sábado, 28 de abril de 2007

Escolas municipais de Curitiba têm o melhor ensino entre as capitais brasileiras


Curitiba tem o melhor desempenho entre as capitais brasileiras no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta quinta-feira (26) que a cidade obteve índice de 4,7 na avaliação entre alunos da primeira fase do ensino fundamental (1ª a 4ª série). É o maior índice entre todas as capitais do País. O índice de Curitiba ficou acima da média nacional de 3,8.

Desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) para promover a melhoria na qualidade das escolas públicas do país, o novo índice combina desempenhos obtidos pelos alunos na Prova Brasil e no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e foi obtido a partir da avaliação feita em 2005.

"Os índices comprovam mais uma vez os resultados do amplo investimento e das ações que estamos colocando em prática ao longo dos últimos anos. Educação é tratada como prioridade nesta administração", diz o prefeito Beto Richa.

Somente no ano passado, a Prefeitura de Curitiba investiu 27,03% na área da educação. O valor superou os 25% determinados pela Constituição federal. "Foram 27 milhões para construção de novas escolas e creches, contratação e capacitação de novos profissionais da educação, aquisição de materiais didáticos e equipamentos modernos para as unidades de ensino e implantação de programas e projetos na área", afirma Richa.

Na avaliação entre os alunos da segunda fase das escolas municipais (5ª a 8ª série), Curitiba também teve o melhor desempenho entre as capitais brasileiras, com índice de 4,2. A média nacional para a segunda fase é de 3,5.

Está não é a primeira vez que a capital paranaense se destaca em educação. No ano passado, Curitiba obteve o melhor desempenho entre as capitais brasileiras na Prova Brasil, maior avaliação de desempenho de alunos da rede pública feita no país pelo Inep. Os resultados da Prova Brasil demonstraram que os alunos de 4ª e 8ª séries da rede municipal de ensino de Curitiba obtiveram, entre os estudantes de capitais, a melhor colocação na prova de Matemática e o segundo lugar na de Língua Portuguesa, depois de Campo Grande (MS).

"A expectativa é que Curitiba apresente desempenhos ainda melhores nas próximas avaliações", diz a secretária municipal da Educação, Eleonora Bonato Fruet. Como avanços na área, Eleonora aponta a elaboração dos cadernos pedagógicos que estão sendo distribuídos nas escolas, a renovação dos laboratórios de informática, a criação da rede municipal de bibliotecas escolares, a implantação do Conselho Municipal de Educação e do Sistema Municipal de Ensino e o Seminário de Avaliação da Aprendizagem na Rede Municipal de Ensino.

O seminário, que teve início na última quarta-feira (25) e terminará nesta sexta-feira (27), reúne 500 pedagogos da rede municipal de ensino numa discussão sobre questões da avaliação dos estudantes da segunda etapa do ciclo um (equivalente a segunda série).

"Nossa meta, a partir deste seminário, é melhorar a qualidade e os resultados do ensino desde os processos iniciais de alfabetização. É com isso que efetivaremos a erradicação do analfabetismo, especialmente o funcional", disse a secretária Eleonora Bonato Fruet.
Ideb - Desempenho das capitais

Primeira fase - 1ª a 4ª série das escolas da Prefeitura

* 1) Curitiba 4,7
* 2) B. Horizonte 4,6
* 3) Rio de Janeiro 4,3
* 4) Rio Branco 4,2
* 5) Campo Grande 4,2
* 6) Teresina 4,2
* 7) Florianópolis 4,2
* 8) Vitória 4,1
* 9) São Paulo 4,1
* 10) Goiânia 3,9

Fonte: www.envolverde.com.br

Relator de projeto sobre piso salarial dos professores é favorável a mudanças


Brasília - Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores defenderam quinta-feira (26), em audiência na Comissão de Educação da Câmara, mudanças no projeto de lei do Executivo que estabelece um piso salarial de R$ 850 para as professores da educação básica com jornada de 40 horas semanais.

Apresentado pelo governo no início do mês, o Projeto de Lei 619/07 também desperta o interesse dos parlamentares. Já foram apresentadas 114 propostas de modificação, em formato de emenda parlamentar.

O relator do projeto na Comissão de Educação, deputado Severiano Alves (PDT/BA), avalia como interessante a proposta da CNTE de estabelecer uma diferenciação salarial entre os profissionais de níveis médio e superior (piso de R$ 1.050 e de R$ 1.575, respectivamente).

De acordo com deputado, a proposta de diferenciação deve ser aprovada na comissão. Alves também é contra a jornada de trabalho estabelecida no projeto do governo (40 horas). A CNTE sugere 30 horas.

“Há um consenso na comissão de que a jornada não deva ser de 40 horas. Eu defendo que a jornada ideal é a de 20 horas, porque não há como você ocupar um professor durante o dia, com oito horas numa sala, ele não vai poder estudar”, afirma o parlamentar baiano.

“Se o projeto visa melhorar a qualidade do ensino, tem que dar uma jornada razoável e um salário um pouco melhor para que ele possa se qualificar.”

Severiano Alves disse que o próximo passo da comissão é realizar audiências públicas em sete estados para discutir a questão do “salário mínimo dos professores”.

A pedido dos deputados que compõem a comissão os debates serão realizados no Maranhão, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná.

O deputado Carlos Abicalil, autor do requerimento para a realização da audiência pública e responsável por 13 das 114 emendas apresentadas, disse que a comissão terá “a obrigação” de fazer alterações.

Segundo ele, há um “diagnóstico amplo de insuficiências” e é preciso fazer alterações que qualifiquem o projeto. “Os debates nos favorecerão a encontrar a melhor alternativa com todos os pontos indicados como sendo insuficientes”, acredita Abicalil.

"Teremos que ouvir também os que ocupam a gestão do estado brasileiro, seja governo federal, estados e municípios, porque são esses os principais empregadores na educação pública do país.”

Fonte: Agência Brasil

Lula defende criação de universidades latino-americanas


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira, no Chile, a criação de universidades latino-americanas que beneficiem jovens pobres da região. Lula lançou a idéia durante uma visita a uma escola na capital chilena, Santiago.

Ao se referir ao PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), Lula disse que o lançamento do programa, na terça-feira, o levou a discutir o assunto com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

'Falta uma coisa, por exemplo: o intercâmbio de nossos estudantes. Ele se dá mais entre Chile e Europa, entre Brasil e Europa, do que entre Chile e Brasil.'

'Na próxima reunião dos presidentes da América do Sul, esse deverá ser um tema que deve ser abordado e concluído', disse.

Universidade do Mercosul

O presidente disse que a integração regional vem avançando em vários campos, mas que a educação tem sido deixada de lado nesse processo.

Lula propôs também a criação de bolsas de estudo para todos os países da América do Sul. Segundo ele, é isso que vai consolidar a integração.

O presidente disse ainda que tem como sonho uma universidade do Mercosul, mas acrescentou que isso seria pouco.

Junto com Haddad e a ministra chilena da educação, Yasna Provoste, Lula esteve na escola secundária 'República do Brasil', em Santiago.

Na escola, os alunos cantaram o hino brasileiro e, depois, um grupo de crianças fez uma apresentação com a música O Pato, de Vinícius de Moraes.

Durante a visita, os ministros assinaram acordos bilaterais de cooperação na área educacional.

Fonte: www.folha.com.br

Ranking escolar aprova só 0,8% das cidades


Criado para nortear as políticas de melhoria na qualidade das escolas públicas do país, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), novo indicador desenvolvido pelo Ministério da Educação, mostra que apenas 0,8% dos municípios brasileiros já estão no patamar considerado ideal pelo governo federal.

O novo índice une num mesmo indicador o desempenho dos alunos nos exames Prova Brasil e Saeb (aplicados pelo MEC nas redes de todo o país) e as taxas de aprovação (que consideram a repetência).

Uma das finalidades do Ideb é mostrar se as medidas anunciadas anteontem pelo presidente Lula no PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) estão tendo efeito.

O índice aponta que hoje o país tem um Ideb de 3,8 e deve chegar a 6 até 2022, nota equivalente à média dos países desenvolvidos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos).

Para as redes municipais de ensino --principal foco das políticas anunciadas pelo governo-- o objetivo é sair dos atuais 3,4 e chegar em 5,7 na quarta série do ensino fundamental.

Cada município, no entanto, terá sua própria meta, que será monitorada a cada dois anos pelo MEC. Hoje, as médias do Ideb na quarta série para as redes municipais variam de 0,3 a 6,8 (essa será a série utilizada para a análise das ações).

A meta do MEC é que elas passem a variar de 3,8 a 8,1, ou seja, todos os municípios terão que melhorar, mesmo os poucos que já estão acima da média projetada para 2022.

Hoje, só 33 dos 4.350 municípios avaliados já estão nesse patamar. São Paulo é o Estado que possui mais municípios nesse grupo (11), todos no interior.

Para o professor da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília) Erasto Fortes, o objetivo só será alcançado se os municípios aceitarem o pacto com o governo federal --as cidades com mais dificuldade receberão apoio do Ministério da Educação, mas terão de se comprometer a implementar algumas medidas, como avaliação de professores e fim da indicação política para diretor de escola.

"Os municípios terão de seguir as diretrizes. Mas o governo também terá de cumprir a sua parte, com o apoio e incentivos", disse Fortes.

