O Projeto de Lei 2705/07, do deputado Chico Alencar (Psol-RJ), obriga as empresas de telefonia móvel a cobrar o mesmo valor das tarifas para ligações interurbanas quando os clientes usarem seus serviços fora da área de cobertura. Nessa situação, chamada de roaming, atualmente as empresas cobram um adicional de chamada em valor fixo, além da ligação.
Chico Alencar argumenta que a possibilidade de usar o telefone celular em viagens "traduz, em síntese, o espírito pleno de mobilidade da telefonia portátil". No entanto, segundo ele, os altos preços cobrados pelos serviços fora da área de cobertura das operadoras são um problema constante e "a competição, por si só, não tem sido suficiente para reduzir os custos do roaming".
Tramitação
A proposta terá análise em caráter conclusivo das comissões de Defesa do Consumidor; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Portal Câmara
sábado, 3 de maio de 2008
Estudo avalia transformações de alunos de baixa renda num cursinho popular
Pesquisa realizada no Instituto de Psicologia (IP) da USP retrata a experiência de alunos de baixa renda em um cursinho popular. “A passagem de um jovem por cursinho popular assume figura de uma experiência muito pessoal e rica em traços psicossociais”, afirma Allan Saffiotti, que no último dia 25 de abril defendeu a dissertação de mestrado Crise e transformação: um estudo sobre a experiência de alunos de baixa renda num cursinho popular, sob a orientação do professor José Moura Gonçalves Filho.
O próprio pesquisador teve sua trajetória pessoal marcada por este cursinho popular. Em 1995 Saffiotti era um dos alunos selecionados para uma das poucas vagas do mesmo programa. A partir dessa oportunidade, conquistou uma vaga para a graduação no curso de psicologia da USP, resolvendo então retribuir o apoio recebido na preparação para o vestibular. Foi assim que passou a oferecer suporte pedagógico em biologia no ano de 2000, por meio dos atendimentos realizados no “plantão de dúvidas” do cursinho popular que o abrigou.
No ano seguinte, criou o Plantão Psicológico do Cursinho que, em pouco tempo, foi apropriado pelos alunos. “Eram, em média, mais de dez pessoas por cinco horas de trabalho”, relata. “Entre 10% e 15% dos alunos atendidos necessitavam de suporte psicológico e, por essa razão, encaminhados à Clínica Psicológica do IP, serviço que realiza atendimento gratuito por graduandos, sob supervisão de um docente”, ressalta. “Nessa experiência pude constatar que havia um envolvimento muito além de uma simples relação formal entre alguns vestibulandos e a instituição, o que resultou nos primeiros contatos para a formulação de minha dissertação de mestrado”.
Nesta época, em 2001, o cursinho era uma espécie de “cidadela”, nos termos de Saffiotti, formada por cerca de duas mil pessoas, entre vestibulandos, professores e funcionários, por período (diurno e noturno), sendo oferecidas 15 mil vagas anuais para alunos de baixa renda, superior até que o número de inscritos, aproximadamente 11 mil. Além das aulas, o cursinho oferecia também outras atividades, como apresentações teatrais, oficinas de desenho técnico, palestras e exibições de filmes. “Por serem todos alunos originários do ensino médio da rede pública, chamava a atenção a forma como tinham acesso a materiais como livros e outras apostilas, por vezes doados por amigos, e noutras adquiridos de forma coletiva, com os próprios alunos se organizando”, conta.
Vivência
O pesquisador resolveu guardar todos esses registros a partir de anotações feitas em um caderno, o que serviu de base para a pesquisa. Ele identificou que para esses casos, durante o ano de cursinho, este deixou de significar apenas uma etapa preparatória para o vestibular para se tornar, sobretudo, a possibilidade de se ter acesso ao conhecimento de uma forma não instrumental, mas viva e relacionado ao mundo em que viviam. “O cursinho proporcionava uma eficiente oportunidade de vivência comunitária e social para os estudantes de baixa renda”, enfatiza Allan. “Era como se ele abrisse para essas pessoas um mundo de cultura efervescente”. Visando preservar a identidade das fontes e da instituição, os nomes dos entrevistados, bem como da instituição foram mantidos em anonimato.
