos Ministérios da Saúde e da Educação de implantar máquinas de camisinhas em escolas públicas, a partir de 2008, abriu um debate entre pais, educadores e até mesmo políticos. O projeto, lançado neste mês, criou um concurso entre alunos dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) para a construção de um protótipo de máquina que será utilizada no próximo ano nas escolas públicas de ensino médio de todo o País. A previsão dos ministérios é que o projeto seja escolhido até dezembro. O prêmio: R$ 50 mil para a escola vencedora. A construção e a implantação das máquinas fazem parte do programa Saúde e Prevenção nas Escolas, do Ministério da Saúde. De acordo com o Censo Escolar 2005, 17% das escolas públicas de ensino médio estão cadastradas no programa e já recebem uma cota mensal de preservativos para serem distribuídos entre os alunos. Uma das metas do governo é que essa taxa de adesão ao programa suba para 35% das escolas ainda neste ano, mesmo sem a imediata instalação das máquinas de preservativos. Hoje, cada estudante cadastrado recebe cerca de 30 preservativos por mês com a supervisão de professores e conselheiros. "Algumas escolas ainda não têm um plano pedagógico sobre o assunto", diz Ivo Brito, assessor técnico do programa de DST/Aids do Ministério da Saúde. Ele diz que os professores precisam ser capacitados para integrar o programa. Para o senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque (PDT-DF), o plano de implantar máquinas de camisinhas na rede pública é superficial e não toca na questão fundamental: a conscientização dos adolescentes. "O problema não é a falta de dinheiro para a compra de preservativos, mas a falta de educação sexual." O senador diz temer os efeitos que o contato direto de crianças e adolescentes com as máquinas poderia trazer. "Temo que isso estimule a iniciação sexual precoce dessas crianças." EDUCAÇÃO A forma de distribuição das camisinhas pelas máquinas - fichas ou senhas, por exemplo - ainda não foi definida. Certo, por enquanto, apenas a garantia dos ministérios de que o projeto será acompanhado de um programa de educação sexual. Para a pedagoga e presidente da Associação para a Prevenção e o Tratamento da Aids (Apta), Teresinha Pinto, as máquinas de preservativos serão bem-vindas. Mesmo assim, ela faz a ressalva de que só serão úteis dentro de um projeto pedagógico maior. "A riqueza do projeto não está na máquina pronta, mas no processo na discussão saudável que isso irá gerar", afirma. "Um projeto sobre sexualidade na escola implica na discussão do tema com os pais e professores." Pai de um garoto de 13 anos, Sebastião Batista de Lima sabe que está na hora de conversar sobre prevenção com seu filho. No entanto, se diz contrário às máquinas nas escolas. "Isso já é constrangedor para um adulto, imagine para ele", diz. Ginecologista do ambulatório de sexualidade do Hospital São Paulo, da Unifesp, Carolina Carvalho não concorda que a presença da máquina nas escolas possa antecipar a iniciação sexual dos adolescentes. "A iniciação desses jovens já está acelerada, eles têm as relações cada vez mais cedo", diz. A médica sugere que as máquinas de preservativos sejam instaladas em locais reservados, como os sanitários. "O adolescente sabe que deve usar a camisinha, mas o que atrapalha é a timidez e uma certa desinformação", diz. A mesma opinião tem Janaina Firmino, voluntária em uma associação de educação sexual e membro da Pastoral da Juventude, em Ceres, interior de Goiás. "Quanto mais o governo disponibilizar preservativos, fica mais fácil fazer a prevenção", diz. No entanto, segundo ela, na pastoral esse assunto ainda não foi discutido. "Ainda não sentamos para conversar", diz. NÚMEROS 17% das escolas públicas de ensino médio no Brasil fazem parte do programa Saúde e Prevenção nas Escolas, do Ministério da Saúde.35% é a meta estipulada para este ano, ainda sem a instalação das máquinas.
Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2007/02/01/ger-1.93.7.20070201.20.1.xml
Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2007/02/01/ger-1.93.7.20070201.20.1.xml
Nem sempre é um erro, pode ser Dislexia
O que é Dislexia?
Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e, até, geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado, é desafio que a Ciência vem deslindando paulatinamente, em130 anos de pesquisas. E com o avanço tecnológico de nossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia.
A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.
A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultante do trabalho cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado em persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo período de pesquisas que transcende gerações, o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades de aprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas tenha sido universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento de descobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação e da Saúde, foram surgindo respostas importantes e conclusivas, como:
que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias;
que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas;
que, embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes, a maioria deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração hemisférica cerebral direita-esquerda. Dentre estes, há um grande exemplo brasileiro que, embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome, ele que é uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia, declarou: "Não sei por que, mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a capacidade de, por exemplo, apertar um simples parafuso";
que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura;
que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico".
A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinforma. Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave problema, somente o faz de maneira parcial, quando não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
Hoje, os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto, registram 20% da população americana como disléxica, com a observação adicional: "existem muitos disléxicos não diagnosticados em nosso país". Para sublinhar, de cada 10 alunos em sala de aula, dois são disléxicos, com algum grau significativo de dificuldades. Graus leves, embora importantes, não costumam sequer ser considerados.
Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe, além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o lamentável fenômeno do suicídio de crianças que, nos USA, traz o gravíssimo registro de que 40 (quarenta) crianças se suicidam todos os dias, naquele país. E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia.
Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos, que provam ser de 70% a 80% o número de jovens delinqüentes nos USA, que apresentam algum tipo de dificuldades de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por pessoas que têm dificuldades para ler. E quando, na prisão, eles aprendem a ler, seu nível de agressividade diminui consideravelmente.
O Dr. Norman Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School; professor de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, pesquisador lúcido e perseverante que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia, após a morte do pesquisador pioneiro, o Dr. Samuel Orton, afirma que a falta de consenso no entendimento do que é Dislexia, começou a partir da decodificação do termo criado para nomear essas específicas dificuldades de aprendizado; que foi elegido o significado latino dys, como dificuldade; e lexia, como palavra. Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega de Dislexia, que está a significação intrínsica do termo: dys, significando imperfeito como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; e lexia que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, como Linguagem em seu sentido abrangente.
Por toda complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muita contradição derivada de diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão; porque os caminhos de descobertas científicas que trazem respostas sobre essas específicas dificuldades de aprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos, necessitando, sempre, de consenso, é imprescindível um olhar humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia.
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...
Fonte: http://www.dislexia.com.br/
Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e, até, geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado, é desafio que a Ciência vem deslindando paulatinamente, em130 anos de pesquisas. E com o avanço tecnológico de nossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia.
A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.
A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultante do trabalho cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado em persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo período de pesquisas que transcende gerações, o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades de aprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas tenha sido universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento de descobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação e da Saúde, foram surgindo respostas importantes e conclusivas, como:
que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias;
que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas;
que, embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes, a maioria deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração hemisférica cerebral direita-esquerda. Dentre estes, há um grande exemplo brasileiro que, embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome, ele que é uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia, declarou: "Não sei por que, mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a capacidade de, por exemplo, apertar um simples parafuso";
que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura;
que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico".
A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinforma. Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave problema, somente o faz de maneira parcial, quando não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
Hoje, os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto, registram 20% da população americana como disléxica, com a observação adicional: "existem muitos disléxicos não diagnosticados em nosso país". Para sublinhar, de cada 10 alunos em sala de aula, dois são disléxicos, com algum grau significativo de dificuldades. Graus leves, embora importantes, não costumam sequer ser considerados.
Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe, além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o lamentável fenômeno do suicídio de crianças que, nos USA, traz o gravíssimo registro de que 40 (quarenta) crianças se suicidam todos os dias, naquele país. E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia.
Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos, que provam ser de 70% a 80% o número de jovens delinqüentes nos USA, que apresentam algum tipo de dificuldades de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por pessoas que têm dificuldades para ler. E quando, na prisão, eles aprendem a ler, seu nível de agressividade diminui consideravelmente.
O Dr. Norman Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School; professor de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, pesquisador lúcido e perseverante que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia, após a morte do pesquisador pioneiro, o Dr. Samuel Orton, afirma que a falta de consenso no entendimento do que é Dislexia, começou a partir da decodificação do termo criado para nomear essas específicas dificuldades de aprendizado; que foi elegido o significado latino dys, como dificuldade; e lexia, como palavra. Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega de Dislexia, que está a significação intrínsica do termo: dys, significando imperfeito como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; e lexia que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, como Linguagem em seu sentido abrangente.
Por toda complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muita contradição derivada de diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão; porque os caminhos de descobertas científicas que trazem respostas sobre essas específicas dificuldades de aprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos, necessitando, sempre, de consenso, é imprescindível um olhar humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia.
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...
Fonte: http://www.dislexia.com.br/
Programa fortalece educação no semi-árido
Mais de 11 milhões de crianças e adolescentes vivem hoje no semi-árido brasileiro, uma região que intercala longos períodos de seca, com chuvas intensas e devastadoras. Os indicadores educacionais da região são bastante inferiores aos do restante do país, o que se atribui às enormes dificuldades impostas aos alunos. O caminho até a escola é longo e de difícil acesso, passando por estradas rochosas e leitos de rios. Pelo mesmo trajeto, passam os professores, o material didático e a merenda escolar, que nem sempre resiste às alterações climáticas.Uma forma de tentar superar essas dificuldades é o investimento nas secretarias municipais de educação, que podem planejar ações específicas para a região. Por isso foi criado, em 2005, o Programa de Fortalecimento Institucional das Secretarias Municipais de Educação do Semi-Árido. Nesta quarta-feira (04), uma reunião técnica debaterá a expansão do programa, que tem como objetivo proporcionar elementos para que as secretarias municipais atendam com qualidade às necessidades de sua população.Com o programa, as secretarias passam por reestruturação em seus aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros, orçamentários e políticos. De acordo com o coordenador-geral de Articulação Institucional da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Arlindo Queiroz, essas secretarias, quase sempre, são pequenas, estão em um contexto adverso e utilizam procedimentos artesanais. "Com a estruturação e informatização desses órgãos, pretende-se criar uma equipe capacitada para atuar de forma consciente na melhoria da educação" explica.Cada secretaria recebe um computador e uma impressora, além do apoio de uma equipe especializada, formada por profissionais de universidades federais da região. É um trabalho continuado, que já beneficia 143 municípios, nos estados da Bahia, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe e Piauí. Em 2007, o programa se estenderá também aos municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais.Nos municípios onde o trabalho já é feito desde 2005, há resultados positivos. A maior parte das secretarias já enviou às câmaras municipais projetos de lei que regulamentam suas novas estruturas e funções. Contudo, os melhores resultados estão ligados diretamente à comunidade escolar, com soluções para problemas cotidianos. Em alguns municípios, por exemplo, a merenda escolar passou a ser adquirida diretamente de fornecedores da região, para evitar o desperdício causado durante o transporte. Também foram feitas outras ações planejadas, como a instalação de cisternas nas escolas que, nas épocas de seca, acabam fornecendo água para toda a comunidade.