O prazo de 15 anos para alcançar o objetivo "é muito longo para a sociedade", afirma o coordenador da ONG Ação Educativa, Sergio Haddad. "Mas em educação não se faz milagres do dia para a noite."

Na avaliação de Creso Franco, pesquisador da PUC-RJ, a união de um indicador de fluxo escolar com outro de qualidade é importante: "Isso sinaliza que de nada adianta reprovar vários alunos para ter desempenho melhor no final da avaliação ou aprovar todos em detrimento da qualidade. Os dois fatores têm que andar juntos".

Os dados do Ideb serão colocados hoje no site do Inep, instituto de pesquisas do MEC.

lgumas informações, porém, já começam a ser contestadas. A Prefeitura de Ramilândia (PR), município com o pior indicador do país, afirma que sua taxa de repetência está muito acima do real, o que puxa seu indicador para baixo.

Além disso, os dados da Prova Brasil, divulgados no ano passado, estavam errados. A rede municipal de São Paulo, que estava entre as piores capitais, agora subiu de posição.

Ajuda

Além de monitorar o andamento das políticas de melhoria lançadas pelo governo federal, o Ideb também foi utilizado para identificar os mil municípios com os piores indicadores de qualidade de ensino.

Essas cidades receberão apoio técnico do MEC. As que tiverem poucos recursos também contarão com uma verba extra do governo federal, que diz já ter reservado R$ 1 bilhão para o projeto.

O Ideb mostra que esses mil municípios têm notas entre 0,3 a 2,7. A maior parte deles (80,7%) está no Nordeste.

O Estado que possui mais cidades com dificuldades é a Bahia, com 205.

Fonte: www.folha.com.br

Educação deve formar bons questionadores


"Precisamos de uma educação que permita que crianças, jovens e adultos sejam transformados em bons questionadores e pesquisadores cheios de inquietações, e não apenas absorvam respostas prontas. Essa mudança cultural deve ser rápida senão os educadores continuarão com aulas obsoletas e alunos bocejantes", defende o membro do Conselho Nacional de Educação, César Callegari. Para ele, a nova forma de pensar processos de aprendizagem é ter alunos e professores participativos e portadores de conhecimentos.

Para o especialista, não é possível falar de educação sem considerar a interação com as condições humanas e estruturais da escola. "A maior parte das crianças do país estuda em salas superlotadas. Não há projeto pedagógico que permita a um professor dar boas aulas em uma sala com mais de 45 alunos, o que acontece normalmente em muitas escolas públicas do país", lembra. Ele revela ainda que os professores enfrentam uma jornada de trabalho extensa e mal sabem o nome dos alunos. Dão aulas diárias para mais de 600 estudantes, muitas vezes em territórios diferentes dos que freqüentam, ocasionando falta de vínculo com a realidade local.

"O livro é um material didático básico que ainda não chegou em todas as escolas do ensino médio. Todos os professores, por acaso, têm planejamento de aula ou, pelo menos, conhecem o plano de ensino da escola? É preciso primeiramente saber onde estão pisando e, depois, como e onde se quer chegar", acredita.

Callegari lembra ainda que é complicado pensar em avanços tecnológicos e de conhecimento frente aos 50 milhões de homens e mulheres analfabetos funcionais que o Brasil possui. "Não se faz educação de qualidade num ambiente adverso", afirma.

Para o palestrante, por todos esses motivos não há porque se assustar frente aos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e de outras avaliações de ensino. "Temos um Brasil rico que reserva somente 944 dólares anuais para o investimento escolar dos jovens. Exatamente por isso, 70% dos alunos concluintes do ensino médio, só em São Paulo, possuem nível muito baixo de conhecimento em matemática", exemplifica.

Em relação à tecnologia nas escolas, o especialista cita uma recente pesquisa que conclui que computador nas escolas não significa aquisição de aprendizado. "E o dado não me surpreende, pois é fato que não há nas escolas projetos educacionais que envolvam o computador, pelo simples fato de que os professores nunca foram preparados para utilizar tal ferramenta", lembra.

Entretanto, Callegari acredita que o país vive um bom momento para se criar uma cultura de responsabilidade nacional em relação à educação. Tudo isso porque foi apresentado oficialmente, na última terça-feira (24/04), pelo governo federal, o Plano de Desenvolvimento da Educação. Ele lembra que o plano tem como um dos focos enfrentar o problema de que apenas 13% das crianças entre 3 e 5 anos freqüentam a educação infantil. "De todos os determinantes de crescimento para uma pessoa, uma das coisas é ter frequentado a escola, principalmente a educação infantil. Apoiar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) é uma das chances de tirar a educação do atual quadro de subdesenvolvimento crônico", acha.

O especialista afirma ainda que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é o maior exemplo de fracasso na educação. De 100 matriculados no curso, menos de 50 chegam ao final do primeiro semestre. "Esses homens e mulheres que não tiveram oportunidades anteriormente, são recebidos por professores primários treinados para alfabetizarem crianças. Em questão de estrutura, contam com salas de aula com carteiras infantis em que eles nem cabem. Além disso, é totalmente desconsiderada a riqueza de conhecimentos que cada um deles adquiriu durante toda a vida. Os projetos de aula devem ir de encontro às vivências passadas junto ao cotidiano", defende.

Fonte: Aprendiz

terça-feira, 24 de abril de 2007

Investimento em qualidade de ensino é cobrado durante a Semana de Ação Mundial

Até sexta-feira (27), acontece no Brasil e em mais de 100 países a Semana de Ação Mundial. A mobilização tem como objetivo cobrar dos governos maior investimento na Educação. Mais de 500 escolas brasileiras participam de atividades promovidas em 18 estados. Em Brasília, na próxima quarta-feira (25), cerca de 20 mil profissionais e ativistas da área educacional vão realizar uma marcha até o Congresso Nacional para exigir a implementação do piso salarial nacional para a categoria. A caminhada começa às 13h em frente à Catedral, com os temas "Educação pública de qualidade: quanto custa esse direito?" e "Pague o piso ou pague o preço".

O piso nacional para o magistério público será abordado também na quinta-feira (26), em audiência na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. No evento a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) vai defender emendas ao PL (Projeto de Lei) 619/2007, enviado pelo Ministério da Educação (MEC) ao Congresso e que trata da matéria. Na mesma ocasião a Campanha Nacional pelo Direito à Educação vai apresentar os números do CAQI (Custo Aluno-Qualidade Inicial), estudo inédito que determina quanto é preciso ser investido por aluno de cada nível e modalidade da Educação Básica para que o País ofereça um ensino com o mínimo de qualidade para seus estudantes.

A pesquisa do CAQI foi desenvolvida ao longo de três anos, com a participação de especialistas de universidades e institutos, e a partir de debates com representantes de ONGs, sindicatos e gestores educacionais. Entre seus destaques, o estudo conclui que seria necessário um aporte de pelo menos 1% a mais do PIB para garantir um processo de ensino de qualidade. Entretanto, o incremento que o Fundeb proporciona à Educação Básica é de somente 0,2% do PIB. Clique aqui e leia mais sobre a pesquisa em pauta exclusiva da ANDI.

A Semana de Ação Mundial é promovida pela Campanha Global pela Educação (http://www.campaignforeducation.org). No Brasil, as atividades são coordenadas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação desde 2001. Nesse ano a mobilização envolve a participação de 23 instituições (fundações, ONGs, associações etc.), 3 sindicatos, 7 pólos do projeto Nepso (Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião, parceria da ONG Ação Educativa com o Instituto Paulo Montenegro/Ibope) e 580 escolas públicas. Serão desenvolvidas ações como oficinas, seminários, debates e uma pesquisa de opinião educativa com o tema "De que qualidade estamos falando?".

A Campanha Nacional preparou e enviou para escolas e entidades de todo o Brasil um pacote com materiais sobre a Semana, inclusive um Manual de Orientações para o desenvolvimento de atividades. Para recebê-lo entre em contato por meio do e-mail campanha@campanhaeducacao.net ou o tel.: (011) 3151-2333 r. 143 e 140.

Fonte: ANDI

Censo Escolar será respondido por 56 milhões de alunos

Cerca de 200 mil escolas, 2,4 mil docentes e cerca de 56 milhões de estudante da rede pública de todo o país vão responder ao Censo Escolar 2007, elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anízio Teixeira (Inep). A principal mudança deste ano é que as informações agora deixam de ser agregadas por escola e serão feitas por aluno e professor de uma forma individualizada.

O Censo Escolar coleta anualmente, em 31 de março, informações sobre a educação básica, abrangendo todas as suas etapas ou níveis (Educação Infantil, Ensino fundamental e Ensino Médio) e modalidades (ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos e educação profissional de nível técnico.

Ele agora será iniciado no dia 30 de maio, última quarta-feira do mês, e será concluído em 31 de agosto. A data foi mudada para que as incorreções decorrentes de dupla matrícula e mudanças de escola, problemas comuns no início de cada ano letivo, não sejam computadas.

