Uma das mais abrangentes pesquisas já feitas sobre a educação no Brasil trouxe uma conclusão surpreendente: o grau de instrução da mãe é o fator mais importante na influência das notas das crianças nas escolas.
Na sala de aula, Aline Sanches, de 13 anos, é quase uma exceção: só duas alunas têm mães com curso superior completo. Em casa, a menina conta com a ajuda e o incentivo da mãe. Ela pega todos os cadernos e olha. Se não estou entendendo, ela me explica, diz a aluna.
O ambiente familiar tem forte influência sobre o aprendizado no Brasil: responde por 70% do desempenho do aluno, de acordo com uma pesquisa que vasculhou as notas do Saeb, o Sistema de Avaliação do Ensino Básico. E é a escolaridade da mãe dos alunos a variável que mais influencia as notas deles.
A mãe de Aline, Sandra Sanches, é formada em Ciências Contábeis e faz questão de acompanhar o aprendizado da filha de perto. Insatisfeita com o desempenho da menina no ano passado, a mãe procurou uma nova escola. O aprendizado dela no ano passado foi insuficiente, principalmente na parte de matemática, que ela tinha dificuldade. Ficou a desejar, justifica.
O pesquisador Naércio Menezes Filho explica que as mães que têm maior escolaridade estão mesmo mais atentas. Elas cobram mais do professor da escola, do diretor. Elas cobram aprendizado, um ensino de melhor qualidade. Os alunos têm mais facilidade de absorver os conteúdos quando as mães, mais escolarizadas, os ajudam em casa, com o dever, afirma.
Segundo a pesquisa, filhos de mãe universitária têm notas quase 20% acima da média. E quanto mais se avança na escola, mais evidente fica o impacto da escolaridade da mãe: na quarta série do Ensino Básico, as notas são 7% melhores, na oitava série, superam a média em 15 %, e aumentam 32% no terceiro ano do Ensino Médio.
Ambiente escolar
A pesquisa também mostra que o desempenho dos alunos melhora quando eles fazem pré-escola em vez de entrar direto na primeira série do Ensino Fundamental, e quando passam mais horas em sala de aula.
O estudo derruba mitos: salas de aula menores e mais computadores não significam, necessariamente, alunos com notas mais altas.
O ambiente escolar responde por 30% do desempenho do aluno, mas é o caminho mais curto para melhorar o ensino no Brasil. Como é muito difícil você mexer na estrutura familiar a curto prazo, você tem que mexer na escola, especialmente na gestão escolar. Esse é um fator que explica bastante do desempenho do aluno, e que pode ser mudado no curto prazo, diz o pesquisador Menezes Filho.
Fonte: G-1
Na sala de aula, Aline Sanches, de 13 anos, é quase uma exceção: só duas alunas têm mães com curso superior completo. Em casa, a menina conta com a ajuda e o incentivo da mãe. Ela pega todos os cadernos e olha. Se não estou entendendo, ela me explica, diz a aluna.
O ambiente familiar tem forte influência sobre o aprendizado no Brasil: responde por 70% do desempenho do aluno, de acordo com uma pesquisa que vasculhou as notas do Saeb, o Sistema de Avaliação do Ensino Básico. E é a escolaridade da mãe dos alunos a variável que mais influencia as notas deles.
A mãe de Aline, Sandra Sanches, é formada em Ciências Contábeis e faz questão de acompanhar o aprendizado da filha de perto. Insatisfeita com o desempenho da menina no ano passado, a mãe procurou uma nova escola. O aprendizado dela no ano passado foi insuficiente, principalmente na parte de matemática, que ela tinha dificuldade. Ficou a desejar, justifica.
O pesquisador Naércio Menezes Filho explica que as mães que têm maior escolaridade estão mesmo mais atentas. Elas cobram mais do professor da escola, do diretor. Elas cobram aprendizado, um ensino de melhor qualidade. Os alunos têm mais facilidade de absorver os conteúdos quando as mães, mais escolarizadas, os ajudam em casa, com o dever, afirma.
Segundo a pesquisa, filhos de mãe universitária têm notas quase 20% acima da média. E quanto mais se avança na escola, mais evidente fica o impacto da escolaridade da mãe: na quarta série do Ensino Básico, as notas são 7% melhores, na oitava série, superam a média em 15 %, e aumentam 32% no terceiro ano do Ensino Médio.
Ambiente escolar
A pesquisa também mostra que o desempenho dos alunos melhora quando eles fazem pré-escola em vez de entrar direto na primeira série do Ensino Fundamental, e quando passam mais horas em sala de aula.
O estudo derruba mitos: salas de aula menores e mais computadores não significam, necessariamente, alunos com notas mais altas.
O ambiente escolar responde por 30% do desempenho do aluno, mas é o caminho mais curto para melhorar o ensino no Brasil. Como é muito difícil você mexer na estrutura familiar a curto prazo, você tem que mexer na escola, especialmente na gestão escolar. Esse é um fator que explica bastante do desempenho do aluno, e que pode ser mudado no curto prazo, diz o pesquisador Menezes Filho.
Fonte: G-1
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