Allan realizou entrevistas de longa duração com vestibulandos escolhidos por um critério fundamental: alunos que tinham um olhar instigante sobre a universidade pública como um instrumento fundamental de mobilidade e de ascensão sociais. “Optei por estudantes que apresentavam transformações em outros setores de sua vida como trabalho, estudo e família”, informa. “Todos haviam se beneficiado de forma mais ampla do que por meio apenas do aprendizado pragmático ou instrumental, voltado para as provas vestibulares”.
O grupo analisado era composto por alunos de 19 anos, com histórico de humilhação social, sendo todos moradores de bairros periféricos: Jardim Educandário (Zona Oeste), Vila Alpina (Zona Leste), Brasilândia e Freguesia do Ó, na zona norte. Segundo Allan, os estudantes analisados costumavam permanecer o dia inteiro nas instalações do cursinho. “Situado na zona oeste da cidade, o cursinho popular em questão possuía um ambiente muito acolhedor, apesar de pelo enorme tamanho parecer impessoal”, diz. “Alguns alunos começavam a ler jornais e revistas diariamente motivados pela infraestrutura local e dedicação dos professores”.
Entretanto, o psicólogo também fez questão de deixar sua marca pessoal na pesquisa. “Realizei uma reconstrução autobiográfica porque mesmo depois de ter passado pelo cursinho há uma década, percebi o quanto todas as experiências ainda permaneciam vivas em mim”, frisa. “Trata-se de um resgate da metáfora de ponte possível, um convite para melhorar a relação com o mundo, por meio de um bom cursinho como uma das únicas portas de acesso, conforme identificado com os alunos da pesquisa”.
Fonte: Agência USP
O próprio pesquisador teve sua trajetória pessoal marcada por este cursinho popular. Em 1995 Saffiotti era um dos alunos selecionados para uma das poucas vagas do mesmo programa. A partir dessa oportunidade, conquistou uma vaga para a graduação no curso de psicologia da USP, resolvendo então retribuir o apoio recebido na preparação para o vestibular. Foi assim que passou a oferecer suporte pedagógico em biologia no ano de 2000, por meio dos atendimentos realizados no “plantão de dúvidas” do cursinho popular que o abrigou.
No ano seguinte, criou o Plantão Psicológico do Cursinho que, em pouco tempo, foi apropriado pelos alunos. “Eram, em média, mais de dez pessoas por cinco horas de trabalho”, relata. “Entre 10% e 15% dos alunos atendidos necessitavam de suporte psicológico e, por essa razão, encaminhados à Clínica Psicológica do IP, serviço que realiza atendimento gratuito por graduandos, sob supervisão de um docente”, ressalta. “Nessa experiência pude constatar que havia um envolvimento muito além de uma simples relação formal entre alguns vestibulandos e a instituição, o que resultou nos primeiros contatos para a formulação de minha dissertação de mestrado”.
Nesta época, em 2001, o cursinho era uma espécie de “cidadela”, nos termos de Saffiotti, formada por cerca de duas mil pessoas, entre vestibulandos, professores e funcionários, por período (diurno e noturno), sendo oferecidas 15 mil vagas anuais para alunos de baixa renda, superior até que o número de inscritos, aproximadamente 11 mil. Além das aulas, o cursinho oferecia também outras atividades, como apresentações teatrais, oficinas de desenho técnico, palestras e exibições de filmes. “Por serem todos alunos originários do ensino médio da rede pública, chamava a atenção a forma como tinham acesso a materiais como livros e outras apostilas, por vezes doados por amigos, e noutras adquiridos de forma coletiva, com os próprios alunos se organizando”, conta.