Fonte: Nota 10

Educação básica é prioridade do Plano de Desenvolvimento da Educação

Brasília - O governo lança oficialmente nesta terça-feira (24) o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Apesar de conter medidas em todos os níveis de educação, a prioridade do plano é a educação básica, que vai do ensino infantil ao médio.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, um dos principais pontos do PDE é a fixação de metas de qualidade nos municípios. "Você fixa o mínimo de qualidade, estabelece metas, dá apoio técnico, oferece mais recursos e ao mesmo tempo cobra resultados expressos na aprendizagem. Porque a escola existe para o aluno aprender, antes de mais nada. Penso que é o grande momento do plano", afirmou Haddad, no mês passado, em entrevista à Agência Brasil.

O plano prevê a criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e apoio às prefeituras que têm os indicadores educacionais mais baixos. O índice leva em consideração o rendimento dos alunos, a taxa de repetência e a evasão escolar. O Ministério da Educação (MEC) vai investir cerca de R$ 1 bilhão neste ano para atender os municípios com os piores índices.

Outra novidade do PDE é a implantação da Provinha Brasil, para avaliar a alfabetização de crianças de 6 a 8 anos. Segundo Haddad, a prova seria semelhante ao exame Prova Brasil, que é aplicado a alunos de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental. A idéia, de acordo com o ministro, é avaliar a alfabetização das crianças para corrigir eventuais problemas a tempo.

O PDE prevê ainda crédito de R$ 600 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de ônibus e barcos destinados aos transporte escolar; a realização de Olimpíada de Língua Portuguesa, no ano que vem, com a participação de aproximadamente 80 mil escolas e 7 milhões de alunos; e a informatização de todas as escolas públicas, com instalação de laboratórios de informática até 2010. O MEC e o Ministério da Ciência e Tecnologia deverão lançar também edital, no valor de R$ 75 milhões, para estimular a produção de conteúdos didáticos digitais.

Uma das principais medidas do plano na educação superior é ampliar o acesso, com meta de dobrar o número de vagas, que hoje, segundo o MEC, é de 580 mil. Está prevista também a articulação entre o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade Para Todos (ProUni), permitindo o financiamento de 100% das bolsas parciais do ProUni.

Na última sexta-feira (20), na inauguração de um centro de recuperação de computadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o PDE "é o programa mais revolucionário já lançado no Brasil". Também na sexta, Fernando Haddad disse que as linhas gerais do programa, que será apresentado hoje, foram mantidas em relação ao plano apresentado a educadores no Palácio do Planalto no dia 15 de março.

Desde essa data, o MEC já recebeu centenas de sugestões por e-mail e, segundo o ministro, algumas delas foram aproveitadas. Clique aqui e saiba quais são os principais pontos do PDE apresentados aos educadores em março.

O lançamento do plano é feito na Semana de Educação para Todos, que teve início na última segunda-feira (23) com o objetivo de lembrar o compromisso assumido no Fórum Mundial de Educação em Dakar (Senegal), em 2000, de reduzir à metade o número de analfabetos até 2015.

Fonte: Agência Brasil

Ministério da Educação faz parceria com Fundação Itaú Social e Cenpec

A metodologia pedagógica desenvolvida pela Fundação Itaú Social e o Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) para o programa Escrevendo o Futuro servirá de modelo para a implantação da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa em toda a rede pública de ensino do país. Hoje em evento no Itaú Cultural, o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Francisco das Chagas Fernandes, representantes da Fundação e do Cenpec assinaram o protocolo de intenções que dá início a esta ação.

A parceria faz parte das medidas previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) que será anunciado amanhã pelo ministro Fernando Haddad. Entre as principais características do acordo está o envolvimento e comprometimento dos municípios, articulação com secretarias municipais e estaduais de educação e a formação dos professores por meio de material pedagógico e oficinas presenciais. Durante no evento, Chagas disse que a parceria reflete os esforços feitos pelo MEC de valorizar as colaborações e parcerias de vários setores da sociedade.

Para o vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias, a parceria tem um significado histórico para a educação brasileira. "Mais do que o reconhecimento da consistência pedagógica e da qualidade da estratégia do Escrevendo o Futuro, essa aliança consagra um princípio que se tornou para nós uma crença fundamental: a união de esforços entre a sociedade civil e os dirigentes do poder público pode e deve fortalecer as políticas públicas, acelerar caminhos e propiciar soluções de qualidade". A presidente do Cenpec, Maria Alice Setubal, completou dizendo que o Escrevendo o Futuro é muito importante "porque reforça a idéia de uma educação que se faz a partir do envolvimento de uma rede de relações".

SAIBA MAIS SOBRE O ESCREVENDO O FUTURO:

O Prêmio Escrevendo o Futuro é uma iniciativa da Fundação Itaú Social que tem o objetivo de estimular a leitura e escrita dos alunos de 4ª e 5ª séries do ensino fundamental das escolas públicas e contribuir para a formação de professores de Língua Portuguesa.

