Curitiba - A meta do Ministério da Educação é reduzir à metade, até 2010, a taxa de 11% de analfabetismo entre pessoas acima de 15 anos. Para isso, segundo o ministro Fernando Haddad, o governo está apoiando estados e municípios no desenvolvimento de programas próprios de alfabetização, o que pode contribuir, segundo ele, para a superação desta meta.
“No censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, o que mais queremos é certificar municípios livres do analfabetismo”, disse, ao participar do lançamento da 4ª edição do programa Paraná Alfabetizado, criado em 2004 em parceria com o governo federal. O ministro lembrou ainda a criação do selo Cidade Livre do Analfabetismo, para aquelas que alcançarem 97% de alfabetizados na população.
O programa estadual pretende neste ano alfabetizar 100 mil pessoas nos 399 municípios e chegar a 2010 com cerca de 500 mil pessoas que saibam ler e escrever – o correspondente a 97% da população. Na solenidade de lançamento, foi assinada uma carta-compromisso pela superação do analfabetismo e promulgada emenda que eleva os gastos orçamentários com educação. A lei prevê que o estado aplicará anualmente 30% e os municípios, 25% da receita.
Segundo Haddad, neste ano o ministério "poderá ter ainda mais recursos, pois o presidente Lula garantiu que para essa missão não há limite orçamentário – o único limite é a capacidade de organização e mobilização da sociedade”.
Atualmente, estão cadastrados no ministério 1.967.802 alfabetizandos, como Erli Bastos Cruz, de 54 anos, aluna do município paranaense de Quintandinha. “Morávamos na roça e nossos pais não deixavam a gente estudar, porque a escola era longe. Mesmo assim, consegui fazer a primeira série e agora estou aprendendo a completar as palavras”, contou.
Também participaram do lançamento Joana Manuel dos Santos, que disse ter começado a estudar aos 50 anos e, atualmente, poder "ir ao mercado sozinha e escolher ofertas, ver a validade dos produtos"; e Tibúrcia Biscaia da Cruz, de 74 anos, mãe de 11 filhos. “Já não demoro tanto a soletrar – antes, não dava tempo de entender o que estava escrito na placa e o ônibus ia embora, era preciso pedir ajuda a alguém", disse.
Fonte: Agência Brasil
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário