Os coordenadores estaduais do ensino médio apresentaram nesta terça-feira, 22, em Brasília, na 3ª reunião nacional dos coordenadores, experiências em ensino médio noturno e sugestões para diminuir a evasão e aumentar a qualidade.
O ensino noturno contribui para a democratização do acesso de jovens aos sistemas de ensino mas, segundo a diretora de políticas do ensino médio do Ministério da Educação, Lúcia Lodi, o setor ainda sofre com a falta de qualidade. "Há esforços dos sistemas em oferecer alternativas para manter o jovem na escola e melhorar a qualidade, mas nenhuma das ações equaciona, de forma definitiva, as dificuldades do terceiro turno".
Lúcia Lodi lembrou que o encontro serve para aprofundar o tema e traçar referências nacionais para o terceiro turno e pediu que os coordenadores apresentassem a situação em cada estado. Goiás, por exemplo, universalizou em junho de 2006, a merenda escolar para o ensino médio, mas isso não bastou. Segundo o coordenador no estado, Marcos Moreira, a gestão é fundamental para uma ação dar certo. "Percebemos que distribuir a merenda no intervalo não surtia efeito, então decidimos oferecê-la logo que o aluno chega à escola".
Dayse Pereira da Silva, coordenadora de São Paulo, levantou a questão da desigualdade de condições entre os alunos do ensino médio diurno e noturno. "A maioria dos professores do noturno não tem carreira no magistério, são profissionais de outras áreas que complementam horas de trabalho na sala de aula. Muitos não podem freqüentar as capacitações porque têm outro emprego".
Fonte: Ministério da Educação
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