Nos anos pares, os professores inscritos recebem um kit pedagógico contendo fascículos com orientações sobre como trabalhar os gêneros poesia, artigo de opinião e memória. Nas oficinas realizadas em sala de aula, as crianças elaboram os textos que participarão do Prêmio Escrevendo o Futuro. A terceira edição do prêmio, realizada no ano passado, envolveu 15.461 escolas públicas de todo o País, 33.400 professores e cerca de 1,6 milhão de alunos.

O Prêmio tem como o tema "O lugar onde vivo", levando crianças e adolescentes a produzirem textos que retratam seu cotidiano, as pessoas, lugares e histórias que se entrelaçam.

Nos anos ímpares, o Programa promove ações de formação presencial e à distância para os educadores que participaram do prêmio. A formação presencial acontece em parceria com as Undimes estaduais. Já as ações de formação à distância são viabilizadas pela publicação de almanaques, realização de videoconferências e oferta de cursos online no site da Comunidade Virtual do Programa Escrevendo o Futuro. www.escrevendoofuturo.org.br


O Prêmio é realizado em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Canal Futura. Tem o apoio do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais da Educação (Consed). A coordenação técnica é do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

O Prêmio Itaú-Unicef lançado ontem também visa à melhoria da qualidade da educação com o estímulo a ações que contribuam para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. A iniciativa tem o objetivo de identificar e dar visibilidade ao trabalho de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, que desenvolvem projetos de ações socioeducativas, em articulação com a escola pública, para crianças e adolescentes de 6 a 18 anos em condições de vulnerabilidade socioeconômica, criando uma rede de proteção e educação. "Esse formato é o que chamamos de educação integral, tema que há muito tempo baliza as ações da Fundação Itaú Social porque acreditamos que essa seja a melhor forma de construir a educação de qualidade", diz Matias.

As Ongs inscritas no Prêmio Itaú-Unicef serão divididas por porte - micro, pequeno, médio e grande - e por pólos regionais - São Paulo (SP), Campinas (SP), Belo Horizonte (BH), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Recife (PE), Fortaleza (CE), Belém (PA) e Goiânia (GO). De cada pólo será escolhido um finalista por porte. Os vencedores regionais ganharão R$ 8 mil, um computador e uma impressora. Os 36 finalistas regionais disputarão o prêmio principal de R$ 100 mil. Também haverá uma premiação nacional para o melhor projeto de cada porte, no valor de R$ 70 mil.

A iniciativa é realizada em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), Canal Futura e apoio da Rede Andi Brasil (Agência de Notícias dos Direitos da Criança) e Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). A coordenação técnica é do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária). O Prêmio Itaú-Unicef é realizado nos anos ímpares. Nos anos pares são desenvolvidas atividades de capacitação de representantes das ONGs participantes.

As inscrições poderão ser feitas até o dia 11 de junho, pelo site www.fundacaoitausocial.org.br ou por meio de ficha de inscrição, retirada nas agências do Banco Itaú ou nos escritórios do Unicef. Se houver dúvidas no preenchimento, as ONGs poderão ligar para 0800-7017104.

Fonte: www.envolverde.com.br

domingo, 22 de abril de 2007

Estados e municípios inadimplentes podem perder recursos da merenda escolar

Sete estados (Roraima, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Pernambuco, Acre e Piauí) e 1.003 municípios correm o risco de não receber os recursos da merenda escolar neste mês por estarem sem Conselho de Alimentação Escolar (CAE). Também podem ficar sem receber 694 prefeituras porque ainda não apresentaram a prestação de contas do dinheiro recebido em 2006 do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). O prazo para entrega da prestação de contas venceu no dia 28 de fevereiro.

“Se o município não estiver com o CAE em funcionamento e regular com a prestação de contas, o FNDE fica impedido, por lei, de repassar os recursos”, diz a coordenadora-geral do Pnae, Albaneide Peixinho. Assim, a próxima parcela da merenda escolar será depositada apenas para quem estiver em dia com o CAE e com a prestação de contas do programa.

No entanto, o FNDE alerta aos estados e prefeituras inadimplentes que ainda há tempo para regularizarem sua situação antes da suspensão do recurso. Para isso, basta encaminhar a prestação de contas ao Fundo e constituir um novo CAE ou prorrogar o mandato do atual. As instruções para renovação do conselho estão na página eletrônica do FNDE. Ao regularizar sua situação junto ao órgão, os estados e municípios que tiverem o repasse suspenso voltarão imediatamente a receber as próximas parcelas.

CAE — Com vigência de dois anos, prorrogáveis por mais dois, o CAE é o instrumento de controle social do Pnae. Os conselhos são formados por representantes do Executivo, Legislativo, professores, pais de alunos e representantes da sociedade e têm como atribuição fiscalizar as escolas para identificar se os cardápios estão sendo cumpridos, em qualidade e quantidade, e zelar pela aquisição, pelo armazenamento e pela distribuição dos produtos alimentícios.