Vivência
O pesquisador resolveu guardar todos esses registros a partir de anotações feitas em um caderno, o que serviu de base para a pesquisa. Ele identificou que para esses casos, durante o ano de cursinho, este deixou de significar apenas uma etapa preparatória para o vestibular para se tornar, sobretudo, a possibilidade de se ter acesso ao conhecimento de uma forma não instrumental, mas viva e relacionado ao mundo em que viviam. “O cursinho proporcionava uma eficiente oportunidade de vivência comunitária e social para os estudantes de baixa renda”, enfatiza Allan. “Era como se ele abrisse para essas pessoas um mundo de cultura efervescente”. Visando preservar a identidade das fontes e da instituição, os nomes dos entrevistados, bem como da instituição foram mantidos em anonimato.
Allan realizou entrevistas de longa duração com vestibulandos escolhidos por um critério fundamental: alunos que tinham um olhar instigante sobre a universidade pública como um instrumento fundamental de mobilidade e de ascensão sociais. “Optei por estudantes que apresentavam transformações em outros setores de sua vida como trabalho, estudo e família”, informa. “Todos haviam se beneficiado de forma mais ampla do que por meio apenas do aprendizado pragmático ou instrumental, voltado para as provas vestibulares”.
O grupo analisado era composto por alunos de 19 anos, com histórico de humilhação social, sendo todos moradores de bairros periféricos: Jardim Educandário (Zona Oeste), Vila Alpina (Zona Leste), Brasilândia e Freguesia do Ó, na zona norte. Segundo Allan, os estudantes analisados costumavam permanecer o dia inteiro nas instalações do cursinho. “Situado na zona oeste da cidade, o cursinho popular em questão possuía um ambiente muito acolhedor, apesar de pelo enorme tamanho parecer impessoal”, diz. “Alguns alunos começavam a ler jornais e revistas diariamente motivados pela infraestrutura local e dedicação dos professores”.
Entretanto, o psicólogo também fez questão de deixar sua marca pessoal na pesquisa. “Realizei uma reconstrução autobiográfica porque mesmo depois de ter passado pelo cursinho há uma década, percebi o quanto todas as experiências ainda permaneciam vivas em mim”, frisa. “Trata-se de um resgate da metáfora de ponte possível, um convite para melhorar a relação com o mundo, por meio de um bom cursinho como uma das únicas portas de acesso, conforme identificado com os alunos da pesquisa”.
Fonte: Agência USP
Projeto prevê identificação pela carteira estudantil
O Projeto de Lei 2780/08, do deputado Walter Brito Neto (PRB-PB), propõe que as carteiras de identificação estudantil sejam equivalentes à Carteira de Identidade, desde que estejam no período de vigência. Os órgãos emissores do documento terão prazo de 180 dias para regularizar a nova emissão.
Brito Neto salienta que a Carteira de Identidade é permitida para menores de 18 anos, entretanto, em razão de seu custo, apenas uma pequena parcela dos estudantes brasileiros possui o documento. A carteira estudantil, emitida pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), pela União Nacional dos Estudantes (UNE) ou por órgão públicos, é mais comum, já que possibilita o pagamento de meia tarifa em eventos esportivos, culturais e artísticos e em transportes coletivos.
O objetivo da proposta, explica o parlamentar, é contribuir com a melhor identificação do portador de carteira estudantil e auxiliar os órgãos de fiscalização e controle. "Não são poucos os jovens que, ao saírem de suas casas, se sentem menos seguros por não estarem portando documento que tenha maior validade legal", pondera.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Portal Câmara
Brito Neto salienta que a Carteira de Identidade é permitida para menores de 18 anos, entretanto, em razão de seu custo, apenas uma pequena parcela dos estudantes brasileiros possui o documento. A carteira estudantil, emitida pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), pela União Nacional dos Estudantes (UNE) ou por órgão públicos, é mais comum, já que possibilita o pagamento de meia tarifa em eventos esportivos, culturais e artísticos e em transportes coletivos.
O objetivo da proposta, explica o parlamentar, é contribuir com a melhor identificação do portador de carteira estudantil e auxiliar os órgãos de fiscalização e controle. "Não são poucos os jovens que, ao saírem de suas casas, se sentem menos seguros por não estarem portando documento que tenha maior validade legal", pondera.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Portal Câmara
domingo, 27 de abril de 2008
Sistemas de ensino mostram projetos de leitura brasileira
Três sistemas de ensino que fizeram parte da pesquisa “Redes de Aprendizagem – boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender” apresentaram projetos de leitura como fator de peso na melhora da qualidade do aprendizado.