Estudantes vão às ruas das capitais para exigir acesso gratuito nos transportes públicos
Rio de Janeiro - Dezessete das 29 capitais brasileiras assistiram quinta-feira (22) a atos em defesa do Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre. As manifestações, promovidas pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), tinham como objetivo defender o direito à gratuidade nos transportes públicos.Segundo o presidente da UBES, Thiago Franco, o passe livre possibilita o real acesso à educação. "Hoje, no país, 40% da evasão escolar ocorre por conta da impossibilidade dos estudantes de pagarem pelo seu transporte", disse Franco.No Rio de Janeiro, cerca de 800 estudantes se reuniram, no final da tarde, para exigir a manutenção da gratuidade no estado. Alunos de 30 colégios públicos do Grande Rio e da Região Metropolitana caminharam nas ruas do Centro e ocuparam as escadarias da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).Durante o trajeto, os estudantes pararam para protestar em frente ao Tribunal de Justiça do Estado. De acordo com Thiago Franco, as empresas de ônibus do Rio teriam entrado com uma ação na Justiça para acabar com o direito ao passe livre.Segundo a assessoria de imprensa da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), o objetivo das empresas não seria acabar com a gratuidade, mas pedir a revisão da fonte de custeio das passagens que não são cobradas dos estudantes das escolas públicas. De acordo com a Fetranspor, os custos deveriam ser pagos pelo estado, e não pelas empresas. Em São Paulo, a manifestação foi adiada para o próximo dia 28.
Não faltará dinheiro para Plano da Educação contemplar da creche ao pós doutorado, diz Haddad
Brasília - O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (22) que existe uma determinação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o Plano de Desenvolvimento da Educação tenha todos os recursos necessários para cobrir das creches ao pós-doutorado, ou seja, todos os níveis possíveis de ensino."O presidente não queria discutir essa coisa do cobertor curto. Se o cobertor está curto, amplia-se o cobertor. Então é para cuidar da creche, da pré-escola até a pós-graduação", afirmou Haddad, em entrevista a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás.O ministro destacou que o país tem hoje um "prejuízo muito grande com a chamada perda de cérebros". "Temos que exportar inteligência nas mercadorias produzidas. Mas não exportar a inteligência junto com o portador dela, que é o cientista", afirmou.Haddad disse que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que é vinculada ao Ministério da Educação, está lançando um programa de bolsas de estudo para pós-doutorado. Segundo ele, é um programa inédito que irá manter os pesquisadores no país. "Nunca tivemos isso. É importante estabelecer um programa que vai além do doutorado, justamente com foco nesse pesquisador que já concluiu a educação regular, já tem todos os títulos, mas ainda, por uma razão ou outra, não está no quadro de instituição de ensino superior", destacou.As linhas gerais do Plano de Desenvolvimento da Educação foram apresentadas na última semana pelo governo. Segundo Haddad, o lançamento oficial ainda será feito pelo presidente Lula.
Filmes para educação ambiental grátis na internet
As escolas e instituições que trabalham com Educação Ambiental no Brasil acabam de ganhar uma videoteca virtual, com acesso inteiramente grátis a filmes sobre temas relacionados ao meio ambiente. Trata-se de um projeto da Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, que decidiu digitalizar o acervo de filmes temáticos para Educação Ambiental que até agora estavam disponíveis apenas em meio físico, o que dificultava a sua difusão. Os projetos que resultaram nos filmes foram financiados com recursos públicos administrados pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA).A primeira parte do acervo que já se encontra digitalizada e pronta para download - é composta por 80 documentários com vídeos e animações sobre temas diversificados. Com os filmes, os educadores poderão desenvolver nos estudantes noções sobre ecologia, meio ambiente, sustentabilidade, degradação e recuperação de recursos naturais - entre outros assuntos. Os filmes são um estímulo ao debate. Os filmes variam entre 6 e 90 megabites (MB). A duração vai de dois a 120 minutos.Para ter acesso aos filmes, o público deve acessar o site http://www.mma.gov.br/ ir ao ícone Educação Ambiental, localizado à esquerda da página inicial. Deve, então, apontar o cursor para o botão CID Ambiental. Em seguida, clicar no ícone da videoteca, localizado no alto e à esquerda da página. Aí é só começar a baixar os filmes. Os conteúdos têm o uso restrito para fins educativos.
