sábado, 1 de setembro de 2007

Governo vai expandir as escolas federais de ensino profissional

Brasília - O Ministério da Educação divulga nesta sexta-feira (31) o cronograma de implantação de 150 escolas federais de educação profissional. As cidades onde serão construídas as escolas já foram escolhidas, e agora o governo vai anunciar um plano de obras para os próximos três anos.

No primeiro ano, serão construídas 70 escolas, no segundo, 40, e no terceiro, mais 40. Todos os estados estão incluídos no plano. Existem atualmente 160 mil vagas em escolas profissionais no Brasil e, com as novas escolas, haverá mais 274 mil, de nível médio e superior.

As 150 escolas fazem parte da segunda fase do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, somando-se às 60 construídas na primeira fase. Ricardo Oliveira, que freqüenta um desses estabelecimentos em Campos dos Goytacazes, no norte do Rio de Janeiro, considera o curso profissionalizante uma oportunidade para quem quer se capacitar e conseguir trabalho. Aluno do ensino médio, Ricardo estuda eletrônica, num curso com ênfase na indústria naval. Ele pretende depois fazer um curso tecnológico superior.

“Estou fazendo esse ensino, porque a região norte fluminense é uma área de grande expansão na parte tecnológica, na área de petróleo e gás. É uma grande oportunidade para quem não tem condições de pagar um curso técnico, porque no Brasil o que falta é qualificação. Tem muito pouca gente qualificada na região”, afirmou Ricardo.

Segundo o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, as novas escolas profissionais vão levar em conta a realidade local. “Como são escolas bastante vinculadas à realidade local, elas eventualmente também ministram cursos de formação inicial, isto é, são aqueles cursos para atender uma demanda localizada e muito pontuada no espaço de tempo. Uma vez suprida essa necessidade, esses cursos não continuam”, explicou Pacheco.

Para ele, essa é uma atividade acessória. "O essencial dessas escolas é formar técnicos de ensino médio, assim como tecnólogos, isto é, profissionais de terceiro grau na área de tecnologia”.

Além das 150 novas escolas, o MEC vai assumir quatro instituições que antes eram administradas pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O governo federal também vai ajudar as escolas profissionais estaduais, com R$ 200 milhões por ano, entre 2008 e 2011.


Fonte: Envolverde

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