A pesquisa, que destacou 37 redes em 15 estados, é um projeto desenvolvido pelo Ministério da Educação em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Estão nessa lista como incentivadores da leitura os pequenos municípios de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, Mortugaba, na Bahia, e Araguaína, em Tocantins. O sistema de ensino municipal de Farroupilha tem 26 escolas e o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) alcançou 5,2 pontos, bem acima da média nacional (3,8); Mortugaba tem 38 escolas e Ideb de 4,3 pontos, e Araguaína, 29 escolas e Ideb de 4,
Fonte: Nota 10
A pesquisa, que destacou 37 redes em 15 estados, é um projeto desenvolvido pelo Ministério da Educação em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Estão nessa lista como incentivadores da leitura os pequenos municípios de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, Mortugaba, na Bahia, e Araguaína, em Tocantins. O sistema de ensino municipal de Farroupilha tem 26 escolas e o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) alcançou 5,2 pontos, bem acima da média nacional (3,8); Mortugaba tem 38 escolas e Ideb de 4,3 pontos, e Araguaína, 29 escolas e Ideb de 4,
Fonte: Nota 10
Cai obrigatoriedade de cota de 5% para deficientes físicos
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) podem ficar desobrigadas de reservar 5% de suas vagas do vestibular para deficientes físicos. Uma Ação Civil Pública, do Ministério Público Federal, que fazia essa exigência, foi indeferida pela juíza Ana Carolina Morozowski, da 6.ª Vara Federal de Curitiba.
“A nossa procuradoria recorreu e a juíza entendeu que as universidades têm a sua própria autonomia”, relata o professor Maurício Alves Mendes, assessor de Graduação e Ensino a Distância da UTFPR. A UFPR informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que desconhecia a decisão judicial, mas que a reserva poderá ser mantida mesmo assim. “Talvez 5% não sejam o ideal para a universidade, mas elas estão em discussão e serão implantadas, mesmo que em número menor ou com um esquema diferente das cotas sociais e raciais”.
A implantação da cota de 5% foi, inclusive, discutida no Conselho Universitário (Coun) da UFPR esta semana. O reitor Carlos Augusto Moreira Júnior disse que é contra o percentual e sugere que sejam aplicadas ‘vagas de expansão’, ou seja, se um curso oferta 40 vagas, por exemplo, ofereceria 41, sendo esta vaga excedente destinada aos portadores de necessidades especiais. O assunto, no entanto, será discutido em uma próxima reunião do Coun.
Apoio dentro das universidades – O professor Maurício diz que, independente de cotas já implantadas ou não, a UTFPR oferece condições iguais para todos os alunos. “Depois que um portador de necessidades especiais ingressa na universidade, as salas e laboratórios são adaptados de acordo com o que ele precisa e os professores se especializam para dar um atendimento adequado a esse aluno”.
Já na UFPR existe o Núcleo de Apoio ao Portador de Necessidades Especiais (Napne). O núcleo é responsável por cursos de capacitação para os professores e por prestar atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais. Os dados apresentados pelo Napne mostram que existem 92 alunos portadores de necessidades especiais na universidade, sendo 8 com surdez, 11 cegos, 23 com deficiência física ou motora e 50 com outras necessidades. Segundo a coordenadora do núcleo, professora Laura Moreira, o número desses alunos pode não ser exato, já que muitos têm vergonha de se expor.
Discussão – Assim como na UFPR, na Universidade Tecnológica a implantação de novas cotas continua sendo discutida. As cotas sociais, destinada a estudantes de escolas públicas, foram implantadas recentemente no vestibular de verão, e as raciais e para portadores de deficiência estão em fase de discussão. “Para que possamos implantar estas também precisamos adquirir um respaldo legal maior perante a sociedade”, explica o professor Maurício.
Fonte: Nota 10
“A nossa procuradoria recorreu e a juíza entendeu que as universidades têm a sua própria autonomia”, relata o professor Maurício Alves Mendes, assessor de Graduação e Ensino a Distância da UTFPR. A UFPR informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que desconhecia a decisão judicial, mas que a reserva poderá ser mantida mesmo assim. “Talvez 5% não sejam o ideal para a universidade, mas elas estão em discussão e serão implantadas, mesmo que em número menor ou com um esquema diferente das cotas sociais e raciais”.
A implantação da cota de 5% foi, inclusive, discutida no Conselho Universitário (Coun) da UFPR esta semana. O reitor Carlos Augusto Moreira Júnior disse que é contra o percentual e sugere que sejam aplicadas ‘vagas de expansão’, ou seja, se um curso oferta 40 vagas, por exemplo, ofereceria 41, sendo esta vaga excedente destinada aos portadores de necessidades especiais. O assunto, no entanto, será discutido em uma próxima reunião do Coun.
Apoio dentro das universidades – O professor Maurício diz que, independente de cotas já implantadas ou não, a UTFPR oferece condições iguais para todos os alunos. “Depois que um portador de necessidades especiais ingressa na universidade, as salas e laboratórios são adaptados de acordo com o que ele precisa e os professores se especializam para dar um atendimento adequado a esse aluno”.
Já na UFPR existe o Núcleo de Apoio ao Portador de Necessidades Especiais (Napne). O núcleo é responsável por cursos de capacitação para os professores e por prestar atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais. Os dados apresentados pelo Napne mostram que existem 92 alunos portadores de necessidades especiais na universidade, sendo 8 com surdez, 11 cegos, 23 com deficiência física ou motora e 50 com outras necessidades. Segundo a coordenadora do núcleo, professora Laura Moreira, o número desses alunos pode não ser exato, já que muitos têm vergonha de se expor.
Discussão – Assim como na UFPR, na Universidade Tecnológica a implantação de novas cotas continua sendo discutida. As cotas sociais, destinada a estudantes de escolas públicas, foram implantadas recentemente no vestibular de verão, e as raciais e para portadores de deficiência estão em fase de discussão. “Para que possamos implantar estas também precisamos adquirir um respaldo legal maior perante a sociedade”, explica o professor Maurício.
Fonte: Nota 10
Pesquisas em didática da História crescem no Brasil
O Centro de Pesquisa em Didática da História (CEPEDIH) da Faculdade de Educação (FE) da USP entra em fase final de implementação. “Trata-se de uma iniciativa que sinaliza a ampliação da preocupação de muitos pesquisadores com a didática da História e sua importância para a formação dos alunos”, atesta Kátia Maria Abud, uma das fundadoras do Centro e professora de Metodologia do Ensino de História da FE. “O fenômeno não é apenas quantitativo, mas, sobretudo, qualitativo. Muitas pesquisas vêm se desenvolvendo com o objetivo de responder às diferentes questões relativas à construção do conhecimento histórico em sala de aula e na busca de formas de aprimorá-lo.”
A proposta de criação do CEPEDIH foi feita nos moldes dos que já existem no exterior, dedicados à investigação científica sobre as disciplinas escolares. “O Centro se propõe a congregar pesquisadores, em todos os níveis da pesquisa, que se dediquem ao ensino de História como campo”, ressalta Kátia.
Nos últimos anos, o Brasil tem passado por uma ampliação da quantidade de pesquisas sobre o ensino de História. Segundo a pesquisadora, os sintomas são diversos e incluem o aumento do número dos grupos de pesquisa e a realização periódica de eventos regionais e nacionais. “A Faculdade de Educação mantém-se engajada nesse cenário”, contextualiza a pesquisadora, ressaltando que, ainda este ano, entre os dias 28 e 31 de julho, a unidade irá promover o VIII Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História (Enpeh).
Outras edições do Enpeh vêm sendo realizadas a cada dois anos, desde 1993, em diferentes campi universitários brasileiros: Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“O encontro em São Paulo tem a finalidade de congregar pesquisadores, professores universitários e pós-graduandos que têm o ensino de História como seu campo de pesquisa, já que nesta Capital se concentra o maior número de linhas de pesquisa na pós-graduação nessa área”, avalia Kátia, coordenadora geral do evento.