Além disso, devem analisar e dar o parecer conclusivo sobre a prestação de contas dos recursos transferidos pela União, encaminhando a prestação de contas ao FNDE até o dia 28 de fevereiro do ano posterior ao do repasse. Ao analisar a prestação de contas, os conselheiros devem ficar especialmente atentos à regularidade dos processos de licitação e aos extratos bancários das contas em que são depositados os recursos da merenda.

As dúvidas podem ser esclarecidas na Sala de Atendimento Institucional do FNDE, pelos telefones (61) 3966-4135, 3966-4165 e 3966-4253 ou pelo 0800 616161, digite 2 e, em seguida, tecle 5. A relação dos estados e municípios inadimplentes está na página do FNDE, em Alimentação escolar/Consultas. (FNDE)

Fonte: MEC

MEC vai estimular novo modelo de universidades públicas

A Universidade Nova propõe uma arquitetura curricular de três ciclos: bacharelados interdisciplinares, com formação universitária geral e pré-requisito para progressão aos ciclos seguintes; formação profissional em licenciatura ou carreiras específicas; e formação acadêmica científica, artística e profissional da pós-graduação. Em relação ao processo seletivo, quer a eliminação do atual modelo, o vestibular, e sugere medidores de capacidade e potencial do aluno para ingresso no bacharelado.

“O atual modelo só beneficia os que têm mais facilidade para decorar conteúdos e não é capaz de medir o grau de criatividade e aptidão do estudante”, afirma o reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e proponente do modelo Universidade Nova, Naomar Moreira Filho. Ele participou de debate esta semana sobre a readequação dos currículos na Universidade Nova, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, em Brasília.

O encontro, proposto pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), teve a presença do secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota, do presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Paulo Rizzo, e do presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta.

O reitor destacou a incompatibilidade do atual modelo de ensino superior em relação a outros países e entre as próprias instituições locais. “Temos sistemas que não conversam. É impossível, hoje, um aluno trocar de instituição durante o curso sem sofrer prejuízos”, alegou Naomar. O projeto Universidade Nova destaca os problemas enfrentados pelo ensino superior. Entre eles, a precocidade nas escolhas da carreira, a seleção limitada, pontual e traumática para ingresso na graduação, o que provoca uma forte exclusão social, e o viés monodisciplinar na graduação, com currículos estreitos e bitolados.

Modelos — Para Ronaldo Mota, o projeto Universidade Nova é bem-vindo, mas o MEC não estimula um único modelo a ser implantado na reforma do ensino superior. “Queremos estimular a criatividade das instituições e garantir que todos tenham condições de apresentar um projeto diferenciado, mas capazes de dialogarem entre si”, disse o secretário. Segundo ele, cabe ao MEC criar políticas para aumentar a oferta à educação superior pública no país, mas sem riscos de perda de qualidade. “Até o final da década, nenhum indivíduo será realizado profissional ou pessoalmente se não tiver acesso à educação”, enfatizou Ronaldo Mota. (SESu)

Fonte: MEC

Índios pedem mais e melhores escolas

Brasília - O Brasil tem atualmente mais de 160 mil alunos indígenas matriculados em cerca de 2 mil escolas em todo o país, de acordo com o Ministério da Educação. Ainda assim, as escolas indígenas são insuficientes e muitas têm baixa qualidade, segundo a delegação de professores indígenas que se reuniu nesta quinta-feira (19) em Brasília com o ministro da Educação Fernando Haddad.

A principal reivindicação do grupo, segundo o professor indígena e também integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), Gersem Baniwa, é a definição sobre a responsabilidade pelo setor. “Isso está claro na lei, mas na prática não acontece porque há diferentes entendimentos de quem tem essa competência, municípios, estados ou União”.

O governo federal, de acordo com o Baniwa, precisa resolver de forma clara a questão e reorientar o processo. O estudo Estatísticas sobre Educação Escolar Indígena no Brasil, lançado hoje pelo Ministério da Educação, reconhece esse problema da indefinição sobre a responsabilidade em relação às escolas indígenas entre União, estados e municípios.

A professora Gilcélia Tupinambá leciona em classes de 1ª a 3ª séries na escola de sua aldeia, localizada no sul da Bahia. Aos 24 anos, a jovem que ainda cursa graduação em Pedagogia, analisa que os municípios precisam investir mais recursos na construção de colégios perto das aldeias. “É muito sacrificante o aluno acordar muito cedo para ir à escola, às vezes tem que ir a pé ou de carona, 19 km no meu caso, e sofrem ainda, quando as escolas atendem alunos não índios, com problemas como o preconceito.”