As experiências positivas na educação contra o racismo
Mesmo que a aplicação da lei ainda esteja bastante tímida, existem muitas escolas que desenvolvem ações e projetos que contemplam as temáticas da história da África e dos afro-brasileiros. Os alunos da educação básica e da educação de jovens e adultos (EJA) da escola Municipal Dr. João Alves dos Santos, em Campinas (SP), por exemplo, experimentam desde 2004 a inclusão dos temas: a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação da sociedade nacional e enfoques sobre diversidade étnico-racial. Todos os temas são abordados em disciplinas como história, geografia, Eret (educação, relações econômicas e tecnologias), educações física e artística, português e matemática. Para o professor de história Eduardo Benedito de Almeida, a aplicação da lei nas escolas contribuirá para o estabelecimento de relações de respeito, igualdade e tolerância. "Alunos de várias etnias, origens, culturas, religiões e níveis sociais diferentes poderão construir uma cultura de paz", acredita.Na Escola Classe n°16 do Gama, no Distrito Federal, a temática já vinha sendo discutida desde 1993 pelas professoras Marizeth Ribeiro e Valmária Martins, mas com a promulgação da lei em 2003, "a nossa escola intensificou o trabalho que já vinha sendo feito", relata a diretora Regina Célia. Ela conta ainda que no caso da Escola Classe nº 16, a temática é tratada de forma interdisciplinar, "o que favorece a inclusão do tema em todas as atividades realizadas em sala de aula", complementa. Mas a diretora lamenta que muitas escolas não cumpram a lei de forma adequada. "Realizar atividades no dia 13 de maio ou 20 de novembro não é implementar a Lei nº 10.639", informa. "No nosso caso, não só os professores e alunos mudaram, a comunidade também acaba se envolvendo nos projetos desenvolvidos pela escola", enfatiza.
Método cubano reduz analfabetismo
A Nicarágua encerrará o ano de 2006 com cerca de 70 mil adultos alfabetizados através do programa cubano "Yo, Sí Puedo". Considerado um dos métodos mais eficazes no combate ao analfabetismo, o programa vem sendo realizado, com sucesso, em 15 países e a tendência é que se amplie nos próximos anos. No país nicaragüense, a adesão deverá aumentar com o apoio do presidente sandinista eleito Daniel Ortega. Conforme informação de Prensa Latina, 100 dos 153 municípios do país possuem, pelo menos, um ponto de alfabetização. A idéia é que até agosto do próximo ano, Manágua seja a primeira capital da América Central a erradicar o analfabetismo. O mesmo título deverá se conseguido por todo o país em 2008. No país, a cruzada pela alfabetização é levada à frente pela Associação de Educação Popular Carlos Fonseca Amador e pelas prefeituras sandinistas. Orlando Pineda, coordenador do programa, explicou que os indígenas misquitos e mayangnas da Costa Atlântica da Nicarágua serão alfabetizados em sua própria língua com a ajuda do método audiovisual cubano.Na Argentina, estima-se que o "Yo, Sí Puedo" cerca de 6 mil pessoas já aprenderam a ler com o método, e outras 3.500 estejam participando do programa que existe em 500 pontos de alfabetização. Já no Equador, o método conseguiu reduzir o analfabetismo de 11,9% para 3,9% e tem sido cada vez mais notório o interesse dos governos em implantar o programa. A experiência se mostrou também bem sucedida no México, onde foram alfabetizadas mais de 183 mil pessoas. Em Honduras, 13 mil pessoas aprenderam a ler e escrever e outras 75 mil se inscreveram para participar das aulas. O programa existe em alguns países como México, Venezuela, Paraguai, Bolívia, Equador, África e Nova Zelândia. Na Bolívia, já são 5 mil pontos de alfabetização e os primeiros certificados foram entregues este ano, pelo presidente Evo Morales, a 1.003 bolivianos.O método começou como projeto-piloto no Haiti, em 2002, e era ministrado por rádio. Aos poucos, o programa foi provando sua eficácia e melhorando sua apresentação pedagógica. Já recebeu vários prêmios de Educação e é cada vez mais solicitado por estados, municípios e governos. O "Yo, Sí Puedo" é composto de 65 tele-aulas de 30 minutos de duração, cada uma, e foi elaborado para alfabetizar em apenas três meses.