Troca de experiências
Com o tema “Metodologias e Novos Horizontes”, o evento na FE, contará com a presença de diversos convidados internacionais, como Isabel Barca (Universidade do Minho, Portugal), Ivo Mattozzi (Universidade de Bologna, Itália), Nicole Tutiaux-Guillon (Universidade de Lille, França) e Silvia Finocchio (Universidade de Buenos Aires, Argentina).
Segundo a professora Kátia Abud, cerca de 250 pesquisadores vão apresentar os resultados de suas pesquisas para o conhecimento da comunidade científica. “Trata-se de um momento fundamental, de troca de experiências e idéias, que contribuirá para o aprimoramento e, até mesmo, para mudanças dos rumos em determinadas pesquisas”, explica. “Apesar da ampliação do acesso às informações, gerado pela digitalização de boa parte dos periódicos e outras publicações, os encontros científicos são indispensáveis para o intercâmbio informativo e criativo, do qual se alimenta o avanço do conhecimento”.
Formação de Professores; História Local e Ensino de História; Aprendizagem; Identidade e Alteridade; e Memória e Ensino de História são alguns dos temas que estarão em discussão em 12 grupos de trabalho nesta oitava edição, organizada a partir de cinco conferências principais e nove mesas temáticas.
Os interessados em participar como ouvinte devem realizar suas inscrições até o dia de 25 de julho, por meio do site http://www.fafe.org.br/8enpeh/.
Fonte: Agência USP
A proposta de criação do CEPEDIH foi feita nos moldes dos que já existem no exterior, dedicados à investigação científica sobre as disciplinas escolares. “O Centro se propõe a congregar pesquisadores, em todos os níveis da pesquisa, que se dediquem ao ensino de História como campo”, ressalta Kátia.
Nos últimos anos, o Brasil tem passado por uma ampliação da quantidade de pesquisas sobre o ensino de História. Segundo a pesquisadora, os sintomas são diversos e incluem o aumento do número dos grupos de pesquisa e a realização periódica de eventos regionais e nacionais. “A Faculdade de Educação mantém-se engajada nesse cenário”, contextualiza a pesquisadora, ressaltando que, ainda este ano, entre os dias 28 e 31 de julho, a unidade irá promover o VIII Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História (Enpeh).
Outras edições do Enpeh vêm sendo realizadas a cada dois anos, desde 1993, em diferentes campi universitários brasileiros: Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“O encontro em São Paulo tem a finalidade de congregar pesquisadores, professores universitários e pós-graduandos que têm o ensino de História como seu campo de pesquisa, já que nesta Capital se concentra o maior número de linhas de pesquisa na pós-graduação nessa área”, avalia Kátia, coordenadora geral do evento.
Troca de experiências
Com o tema “Metodologias e Novos Horizontes”, o evento na FE, contará com a presença de diversos convidados internacionais, como Isabel Barca (Universidade do Minho, Portugal), Ivo Mattozzi (Universidade de Bologna, Itália), Nicole Tutiaux-Guillon (Universidade de Lille, França) e Silvia Finocchio (Universidade de Buenos Aires, Argentina).
Segundo a professora Kátia Abud, cerca de 250 pesquisadores vão apresentar os resultados de suas pesquisas para o conhecimento da comunidade científica. “Trata-se de um momento fundamental, de troca de experiências e idéias, que contribuirá para o aprimoramento e, até mesmo, para mudanças dos rumos em determinadas pesquisas”, explica. “Apesar da ampliação do acesso às informações, gerado pela digitalização de boa parte dos periódicos e outras publicações, os encontros científicos são indispensáveis para o intercâmbio informativo e criativo, do qual se alimenta o avanço do conhecimento”.
Formação de Professores; História Local e Ensino de História; Aprendizagem; Identidade e Alteridade; e Memória e Ensino de História são alguns dos temas que estarão em discussão em 12 grupos de trabalho nesta oitava edição, organizada a partir de cinco conferências principais e nove mesas temáticas.