Existe ainda uma demanda crescente pela construção de escolas de nível médio, o que seria competência dos estados. “Existem hoje mais de 7 mil estudantes nessa faixa de ensino e, nos próximos dois anos, teremos mais 5 mil. É um contingente maior que os demais níveis de ensino, sem escolas para atendê-los todos.”

Para o ensino superior, Baniwa diz acreditar que melhorias sempre são necessárias, mas afirma que a situação é relativamente boa. “Isso porque existem ações afirmativas [como as cotas em universidades federais e no programa Universidade para Todos], a área não requer mais recursos urgentes para contratação de professores e expansão de infra-estrutura, por exemplo.”

Além da demanda pela construção de escolas, os professores levaram outras reivindicações para a reunião: material didático e merenda escolar em quantidade maior e mais adequadas à realidade indígena. O professor Gersem critica casos no Amazonas em que as escolas recebem alimentos industrializados.

O ministro da Educação se comprometeu a analisar as reivindicações dos professores. “Não falta vontade política. Se for o caso, o MEC se compromete a tramitar o PL no Executivo para encaminhamento ao Congresso Nacional”, disse ele, em relação à possível necessidade de elaboração de um projeto de lei específico sobre a educação indígena. O novo projeto poderá integrar o Plano de Desenvolvimento da Educação, segundo o ministro.

Fonte: Agência Brasil

É preciso ensinar ética desde a escola

"A escola deve trabalhar valores e ética com os alunos, mas isso não deve ser feito de forma tradicional, se o aprendizado não for prazeroso, não vai chamar a atenção desse aluno. Por isso, é preciso criar ambientes diferentes na escola. Não é difícil incorporar o assunto porque, ao invés de fazer um texto sobre o futebol, não se faz um texto sobre violência, um texto sobre preconceito? Tudo isso contribui para introduzir valores éticos na vida dos jovens".

A proposta é do professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Centro Interdisciplinar de Pesquisas Sobre Complexidade e Cidadania (Cipecc), Ulisses Araújo. Para ele, os valores surgem a partir de sentimentos positivos. "Uma criança que é cuidada diariamente por um professor, tem grande probabilidade de se tornar um valor para ele, e isso é que faz o ensino ter uma grande carga de afetividade", acredita.

Para o professor de Teoria da Educação da Universidade de Barcelona e Coordenador do Grupo de Pesquisas em Educação Moral (Grem), Josep Puig, "o aluno precisa aprender a conviver, a criar vínculo, a participar, a fazer parte de uma coletividade e isso não é possível se não houver uma relação de afeto e diálogo entre ele e o professor".

Puig conta que, "em Barcelona, existe um professor tutor em todos os cursos do ensino fundamental. Esse é responsável por fazer visitas a famílias de alunos e, durante uma hora por semana, se reúne com todos os alunos para discutir ética e cidadania".

Araújo explica que "quando a criança tem consciência do que são valores e ética, ela passa a se envergonhar ao agir contra esses valores e, é aí percebemos que os valores foram introduzidos em sua vida. Por outro lado, quando uma pessoa que não teve os valores introduzidos em sua vida pode matar, por exemplo, e não sentir nada. Esse é um processo que depende muito da interação social e do que foi ensinado a essa pessoa".

Araújo conta que existem várias formas de introduzir valores éticos para os alunos. "Já existem experiências que deram certo. Em uma escola, os alunos se reúnem em assembléia para discutir o que estão fazendo de positivo e de negativo. Uma outra proposta é que as escolas criem um Fórum Social de Ética e Cidadania, para que a comunidade também possa participar e discutir os problemas".

Para Araújo, não existe idade limite para ensinar valores éticos. "Ouve-se muito que tal aluno está perdido, não tem mais jeito, mas sempre tem. Eu discordo da informação de que a criança constitui seus valores até os seis anos, uma pessoa pode sempre aprender em qualquer idade".

Fonte: Aprendiz

FAPITEC lança edital de iniciação científica

A Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) lançou mais um edital, dando continuidade ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (PBICJ) no Estado.

Com este, mais de cem alunos receberão bolsas do PBICJ, cuja finalidade é despertar a vocação para a pesquisa, descobrindo novos talentos entre os estudantes, mediante a participação em atividades científicas, orientados por um pesquisador qualificado.

O edital dá oportunidade a pesquisadores doutores e mestres, vinculados às instituições de ensino e/ou pesquisa de Sergipe, a apresentarem propostas de orientação a alunos do ensino fundamental (9º ano) ou ensino médio (1ª e 2ª séries), regular ou profissionalizante, de escolas públicas em Sergipe.

Fonte: www.faxaju.com.br