Metade dos universitários não termina a graduação
Um estudo feito pelo Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, da Ciência e da Tecnologia, a partir do Censo da Educação Superior, mostra que somente metade dos alunos que ingressam anualmente no sistema de ensino superior consegue, quatro anos depois, se formar.O estudo comparou o número de concluintes do ano de 2005 com o de ingressantes quatro anos antes. Essa relação é chamada de taxa de titulação. No caso do Brasil, ela foi de 51%. Os 49% restantes representariam, portanto, o contingente estimado que evadiu do sistema."No Brasil, são raríssimas as instituições de ensino superior que possuem um programa profissionalizado de combate à evasão, com planejamento de ações, acompanhamento de resultados e coleta de experiências bem sucedidas", criticam os pesquisadores Roberto Leal Lobo, Maria Beatriz Lobo e Oscar Hipólito, autores do estudo, em artigo sobre o tema.Comparações feitas pelo estudo mostram que a taxa é alta quando comparada a outros países desenvolvidos ou em desenvolvimento. No Japão, apenas 7% dos alunos não concluem o curso após quatro anos. No México, esse percentual chega a 31%. O patamar brasileiro é próximo ao da Colômbia (51%).Uma outra forma de avaliar a evasão é estimando os dados anuais sobre quem abandona a faculdade. Nesse caso, o estudo mostra que a taxa de abandono em todo o sistema foi de 22%, que corresponde a 750 mil alunos que deixaram de estudar em 2005. Essa taxa é maior na rede privada (25%) do que na pública (12%). Ao longo dos últimos cinco anos, tanto a taxa de evasão anual quanto a evasão em quatro anos ficaram estáveis.Para os autores da pesquisa, as instituições de ensino superior precisam adotar novas estratégias para evitar que o aluno deixe de estudar, em vez de apenas se preocuparem em atrair estudantes. "Embora os estudantes citem frequentemente razões financeiras para a evasão, estas na verdade refletem o produto final e não origem da decisão de sair", afirmam.Os pesquisadores acreditam que uma das principais razões para a desistência é o desestímulo com o curso ou a falta de conhecimento prévio sobre a carreira escolhida no vestibular. "Se o ensino for de qualidade e houver bons professores, no entanto, o aluno fará de tudo para continuar estudando".A diretora do Instituto Superior de Educação de São Paulo (Singularidades) Gisela Wajskop também acredita que as razões quase sempre não são financeiras. Segundo ela, a maioria dos jovens não tem visão de longo prazo e não escolhem carreira em função de um projeto individual associado a mudanças sociais. "Nesse sentido, as escolhas acabam sendo imediatistas e a realidade não responde à altura de suas expectativas", diz.A doutora afirma que é necessário que aconteça uma revisão profunda nas estratégias de ensino dentro das instituições de ensino superior. "É preciso desenvolver novas formas de participação dos jovens na aprendizagem de novos conhecimentos".
Senador Cristovam Buarque procura soluções para o futuro da educação no Brasil
O senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque (PDT-DF) lançou segunda-feira (2) em Curitiba o movimento Educação Já, durante passeata pela Rua das Flores. Buarque lembrou que todas as mudanças que ocorreram no Brasil, como as Diretas Já e o impeachment de Fernando Collor começaram nas ruas. Uma parte do dia foi dedicada a falar aos vereadores da cidade, na Câmara Municipal.No último dia 15, durante o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao ministro da educação, Fernando Haddad, que debatesse a reforma na educação com os ex-ministros. Em resposta ao pedido de Lula, Buarque enviou ao ministro algumas propostas.Dentre os itens solicitados pelo projeto estão a transformação do Ministério da Educação (MEC) em uma instituição dedicada apenas ao ensino básico, que inclui a educação infantil, o ensino fundamental e o médio. Também faz parte do projeto a implantação de um programa de horário integral nas escolas públicas, nos próximos 10 ou 15 anos, e a definição de padrões nacionais para todas as escolas brasileiras.Também ontem, no início da tarde, o senador participou da conferência de abertura do 6.º Encontro Nacional dos Dirigentes de Graduação das Instituições de Ensino Superior Particulares, organizado este ano pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). A solenidade foi realizada no Hotel Holiday Inn, em Santa Felicidade. Buarque, que preside a Comissão da Educação do Senado, falou sobre a "Revolução na Educação".Cristovam observa que é preciso mudar a mentalidade no Brasil. "Temos de encarar a educação não como um serviço a mais, como água, esgoto, estrada ou energia. A educação é o centro, o eixo, o vetor, o motor do progresso. O lema da bandeira nacional deveria mudar de Ordem e Progresso para Educação é Progresso. Chegou a hora de transformar a educação em movimento suprapartidário, social e ideológico", afirma.Sugestões de Buarquepara melhorar aeducação no Brasil1. Transferir para o Governo Federal a coordenação nacional da educação de base.a) Transformar o MEC em Ministério da Educação de Base;b) Criar uma Agência Nacional para a Proteção da Criança e do Adolescente;c) Garantir descentralização gerencial.2. Implantar, ao longo dos próximos 10 ou 15 anos, um programa de horário integral em todas as escolas públicas.a) Implantar o Programa Cidade Educadora, a Escola Básica Ideal;b) Ao mesmo tempo em que se instala a Escola Básica Ideal em 1.000 cidades;c) Ampliar o ano letivo para 220 dias de efetiva atividade escolar;d) Para fins educacionais, comemorar todos os feriados na segunda ou sexta-feira mais próxima;e) Em cada cidade com Escola Ideal, firmar um pacto entre pais, professores, servidores e gestores escolares e líderes políticos.3. Definir padrões nacionais para todas as escolas brasileiras.a) Padrões Nacionais de salário, formação e dedicação do professor;b) Padrões Nacionais para as edificações e equipamentos das escolas;c) Padrões Nacionais Mínimos para o Conteúdo Escolar.4. Estabelecer uma Lei de Metas para a Educação e uma Lei de Responsabilidade Educacional.5. Valorizar, formar e motivar o professor;a) Criar um Piso Nacional de Salário para a Carreira do Professor;b) Criar uma Rede Nacional para a Formação de Professores;c) Criar uma Escola Nacional para Gestores Educacionais;d) Retomar os projetos de valorização do