Os interessados em participar como ouvinte devem realizar suas inscrições até o dia de 25 de julho, por meio do site http://www.fafe.org.br/8enpeh/.
Fonte: Agência USP
Mais de 64% dos pais querem ver seus filhos graduados
A qualidade da educação brasileira muitas vezes deixa excluída do mundo das letras e interpretações até mesmo quem está no banco da escola. Mas a esperança de ver essa realidade transformada persiste nos pais de estudantes. Segundo a pesquisa "Os pais e a qualidade da Educação Pública", divulgada este mês, mais de 64% deles têm a expectativa de verem seus filhos concluindo um curso de graduação.
A pesquisa pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, com apoio da Fundação Victor Civita, entrevistou 840 pais de alunos da rede pública de São Paulo, entre julho e outubro de 2007, para aferir as percepções, críticas e recomendações de pais com filhos matriculados nos ensinos Fundamental e Médio. Para os organizadores do projeto ele deve "estimular o debate e a busca de soluções para compreender e envolver os pais nos esforços de melhoria da rede pública".
Entre os entrevistados, 90% era de mulheres e 83% eram as mães das crianças. Eles possuíam em média sete anos de escolaridade e apenas 25% tinham concluído o ensino médio. Para os entrevistados, atributos mais importantes para uma boa escola são: professores saberem ensinar, 31,6%; ter um diretor exigente, 18,3%, e, numa demonstração sempre presente de preocupação com a violência, a presença de policiamento, 15,2%.
Já um bom professor, na visão deles, deve explicar de forma que todos entendam, 30,8%, tratar o aluno com respeito e passar muito exercício de casa. A preocupação com notas se faz evidente quando eles apontam que o principal acompanhamento escolar que fazem é do boletim dos filhos.
A qualidade do ensino público na escola do filho recebeu apenas uma nota, média, de 6,6. E para que a educação melhore, segundo os pais, o governo deve priorizar que os alunos saibam ler e escrever bem, que se reduza a violência e a indisciplina na escola. A atividades extracurriculares como cursos de computação e inglês também são vistos como necessárias.
De acordo com a pesquisa, para mais de 33% dos pais, a qualidade da merenda escolar de qualidade que os filhos recebem é insatisfatória. Assim como a quantidade de atividades oferecidas aos estudantes fora do horário de aula.
Fonte: Envolverde
A pesquisa pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, com apoio da Fundação Victor Civita, entrevistou 840 pais de alunos da rede pública de São Paulo, entre julho e outubro de 2007, para aferir as percepções, críticas e recomendações de pais com filhos matriculados nos ensinos Fundamental e Médio. Para os organizadores do projeto ele deve "estimular o debate e a busca de soluções para compreender e envolver os pais nos esforços de melhoria da rede pública".
Entre os entrevistados, 90% era de mulheres e 83% eram as mães das crianças. Eles possuíam em média sete anos de escolaridade e apenas 25% tinham concluído o ensino médio. Para os entrevistados, atributos mais importantes para uma boa escola são: professores saberem ensinar, 31,6%; ter um diretor exigente, 18,3%, e, numa demonstração sempre presente de preocupação com a violência, a presença de policiamento, 15,2%.
Já um bom professor, na visão deles, deve explicar de forma que todos entendam, 30,8%, tratar o aluno com respeito e passar muito exercício de casa. A preocupação com notas se faz evidente quando eles apontam que o principal acompanhamento escolar que fazem é do boletim dos filhos.
A qualidade do ensino público na escola do filho recebeu apenas uma nota, média, de 6,6. E para que a educação melhore, segundo os pais, o governo deve priorizar que os alunos saibam ler e escrever bem, que se reduza a violência e a indisciplina na escola. A atividades extracurriculares como cursos de computação e inglês também são vistos como necessárias.
De acordo com a pesquisa, para mais de 33% dos pais, a qualidade da merenda escolar de qualidade que os filhos recebem é insatisfatória. Assim como a quantidade de atividades oferecidas aos estudantes fora do horário de aula.
Fonte: Envolverde
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