Professores, coordenadores pedagógicos, diretores, agricultores familiares, secretários de educação e gestores públicos dos três municípios que participaram do projeto-piloto de manejo de hortas comunitárias do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), estão reunidos desde quarta-feira (16), e quinta (17), em Brasília, para avaliar os resultados do projeto. O Pnae é um programa do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) e o projeto ocorreu nos municípios de Santo Antônio do Descoberto (GO), Saubara (BA) e Bagé (RS).
Além da apresentação de experiências bem-sucedidas e do impacto nos três municípios, a reunião servirá para análise dos resultados alcançados nos dois anos do projeto Horta Escolar — eixo gerador de dinâmicas comunitárias, educação ambiental e alimentação saudável e sustentável. O projeto Horta Escolar resulta de acordo assinado em 2005, entre o FNDE e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Na reunião em Brasília, o grupo envolvido no projeto vai avaliar a versão final do material didático produzido no período e receber capacitação sobre o processo de produção e compra de alimentos pelo Pnae. Haverá, ainda, discussão entre consultores e representantes da FAO, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e dos ministérios da Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Acordo — O acordo entre a FAO e o FNDE prevê o desenvolvimento de pesquisas e projetos nas áreas de agricultura e de alimentação e a implantação de 60 hortas em escolas públicas que fornecem alimentação escolar com recursos do Pnae. A FAO comprometeu-se a disponibilizar US$ 341 mil para o projeto e o FNDE, US$ 80 mil. Com o apoio das prefeituras, o acordo prevê o manejo de hortas comunitárias, reunindo educação ambiental e alimentação saudável e sustentável.
“Além de assegurar alimentação saudável para as crianças, o projeto é importante porque envolve e beneficia toda a comunidade”, diz o presidente do FNDE, Daniel Balaban. Segundo ele, “nesse processo se observa que os alunos levam para casa novos hábitos aprendidos na escola e, com isso, adquirem e transmitem uma melhor educação nutricional”.
De acordo com Vera Boerger, oficial em educação, extensão e comunicação para o desenvolvimento da FAO, o projeto vai oferecer material didático aos professores e capacitar merendeiras. “Existem vários projetos de hortas comunitárias no Brasil e em outros países, mas queremos fazer das hortas um laboratório vivo, para falar de saúde, nutrição, economia e outros temas.”
Fonte: MEC
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