professor;e) Criar um Conselho Nacional do Magistério;f) Implantar uma Rede de Centros de Pesquisas e Desenvolvimento da Educação.6. Modernizar o conteúdo.7. Qualificação de infra-estrutura.a) Construir pelo menos 30 mil escolas e reformar pelo menos 100 mil das atuais;b) Garantir equipamento moderno de teleinformática e multimídia em todas as escolas;c) Garantir equipamento moderno de ginástica, teatro, música;d) Generalizar a leitura na escola.8. Proteger as edificações e os equipamentos escolares.a) Tratar como crime hediondo o desvio de verbas;b) Aprovar uma lei específica para criminalizar com rigor o vandalismo nas escolas e proteger as instalações escolares;c) Abrir as escolas à população.9. Universalizar a freqüência às aulas até a conclusão do Ensino Médio.a) Atender as crianças em idade pré-escolar com um programa de acompanhamento da alimentação e do desenvolvimento psicológico e pedagógico;b) Garantir vaga a toda criança brasileira, a partir dos quatro anos de idade;c) Identificar e trazer para a escola todas as crianças que compõem os 5% não matriculados;d) Retomar o compromisso da Bolsa-Escola com a educação;e) Criar a Poupança-Escola;f) Garantir uniforme escolar a toda criança;g) Garantir transporte coletivo para toda criança e passe livre para todo adolescente matriculado na escola;h) Determinar a obrigatoriedade do Ensino Médio;i) Ampliar a duração do Ensino Médio para quatro anos, com a garantia de formação "técnica" em pelo menos um ofício para todo jovem brasileiro;j) Garantir bolsa para todo aluno universitário em curso de licenciatura nas áreas consideradas prioritárias para o Ensino Médio.10. Universalizar o Ensino Técnico.a) Ampliar o número de escolas técnicas de nível médio;b) Garantir atendimento e formação a todos os interessados;c) Ampliar o Projovem.11. Envolver a universidade com a Educação de Base.12. Substituir o Vestibular pelo Programa de Avaliação Seriada.13. Criar o Cartão Escolar de Acompanhamento Federal.14. Erradicar o analfabetismo no Brasil.a) Retomar a Secretaria para a Erradicação do Analfabetismo;b) Criar o programa Bolsa Alfa;c) Mobilizar as instituições públicas e privadas;d) Criar incentivos para que os universitários sejam alfabetizadores de adultos;e) Retomar o programa de Leituração;f) Retomar o Labirinto do Analfabetismo.15. Criar um Sistema Nacional de Avaliação e Fiscalização da Educação de Base.a) Criar um "TCU" da educação;b) Retomar o antigo Sistema de Inspetores Federais Educacionais.16. Garantir o envolvimento das famílias e os meios de comunicação na revolução educacionala) Estimular o envolvimento dos meios de comunicação por meio de uma Lei do Envolvimento Midiático na Educação;b) Estimular o envolvimento da família na educação de suas crianças;c) Criar canais televisivos educacionais e de reforço escolar;17. Instituir um sistema de Premiação Educacional.18. Criar o Proesb.19. Retomar o Programa Educa Brasil.20. O Pacto da Excelência.a) Substituir a discussão centrada na ocupação de cargos;b) Não limitar a discussão aos apoiadores do governo;c) Usar o Conselho da República para agir na Educação;d) Garantir que, nos momentos de grandes enfrentamentos, o Poder Executivo e o Congresso Nacional trabalhem de forma combinada;(e) Criar o Pacto da Sala de Aula.
Música, Artes Cênicas e Artes Plásticas poderão ser disciplinas obrigatórias na educação básica
A Comissão de Educação (CE), do Senado, examinará o projeto de lei que institui, no ensino das Artes, a obrigatoriedade das disciplinas de Música, Artes Cênicas e Artes Plásticas em todas as etapas e modalidades da educação básica. A proposta (PLS 337/06) dá um prazo de cinco anos para que os sistemas de ensino implantem as disciplinas e formem os professores em número necessário para atuar na educação básica. De autoria do ex-senador Roberto Saturnino (PT-RJ), a matéria deverá receber decisão terminativa.O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Atualmente, o ensino de Artes já é componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica. Mas, na legislação, não são especificadas quais as disciplinas que compõem essa área do ensino.Na justificativa, o parlamentar afirma que a exigüidade da jornada escolar e a influência dos conteúdos exigidos pelos vestibulares no currículo do Ensino Fundamental e Médio resultaram na exclusão de muitos componentes do ensino das Artes.O senador destacou a audiência pública realizada em novembro de 2006 pela Subcomissão Permanente de Cinema, Teatro, Música e Comunicação Social, que funciona no âmbito da CE. Nessa audiência, de acordo com o parlamentar, ficou demonstrado como a Música, que fazia parte dos currículos das escolas públicas até a década de 1950, ficou restrita a iniciativas privadas ou a esforços e empenhos individuais de algumas redes oficiais privilegiadas.Segundo Saturnino, é importante enfatizar "o efeito social desse projeto, ao expandir um campo de trabalho efetivo para milhares de músicos e artistas e contribuir para o movimento de restauração da jornada curricular integral nas escolas". O prazo de cinco anos, ressaltou o senador, foi estipulado para viabilizar a formação dos professores necessários.De acordo com a LDB, os Ensinos Fundamental e Médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Programa distribui acervos literários às escolas de ensino médio
Cerca de 30 milhões de alunos dos ensinos infantil, fundamental e médio serão beneficiados com os novos acervos literários que o Ministério da Educação vai distribuir a todas as escolas públicas em 2008. Neste sentido, o ministro Fernando Haddad lançou ontem em Brasília o Programa Nacional Biblioteca da Escola para o Ensino Médio (PNBEM) e assinou resoluções que disciplinam o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e o Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio (PNLEM).Segundo Daniel Balaban, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), órgão gestor dos programas do livro, "o novo programa terá um formato de escolha diferente e uma metodologia inédita. Por exemplo, não será necessária a inscrição de obras, como é praxe nos programas do livro didático". Isto porque a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) fará parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para definir os livros mais importantes e direcionados aos alunos de 15 a 18 anos de idade matriculados no ensino médio.
Enade 2007 avaliará 16 áreas do conhecimento
O Ministério da Educação divulgou na quarta-feira (21), no Diário Oficial da União, as 16 áreas do conhecimento que serão avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade 2007). O Enade avalia os cursos de graduação em ciclos de três anos. O primeiro ciclo completo foi concluído em 2006. Assim, neste ano serão avaliados os mesmos 13 cursos de 2004, pertencentes, na maioria, à área da saúde.Participará da prova uma amostra representativa de alunos ingressantes e concluintes dos cursos de agronomia, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia. Além desses, foram incluídos pela primeira vez dois cursos tecnológicos: tecnologia de radiologia e tecnologia em agroindústria. O curso de biomedicina, que foi avaliado em 2006, será novamente avaliado em 2007, por também ser uma carreira ligada à saúde.Os dirigentes das instituições de educação superior são responsáveis pela inscrição, até 31 de agosto, de todos os estudantes habilitados ao Enade 2007. Mas ficarão dispensados do exame os estudantes inscritos que não forem selecionados pelo plano amostral do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
terça-feira, 3 de abril de 2007
Nova Obra do Caminho Niemeyer
Inauguração será nesta quinta-feira, com a presença do arquiteto e dos ministros da Cultura, do Turismo e de Relações Institucionais
A cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, ostentará mais um 'cartão postal', o Teatro Popular. Projetado por Oscar Niemeyer, personalidade influente na Arquitetura Moderna do país, o novo espaço cultural será entregue à população nesta quinta-feira (05).
A cerimônia de inauguração, que terá início às 17h, contará com a participação, além do consagrado arquiteto, dos ministros Gilberto Gil (Cultura), Marta Suplicy (Turismo) e Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais). Na ocasião, dois grupos culturais apresentarão aos convidados algumas ações socioculturais.
As crianças do Cateretê nas Artes - projeto social com mais de 500 estudantes da rede pública municipal de ensino – exibirão dança, teatro e música. E o grupo Aprendiz - programa de iniciação musical que atende cerca de 2,5 mil jovens carentes de Niterói – mostrarão músicas clássica e popular brasileira.
Novo Espaço Cultural
O Teatro Popular conta com uma área coberta de 1.000 m², foyer superior de 500 m², palco reversível, auditório com capacidade para 350 espectadores sentados e uma praça de 17 mil m². Com traçado constituído por inúmeros detalhes comuns ao estilo de Niemeyer, apresenta estruturas de concreto armado, curvas e sinuosidades que se destacam junto a dois painéis cerâmicos gigantes, mostrando as marcas do autor.
A obra faz parte do conjunto de edifícios projetados pelo arquiteto modernista na orla da Baía de Guanabara, no qual se inclui o Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói. Conhecido por Caminho Niemeyer, vai do centro da cidade à praia de Boa Viagem e terá, ainda, outras construções e modificações na paisagem.
As intervenções vão propiciar uma importante revitalização física e cultural, além de um novo roteiro turístico na ex-capital fluminense, como parte de um grandioso projeto arquitetônico e urbanístico. Essa e outras iniciativas se inserem nas celebrações do Centenário de Nascimento de Oscar Niemeyer, que têm o apoio do Ministério da Cultura.
Leia mais: Niterói inaugura no dia 5 Teatro projetado por Niemeyer (notícia divulgada no site http://www.niteroi.rj.gov.br).
Fonte: Ministério da Cultura
A cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, ostentará mais um 'cartão postal', o Teatro Popular. Projetado por Oscar Niemeyer, personalidade influente na Arquitetura Moderna do país, o novo espaço cultural será entregue à população nesta quinta-feira (05).
A cerimônia de inauguração, que terá início às 17h, contará com a participação, além do consagrado arquiteto, dos ministros Gilberto Gil (Cultura), Marta Suplicy (Turismo) e Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais). Na ocasião, dois grupos culturais apresentarão aos convidados algumas ações socioculturais.
As crianças do Cateretê nas Artes - projeto social com mais de 500 estudantes da rede pública municipal de ensino – exibirão dança, teatro e música. E o grupo Aprendiz - programa de iniciação musical que atende cerca de 2,5 mil jovens carentes de Niterói – mostrarão músicas clássica e popular brasileira.
Novo Espaço Cultural
O Teatro Popular conta com uma área coberta de 1.000 m², foyer superior de 500 m², palco reversível, auditório com capacidade para 350 espectadores sentados e uma praça de 17 mil m². Com traçado constituído por inúmeros detalhes comuns ao estilo de Niemeyer, apresenta estruturas de concreto armado, curvas e sinuosidades que se destacam junto a dois painéis cerâmicos gigantes, mostrando as marcas do autor.
A obra faz parte do conjunto de edifícios projetados pelo arquiteto modernista na orla da Baía de Guanabara, no qual se inclui o Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói. Conhecido por Caminho Niemeyer, vai do centro da cidade à praia de Boa Viagem e terá, ainda, outras construções e modificações na paisagem.
As intervenções vão propiciar uma importante revitalização física e cultural, além de um novo roteiro turístico na ex-capital fluminense, como parte de um grandioso projeto arquitetônico e urbanístico. Essa e outras iniciativas se inserem nas celebrações do Centenário de Nascimento de Oscar Niemeyer, que têm o apoio do Ministério da Cultura.
Leia mais: Niterói inaugura no dia 5 Teatro projetado por Niemeyer (notícia divulgada no site http://www.niteroi.rj.gov.br).
Fonte: Ministério da Cultura
segunda-feira, 2 de abril de 2007
Estados e municípios inadimplentes podem perder recursos da merenda escolar
Sete estados (Roraima, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Pernambuco, Acre e Piauí) e 1.003 municípios correm o risco de não receber os recursos da merenda escolar neste mês por estarem sem Conselho de Alimentação Escolar (CAE). Também podem ficar sem receber 694 prefeituras porque ainda não apresentaram a prestação de contas do dinheiro recebido em 2006 do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). O prazo para entrega da prestação de contas venceu no dia 28 de fevereiro.
“Se o município não estiver com o CAE em funcionamento e regular com a prestação de contas, o FNDE fica impedido, por lei, de repassar os recursos”, diz a coordenadora-geral do Pnae, Albaneide Peixinho. Assim, a próxima parcela da merenda escolar será depositada apenas para quem estiver em dia com o CAE e com a prestação de contas do programa.
No entanto, o FNDE alerta aos estados e prefeituras inadimplentes que ainda há tempo para regularizarem sua situação antes da suspensão do recurso. Para isso, basta encaminhar a prestação de contas ao Fundo e constituir um novo CAE ou prorrogar o mandato do atual. As instruções para renovação do conselho estão na página eletrônica do FNDE. Ao regularizar sua situação junto ao órgão, os estados e municípios que tiverem o repasse suspenso voltarão imediatamente a receber as próximas parcelas.
CAE — Com vigência de dois anos, prorrogáveis por mais dois, o CAE é o instrumento de controle social do Pnae. Os conselhos são formados por representantes do Executivo, Legislativo, professores, pais de alunos e representantes da sociedade e têm como atribuição fiscalizar as escolas para identificar se os cardápios estão sendo cumpridos, em qualidade e quantidade, e zelar pela aquisição, pelo armazenamento e pela distribuição dos produtos alimentícios.
Além disso, devem analisar e dar o parecer conclusivo sobre a prestação de contas dos recursos transferidos pela União, encaminhando a prestação de contas ao FNDE até o dia 28 de fevereiro do ano posterior ao do repasse. Ao analisar a prestação de contas, os conselheiros devem ficar especialmente atentos à regularidade dos processos de licitação e aos extratos bancários das contas em que são depositados os recursos da merenda.
As dúvidas podem ser esclarecidas na Sala de Atendimento Institucional do FNDE, pelos telefones (61) 3966-4135, 3966-4165 e 3966-4253 ou pelo 0800 616161, digite 2 e, em seguida, tecle 5. A relação dos estados e municípios inadimplentes está na página do FNDE, em Alimentação escolar/Consultas. (FNDE)
Fonte: MEC
“Se o município não estiver com o CAE em funcionamento e regular com a prestação de contas, o FNDE fica impedido, por lei, de repassar os recursos”, diz a coordenadora-geral do Pnae, Albaneide Peixinho. Assim, a próxima parcela da merenda escolar será depositada apenas para quem estiver em dia com o CAE e com a prestação de contas do programa.
No entanto, o FNDE alerta aos estados e prefeituras inadimplentes que ainda há tempo para regularizarem sua situação antes da suspensão do recurso. Para isso, basta encaminhar a prestação de contas ao Fundo e constituir um novo CAE ou prorrogar o mandato do atual. As instruções para renovação do conselho estão na página eletrônica do FNDE. Ao regularizar sua situação junto ao órgão, os estados e municípios que tiverem o repasse suspenso voltarão imediatamente a receber as próximas parcelas.
CAE — Com vigência de dois anos, prorrogáveis por mais dois, o CAE é o instrumento de controle social do Pnae. Os conselhos são formados por representantes do Executivo, Legislativo, professores, pais de alunos e representantes da sociedade e têm como atribuição fiscalizar as escolas para identificar se os cardápios estão sendo cumpridos, em qualidade e quantidade, e zelar pela aquisição, pelo armazenamento e pela distribuição dos produtos alimentícios.
Além disso, devem analisar e dar o parecer conclusivo sobre a prestação de contas dos recursos transferidos pela União, encaminhando a prestação de contas ao FNDE até o dia 28 de fevereiro do ano posterior ao do repasse. Ao analisar a prestação de contas, os conselheiros devem ficar especialmente atentos à regularidade dos processos de licitação e aos extratos bancários das contas em que são depositados os recursos da merenda.
As dúvidas podem ser esclarecidas na Sala de Atendimento Institucional do FNDE, pelos telefones (61) 3966-4135, 3966-4165 e 3966-4253 ou pelo 0800 616161, digite 2 e, em seguida, tecle 5. A relação dos estados e municípios inadimplentes está na página do FNDE, em Alimentação escolar/Consultas. (FNDE)
Fonte: MEC
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